Resumo Do Texto Frigotto

Diante os estudos dos textos percebe-se que no fim dos anos 20 e início dos 30, por configurarem o período que demarca historicamente o início da República “Nova”, foram lançados dois projetos perante a sociedade capitalista e de acordo com Frigotto (2000), “Um projeto societário balizado pelas forças conservadoras, defensoras de uma democracia formal pelo alto, vinculadas e subordinadas ao grande capital, e um outro representado pela forças comprometidas com um sistema social de democracia participativa e cidadania ativa. O governo Vargas embora em suas medidas populistas tenha trazido alguns avanços em aspectos da luta da classe trabalhadora engendra, no seu conjunto, uma matriz de governo autoritário e conservador”.

Com isso, compreende-se que o ensino constitui-se na esfera de uma ideia conservadora e submissa ao capital tendo como objetivo formar forças de trabalho necessárias ao campo de trabalho capitalista, fazendo com que tal obtivessem diversas capacitações para se manter no ambito de trabalho.

Onde diante o contexto de muitas mudanças de caráter conservador no cenário político e econômico-social internacional e após a queda do muro de Berlim, as ideologias e a história no Brasil, do ponto de vista da educação, sucedeu uma disputa em meio o adequação do sistema e o que determinava a nova ordem do capital chamada de globalização.

E assim a colapso econômico que chegou com mais veemência os países em ampliação e desenvolvimento como o Brasil, criou uma série de reformas que acompanhavam as deliberações dos mecanismos internacionais com a concordância do governo federal que se colocou diante das imposições de forma subserviente.

Onde essa crise veio ocorreu nos anos 90 no Brasil tornando-se um marco para a área da educação por causa das reformas educacionais que o sistema de ensino passou. Tais reformas justificavam-se por arrancar uma boa qualidade do ensino e o desenvolvimento do país, mas esse desenvolvimento pretendia acobertar a estratégia para a manutenção do poder das classes dominantes.

Frigotto então cita que neste período houve a criação de dois projetos educacionais, um criado pela sociedade conservadora que defendia uma democracia formal, vinculada e subordinada ao grande capital e um outro projeto de frente popular representado pelas forças comprometidas com um sistema social de democracia participativa e cidadania ativa. A partir da implantação do sistema capitalista no Brasil, houve um adestramento de alunos para o mercado de trabalho, pois a graduação foi direcionada para uma concepção produtivista e mercantilista, cujo papel é desenvolver habilidades de conhecimento, de valores e atitudes e de gestão da qualidade, definidas no mercado de trabalho, objetivando formar em cada indivíduo um banco ou reserva de competências e habilidades técnicas, cognitivas e de gestão que lhe desse capacidade para arranjar um emprego ou para se adequar profissionalmente a um emprego.

Abordando que tal práxis educativa estava vinculada a novas mudanças no plano socioeconômico e cultural situadas no estágio da democracia participativa. Fazendo com que buscassem desenvolver novos ambientes educativos formadores de sujeitos autônomos e protagonistas.

Na perspectiva de Severino (2006), a educação deverá passar por grandes mudanças para se alcançar no futuro a tão almejada educação de qualidade. Para tanto, o autor afirma que todos devem se unir e lutar por uma educação que não tenha só quantidade, porém, que essa quantidade venha também com qualidade.

E que nesse processo histórico, entendemos que muitos caminhos ainda deverão ser percorridos na busca por superar essa hierarquização do saber, que ainda mantém em sua estrutura fortes laços com o passado, forjado pela pequena burguesia, mas, para chegarmos a novo momento da história, não poderemos apagar o que já foi escrito.

Sabendo que:

A educação é um processo inerente à vida dos seres humanos, intrínseco à condição da espécie, uma vez que a reprodução dos seus integrantes não envolve apenas a memória genética, mas, com igual intensidade, pressupõe uma memória

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