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Relações Econômicas No Atlântico Sul (Caso SADC-Mercosul)

Trabalho Escolar: Relações Econômicas No Atlântico Sul (Caso SADC-Mercosul). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/10/2014  •  447 Palavras (2 Páginas)  •  455 Visualizações

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José Gonçalves

CEED/CEAA-UCAM

O objetivo deste artigo é iniciar uma monitorização das relações econômicas no Atlântico Sul, centradas em quatro países com um certo nível de troca diversificada e passados históricos de contato.Como primeiro texto, serão incluídos elementos de descrição geral. Mas para facilitar a leitura evitaremos notas de pé de pagina e excessivas referencias bibliográficas. A elaboração de uma bibliografia detalhada poderá constituir um dos elementos da “monitorização”.

A escolha de África do Sul, Angola, Argentina e Brasil como exemplos, corresponde a esses critérios e os dados econômicos utilizados provêm de suas estatísticas oficiais, das quais se extraem os quadros apresentados ao final do texto.

As noções de Atlântico Sul são variáveis, consoante os autores ou as situações. Por vezes cobre toda a faixa deste oceano a sul do Mediterrâneo, outras vezes é a sul do Trópico de Câncer e até mesmo a sul do Equador.

Os quatro países que preenchem esta amostragem correspondem, apenas, à parte do Atlântico mais a sul nas suas duas margens, que possuem relações econômicas entre si com algum relevo. Trata-se de três potências médias com consideráveis níveis de industrialização (África do Sul, Argentina, Brasil) e um país com um dos IDH mais baixos do mundo mas com influência regional e grande potencial (Angola).

Este relacionamento tem suscitado interesse da parte de historiadores - sobretudo do período da escravatura - e politólogos - voltados para as vertentes de segurança implícitas no projeto de Zona de Paz e Cooperação (ZPCAS) nesta bacia marítima. O interesse de economistas surge com altos e baixos, em função de grandes expectativas e seu exagero, pelo menos no curto prazo.

No entanto, abordagens mais realistas apresentam a exigência de monitorização dessas relações por três razões fundamentais:

– os níveis de troca revelam montantes já consideráveis, e sobretudo constantes e susceptíveis de aumento.

– o comércio através dos grandes oceanos é tendência ao longo da história e, com freqüência, superam as trocas intra-continentais. As propostas de reforço dos esquemas econômicos Sul-Sul podem ter aqui um eixo de materialização.

Além disso é importante determinar como se comportam parceiros econômicos, pertencentes a projetos distintos de integração sub-regional, num momento em que tais projetos cada vez mais se revelam como patamar essencial do processo de globalização, um processo em cujos primeiros passos históricos o Atlântico Sul constituiu espaço de grande relevo.

É assim que acadêmicos, homens de negócios e políticos dos dois lados da bacia sul-atlântica se têm encontrado para falar de perspectivas e obstáculos.

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