A Cidade Antiga
Por: Medeiros Sousa • 30/5/2016 • Resenha • 956 Palavras (4 Páginas) • 525 Visualizações
Resenha: A cidade antiga
1° livro: Antigas Crenças -Matheus-
O autor começa sua obra descrevendo os costumes e pensamentos a respeito da alma, da morte e a importância de se sepultar o corpo segundo rituais e fórmulas para garantir a felicidade eterna para o falecido, acreditavam que a morte era apenas uma mudança de estado, a alma continua a viver na terra perto dos vivos, daí a importância dos túmulos e ritos fúnebres, o deus(lar) era mantido e mantinha a família, cada lar grego e romano possuía um altar onde se fazia sacrifícios, ascendia-se o fogo e oferecia para os ancestrais, assim seus ritos diários visavam manter ardendo essa chama que era a manifestação dos deuses familiares, seus antepassados construindo a relação entre os mortos da família e o lar doméstico, a própria expressão do culto aos mortos, a religião doméstica tratava de oferecer os culto aos antepassados, o antepassado vivia no grêmio dos seus familiares, invisível mas sempre presente, cada família tinha sua cerimonias que lhe eram próprias, e do mesmo modo as suas festas particulares, orações e hinos.
2° livro: A Família -Victor Salles-
A religião era o principal elemento da família antiga, a família não se constituía por conta do afeto ou nascimento, mas se fundamentava no poder do pai como sacerdote do lar, em cada casa havia um altar e ao redor dele, toda manhã se reuniam para dirigir ao lar suas orações, hinos, bebidas e alimentos, o casamento foi a primeira instituição estabelecida pela religião doméstica, contudo não comunicava uma família com a outra ou rituais de duas famílias, porque o direito de realizar os ritos eram transmitidos de pai para filho homem, a mulher ao casar passava a adorar os antepassados do marido, a cerimônia de casamento a impedia de adorar os deuses da sua casa para adorar os deuses da casa do seu marido. O centro das preocupações era deixar a descendência o celibato era proibido, podia divorcia em caso de esterilidade e mantinha-se uma desigualdade entre o filho e a filha, o direito à propriedade era totalmente privado e fundido a religião e família, não foi a lei, mas sim a religião que garantiu o direito de propriedade, a não existência de testamento e o pátrio poder, a propriedade não pertencia ao indivíduo, mas sim a família o pai é o primeiro do lar é o sumo sacerdote da família, as famílias se juntavam em genos (gens latim) que formam um grupo de descendência pura com seus deuses comuns, a família era um estado organizado com seu chefe hereditário, podendo constituir-se de numerosos grupos, com uma religião que lhe mantinha a unidade, por meio do direito privado, leis próprias e formando extensa sociedade.
3° livro: A Cidade -Victor Longman-
O autor continua definindo melhor a cidade antiga, começando pelas frátrias, cúrias e tribos, com a expansão da família surge a necessidade de criar uma divindade superior ao absolutismo do pátrio-poder familiar, e que protegesse a frátria como um todo, o desenvolvimento das frátrias acabou gerando as tribos, e o culto desses deuses e heróis dessa tribo irrestrito, acima dele não avia poder social algum, relegando o lar apenas um altar submetido a um deus maior, com essa passagem se dá o estado de frátrias para o estado de cidade, advento de associações de tribos, resguardando seus ritos, segredos e identidades, contudo essa forma de organização das cidades-estados sempre estava ameaçado pela resistência interna de clientes e escravos, além da iminência de ataque de outras cidades, logo foi necessária uma federação de cidades que acolhesse as reivindicações políticas e jurídicas, assim como minimizar as discórdias e expandir o poder de cidades como Atenas, Esparta e Roma, a cidade era a associação religiosa e política das famílias e das tribos, a urbe o lugar de reunião o domicilio e o santuário dessa sociedade, a função da urbe foi sempre ato religioso, isto era feito pelo fundador o homem que realizava os ritos religiosos sem o qual não se estabeleceria a urbe, segundo o autor a religião fazia de cada urbe um corpo, sem possibilidade de associar-se a outro, o isolamento era lei da cidade, sua autonomia política, jurídica, governamental, religiosa e moral em relação a outras.
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