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Resenha Do Documentário Arquitetos Do Poder

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Por:   •  11/5/2014  •  1.102 Palavras (5 Páginas)  •  14.076 Visualizações

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Arquitetos do Poder

O documentário Arquitetos do Poder, trás à tona momentos marcantes na história brasileira, muitos deles esquecidos por nós. Com esse fim, o longa-metragem buscou reunir depoimentos de diferentes pessoas que , de alguma maneira, estiveram envolvidas em campanhas políticas.

Através do documentário, percebeu-se que o marketing já era utilizado há muito tempo, desde simples programas de rádio e jornais, que já difundiam uma imagem distorcida dos políticos, até as mais avançadas propagandas eleitorais em televisão, internet, etc. Quando chamamos a comunicação política ou a persuasão política com o nome de marketing político, estamos associando-o a uma prática ligada ao mercado, com características muito contemporâneas. Ou seja, adotamos uma perspectiva que distorce um pouco o que poderíamos chamar de essência do marketing político, que, na verdade, é uma coisa mais permanente da política, isto é, a necessidade de convencer os outros com a palavra e com a imagem. Porém, nos dias atuais essa propaganda trata-se de uma ferramenta intrínseca à candidatura de qualquer político, sendo o Brasil um dos países com maiores horários disponíveis na televisão aberta para campanhas eleitorais. O processo eleitoral passou a ser mais uma propaganda publicitária política do que o "simples" ato de eleger seu preferido.

O principal foco do marketing é passar para o público a boa impressão do político, para que ela se fixe em uma imagem boa e vendável. As campanhas publicitárias em si não são condenáveis, trata-se apenas de uma forma de destacar o candidato em meio a tantos outros existentes no cenário político. O problema aparece quando a ideia da campanha não é mais mostrar-se na esfera pública, mas sim “vender” o candidato como propostas e como imagem, já que o foco da campanha eleitoral deveria ser um momento de discussão, de debate. Além disso, nem sempre prevalece a lógica do argumento. “se você conseguir cativar pela persuasão, você tem muito mais facilidade de exercer o poder”. De fato, o marketing político constrói campanhas que conquistam o eleitor muito mais pela emoção que pela razão.

O que vincula um eleitor a um candidato é a imagem deste último. A imagem planejada de um candidato deve conceituar adequadamente sua maneira de se vestir,suas declarações e o conjunto das suas ações. O objetivo é que o candidato tenha uma aparência e um comportamento que correspondam à percepção e aos desejos do eleitor.

Exemplo emblemático de interferência da mídia em uma eleição foi o de Fernando Collor de Mello. Não apenas pelo notório favorecimento que obteve na edição do debate contra Lula às vésperas do segundo turno, exibida no Jornal Nacional, da TV Globo. Toda sua meteórica trajetória, em menos de um ano, foi um grande golpe de marketing. Desconhecido e recém-empossado governador da desimportante Alagoas, da noite para o dia, Collor ganhou capa de revista (a Veja, já então) e virou tema de Globo Repórter, incensado na pele de um personagem heróico (hoje risível): “o caçador de marajás”.

A campanha do PT, comandada por Paulo de Tarso, pôs na boca do povo um empolgante hino — “Lula-lá, brilha uma estrela” — e arrebanhou artistas famosíssimos para cantá-lo na TV. Os efeitos especiais de Collor não ficavam atrás: nos primórdios da computação gráfica, um trem em movimento estacionava na logomarca verde-e-amarela. Nas urnas, Lula bateu Brizola por pouco, e no segundo turno deu Collor, com uma forcinha da imprensa. Estava inaugurada uma nova era do marketing político brasileiro.

Por trás das movimentações políticas, sempre havia alguém que projetava a campanha, o “arquiteto’’. Responsável pela divulgação, ele conduzia o processo apelando para os meios de comunicação em massa (jornais, revistas, cinema, rádio, televisão) para vender a imagem de um bom candidato, preocupado com os problemas sociais e disposto a resolvê-los, mesmo se tais características

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