VIOLENCIA INFANTIL NO BRASIL
Exames: VIOLENCIA INFANTIL NO BRASIL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: zanaelua • 25/11/2014 • 415 Palavras (2 Páginas) • 495 Visualizações
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA COM ÊNFASE NA IMPLANTAÇÃO DAS LINHAS DE CUIDADOS
Sabe-se que a família é a célula da sociedade onde o indivíduo deve crescer e se desenvolver em segurança. . Baseando-nos nas estatísticas do Mapa da Violência 2012 que pormenorizou a violência junto ao público infantil e adolescente, podemos observar que é também nos seus domicílios que as crianças sofrem mais violência, sendo que os pais são os principais agressores: a mãe é a principal responsável pelas agressões, com 19,6%; amigos e conhecidos ficam em segundo lugar, com 17,6%; e o pai é responsável por 14,1%das agressões denunciadas¹.
Quando olhamos para os tipos de violência e de vítima, chegamos a outros dados alarmantes. Em todas as unidades federativas, as meninas sofrem, de forma geral, mais violência que os meninos. Isso acontece principalmente quando se trata de violência sexual: em 78% das denúncias desse tipo em 2011 as vitimas eram do sexo feminino. A violência física e psicológica, ainda, está no topo das causas de registro de denúncias ao serviço, com 37%; seguida por negligência, com 35%; e por último, a violência sexual, com 28%¹.
A violência contra crianças e adolescentes é uma realidade dolorosa, responsável por altas taxas de mortalidade e de morbidade nessa faixa etária. Isso exige uma resposta séria e urgente da sociedade. Os Serviços de Saúde não podem deixar de enfrentar, ao lado de outros setores governamentais e não-governamentais, esse grave problema, que hoje faz parte da agenda de Saúde Pública de vários países².
As experiências vividas na infância e na adolescência, positivas ou desfavoráveis, refletem-se na personalidade adulta. As dificuldades inevitáveis se tornam mais brandas quando enfrentadas com afeto e solidariedade. A violência gera sentimentos como o desamparo, o medo, a culpa ou a raiva, que, não podendo ser manifestados, se transformam em comportamentos distorcidos, perpetuando-se
por gerações seguidas. Lamentavelmente, cresce o número de crianças e adolescentes que chegam à rede pública de saúde e às clínicas particulares como vítimas de maus-tratos, de abusos físicos, sexuais e psicológicos ou de abandono e negligência.
Os profissionais de saúde, preocupados com a garantia dos direitos das crianças e adolescentes e comprometidos com a promoção da saúde da população, muitas vezes sentem dúvidas quanto à maneira mais correta de agir. O estabelecimento de normas técnicas e de rotinas de procedimento para orientação desses profissionais tornou-se, portanto, uma demanda para apoiá-los no diagnóstico, registro e notificação desses casos de violência, como medidas iniciais para um atendimento de proteção às vítimas e de apoio a suas famílias.
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