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Resumo Equilíbrio de Poder - Morgenthau

Por:   •  25/11/2015  •  Dissertação  •  1.085 Palavras (5 Páginas)  •  1.826 Visualizações

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Resumo TRII – O Equilíbrio de Poder

O texto trata sobre a essência do equilíbrio de poder e como ela vem se comportando nas relações entre as nações ao longo dos anos; a definição básica para esse conceito vem das políticas destinadas à aspiração de poder por parte de várias nações, onde cada uma tenta manter ou alterar o seu status quo. Entretanto, há uma dicotomia acerca desta questão que sugere uma dificuldade na compreensão da política internacional, uma vez que se por um lado o equilíbrio que poder consiste numa modalidade diferente e melhor das relações internacionais, por outro, insiste-se que uma política externa baseada no equilíbrio de poder constitui uma entre várias políticas externas possíveis e que somente homens obtusos e malvados escolherão a primeira e rejeitarão a última (analogia ao pensamento de Maquiavel).

No que tange o equilíbrio social, esta significa a estabilidade dentro de um sistema composto de uma variedade de forças autônomas, onde a tendência é sempre o reestabelecimento do mesmo, mas sem descartar a possibilidade do surgimento de um novo equilíbrio (neste ponto Mongenthau faz uma analogia ao desenvolvimento do corpo humano). O próprio capitalismo já fora descrito como um sistema de poder compensatório, uma vez que se aplica a sociedade como um todo e busca encontrar um equilíbrio apropriado entre diferentes regiões geográfica e as atividades por esta exercidas.

Existem dois pressupostos na base de todas essas formas de equilíbrio:

1. Que os elementos a serem equilibrados são necessários para a sociedade ou têm direito a existir;

2. Que, sem um estado de equilíbrio entre eles, um dos elementos ganhará ascendência sobre os demais, desrespeitara seus interesses e direitos e poderá finalmente destrui-los.

Em consequência, o propósito de todas essas formas de equilíbrio será o de manter a estabilidade do sistema, e mais importante do que isso, sem destruir a multiplicidade dos elementos que o compõem. Ou seja, o equilíbrio tem por função evitar que um elemento conquiste supremacia sobre os demais, o meio utilizado para manter o referido equilíbrio consiste em permitir que os diferentes elementos sigam normalmente suas tendências conflitantes, até o ponto em que a tendência de cada um deixe de ser suficientemente forte para superar a tendência dos demais, mas bastante vigorosa para impedir que as dos demais a subjuguem.

A mecânica do equilíbrio de poder social fora descrita brilhantemente no livro de James Madison, O Federalista, onde o autor descreve o sistema de Check and Balances (Freios e Contrapesos) do governo americano. Fica evidenciado que somente o poder pode impor limitações ao poder.

Já no âmbito nacional, a ideia de equilíbrio de poder faz-se essencial ao governo e às políticas nacionais. Um sistema multipartidário (exemplo: duas minorias que sempre se opõem, caso haja a formação de um terceiro grupo, este tenderá a unir-se ao mais fraco, criando assim um possível controle sobre o mais forte), ou até bipartidário como nos EUA (onde cabe a cada ramo do governo restringir os demais, todos sob a luz da constituição que não pode ser alterada, senão pelo próprio povo) encaixam-se na configuração de Check and Balances. Ademais, a teoria Darwinista se faz presente na esfera política e estimula cada órgão ou cargo a aplicar o máximo do seu vigor para preservar-se, bem como desenvolver suas aptidões em qualquer direção que haja perspectiva de crescimento.

Para Madison, a segurança residia na multiplicidade de interesses sempre, e desse modo, o grau de garantia fornecido dependia da quantidade de interesses. Tomando novamente os EUA como exemplo, os modeladores da constituição buscavam a todo custo evitar uma tomada de poder, por um grupo onde houvesse afinidades de interesses e ambições, de modo que este poderia tornar-se perigosamente poderoso. Em grande medida, as mesmas forças que deram origem ao sistema de Check and Balances, deu origem ao sistema internacional de equilíbrio de poder.

        Ha dois fatores na base da sociedade internacional: a multiplicidade e o antagonismo de seus elementos. As aspirações de poder das nações podem entrar em conflito entre si também de duas formas:

1. Padrão da oposição direta: esse padrão corresponde a uma oposição direta entre a nação que deseja estabelecer seu poderio sobre outra que se recusa a ceder, como as Nações Unidas contra o Eixo de 1941 em diante.

E em situações corno essas que o equilíbrio de poder opera e preenche as suas funções típicas. Quando esta em jogo o padrão da oposição direta, o equilíbrio de poder resulta diretamente do desejo, por parte de cada nação, de ver as suas políticas suplantarem as políticas do outro (dar-se-á quando uma destas obtiver uma vantagem decisiva sobre a outra, ou em última instância tivera recorrido à guerra).

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