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Uniao Africana sob prisma da Globalizacao.

Por:   •  5/5/2016  •  Ensaio  •  643 Palavras (3 Páginas)  •  391 Visualizações

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  1. União Africana Sob o Prisma da Globalização.

Como ensina WATERS (1999), globalização é um processo social através do qual diminuem os constrangimentos geográficos sobre os processos sociais e culturais, onde os indivíduos se consciencializam cada vez mais dessa abertura” .

Aspectos positivos podem ser retirados neste processo interactivo entre os estados a nível do sistema internacional, onde destacam-se: liberalização do comércio internacional, emergência de fluxos financeiros transfronteiriços de grande envergadura: criação de um mercado financeiro global, etc. elevando assim a economia de inúmeros países (CASTRO-ALMEIDA, 2005). No entanto, este aumento não beneficia na mesma proporção todos os países ou grupos de países, com destaque.

A criação da União Africana demonstra uma preocupação na busca por novos caminhos, com vistas a superar os desafios do desenvolvimento do continente africano em questões ligadas a paz e segurança; democracia e desenvolvimento económico e comercial.

  • Olhando a UA na perspectiva da globalização ou modernização pode-se dizer que a fundação da mesma constitui uma defesa para aquilo que vários autores chamam de “homogeneização mundial” ou “mundo multicivilizacional” (HUNTINGTON, 1997), portanto, o mundo se torna ocidental.

Ora, numa perspectiva negativa esta aliada ao capitalismo, racionalismo, industrialismo e principalmente a alteração das estruturas sociais. Neste processo de interacção entre os estados os menos desenvolvidos, (a maioria africanos) assistiria ao processo, de destruição das culturas preexistentes e as autodeterminações locais, posição esta reforçado por KOHR apud BONAGLIA e GOLDSTEIN (2006), que intende a globalização como simplesmente uma versão actual do colonialismo, onde os países mais desenvolvidos se sobrepõem aos menos desenvolvidos.

  • União Africana sob prima da globalização pode ser concebida como um instrumento de defesa dos pais Periféricos diante das desigualdades promovidas pelo Centro. Portanto, encara a globalização como sendo responsável pelo aumento nos índices de concentração e de desigualdade na distribuição de renda, tanto entre como dentro dos países.

Esta visão da criação de blocos na perspectiva anti-globalista é também reforçada nas crises criadas pelo processo de globalização: crises financeiras internacionais e, a partir daí, desemprego e miséria. Os economistas, mais circunspectos, chegam a concordar com algumas dessas “evidências”, que indicariam que as últimas décadas foram marcadas por uma tendência aparentemente irresistível ao crescimento das desigualdades no plano global, movimento observável tanto na divergência cada vez maior entre países ricos e pobres como no aumento da concentração de renda nos estratos já ricos da população.

Sem querer navegar num vácuo, na posição optada, ou seja, á de olhar união Africana como sendo um bloco de integração regional sem simpatias com o processo de globalização, importa fazer menção de três dentre vários dos objectivos desta organização (UA):

  • Prover e defender posições africanas comuns sobre as questões do interesse para o continente e seus povos;
  • Criar as condições necessárias que permitam o continente desempenhar o papel que lhe compete na economia mundial e nas negociações internacionais;
  • Promover a cooperação em todos os domínios da actividade humana, com vista a elevar o nível de vida dos povos africanos.

Muitos desses objectivos foram desenhados a quando da criação da UA, altura essa que líderes africanos cientes das dificuldades do continente reforçadas na altura pelos índices económicos não animadores nomeadamente:

“A redução da participação da África nas exportações mundiais onde em 1980 era de 6% para 2% em 2000 assim como a elevada divida externa nos anos de 2002 resultante da degradação dos termos de troca contribuiu para o forte endividamento da maioria dos países africanos onde os subsídios dos EUA e da UE aos seus produtores de algodão, levaram a uma baixa de 300 milhões Usd nos rendimentos do continente africano” (CASTRO-ALMEIDA, 2005:38-41).

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