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Resenha do texto: Avanços e recuos da política exterior de JK

Por:   •  12/7/2018  •  Resenha  •  1.116 Palavras (5 Páginas)  •  644 Visualizações

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Resenha texto 12

Avanços e recursos: A Política Exterior de JK

O livro o Brasil de JK é um compilado de textos sobre o governo na época do então presidente Juscelino Kubitschek, que foi o presidente do Brasil entre os anos de 1956 e 1961. Juscelino, ou JK, como também é conhecido, foi responsável pelo Plano de Metas cujo lema era “50 anos em 5”. O plano tinha 31 metas distribuídas em cinco grandes grupos: energia, transportes, alimentação, indústria de base, educação e a meta principal ou meta-síntese: a construção de Brasília.  

No texto “Avanços e recuos: A Política Exterior de JK”, escrito por Gerson Moura, o autor analisa a relação do Brasil com outras potências mundiais. Durante o governo JK acontece em meio ao que denominamos de “guerra fria” entre as duas superpotências EUA e URSS. De fato, na década de 50 podemos notar a guerra de propaganda, a corrida armamentista, e as doutrinas estratégicas que tornavam próxima a possibilidade de um conflito nuclear.  O Brasil, fortemente ligado ao sistema de poder norte americano, parecia fadado ao alinhamento automático na sua política exterior. Posição que foi assumida entre as décadas de 45/50 por identidade ideológica, e depois no governo Vargas foi renegada, o alimento automático parecia ser o ponto de partida da política exterior de JK.

Gerson Moura descreve a imagem política externa brasileira da época como “matizada, complexa, cheia de ambiguidades, fragilidades, descompassos e contradições”, porém ainda sim indicava uma necessidade de mudança em relação ao modelo proposto pelos EUA em 1945. Embora não conseguisse tirar proveito pleno das mudanças que aconteciam na ordem internacional o governo de JK se dava contas delas.

A guerra ideológica estava se intensificando e aumentando o poder de destruição, a paz se transformava em um “equilíbrio de poder”. Porém em meio a polarização, o monolismo dos grupos começava a apresentar rachaduras, como a Crise de Suez e a Insurreição Húngara.

A nacionalização do canal de Suez em 1956, provocou uma intervenção militar conjunta anglo-franco-israelense, que se transforma rapidamente em uma crise de âmbito internacional. As revoltas húngaras e polonesas na insurreição húngara, também em 1956, cria uma rachadura severa no bloco soviético.

No período do governo JK, começa um movimento de descolonização em países da África, e com essa descolonização, começa-se a negar a bipolaridade e se forma o que viria a ser conhecido como movimento dos países não-alinhados. No governo Eisenhower, nacionalismos latino-americanos continuavam a ser vistos como um desafio à segurança do mundo livre e era percebido como um propagador do movimento comunista internacional.

O governo de JK era visto como desenvolvimentista, tendo como maior exemplo, o Plano de Metas, o mais completo plano de investimentos planejados da economia brasileira. Os objetivos de Juscelino eram atrair o maior número de investimentos externos, conjugando os capitais nacionais e estrangeiros, também com auxílio do setor público.

Em 1958, JK lança a Operação Pan-americana, que tinha três objetivos: coletar recursos em larga escala para projetos de desenvolvimento econômico; colocar o Brasil numa posição de liderança entre os países da américa latina; e garantir que o país tivesse uma boa relação com a potência americana. O autor fala cita:

“Somente um evento traumático ou circunstância extraordinária poderia alterar as convicções e a boa consciência norte americana e permitir alguma modificação em suas receitas da política econômica.” (página não numerada)

Segundo o governo brasileiro, a visita de Nixon, vice-presidente dos EUA, à América Latina em 1958 constituiu esse evento traumático. O que foi programado para ser um exercício de relações publicas para mostrar aos vizinhos sul-americanos as boas razões de Washington, o que quase terminou em desastre. Tendo seu vice atacado na Venezuela, Nixon mobiliza tropas para desembarque e resgate de Nixon em Caracas, o que gera uma onda de protestos políticos por todo o continente.

O evento dramatiza a dicotomia do discurso entre os Estados Unidos e a América Latina. Os EUA com um discurso sobre segurança, e os latino-americanos com o discurso focado no desenvolvimento econômico.  A iniciativa da Operação Pan-americana surgiu do palácio do Catete, e mesmo que Washington não aceitasse inicialmente a ideia, o governo brasileiro não desanimou; ao mesmo tempo JK destacava a origem multilateral da iniciativa, assim como a necessidade de tratamento político a problemas econômicos e garantir um novo papel da américa Latina no sistema interamericano.

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