TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A ESCOLARIZAÇÃO DO AUTISTA NO ENSINO REGULAR E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Por:   •  21/9/2018  •  Monografia  •  5.293 Palavras (22 Páginas)  •  474 Visualizações

Página 1 de 22

A ESCOLARIZAÇÃO DO AUTISTA NO ENSINO REGULAR E AS PRÁTICAS  PEDAGÓGICAS

SILVA, Laudicéia Martins dos Reis Carneiro da[1] 

RU: 737179

SILVA, Melissa Cross Bier da  [2]

RESUMO

Esse trabalho apresenta uma reflexão sobre o mundo dos autistas, onde através de contextos teóricos procurou-se demonstrar a sua vida, seu comportamento, sua convivência entre familiares, amigos e sociedade, suas dificuldades e sua relação com a aprendizagem. O autismo se caracteriza por uma alteração cerebral, uma desordem que compromete o desenvolvimento psíquico e neurológico da pessoa afetando sua capacidade de se comunicar, de compreender e falar, abalando o seu convívio social. O objetivo deste estudo é o de melhor entender o que é o autismo, quais as sequelas deixadas na criança portadora desta síndrome, como fica a família em relação a este ente querido e quais as consequências e providências a serem tomadas com respeito a educação desta criança, tendo em vista a problemática que envolve a inserção deste aluno em uma sala de aula. A criança autista não consegue avaliar situações e, portanto, reage a elas de maneira inadequada. Pelo fato de não se comunicar, o autista permanece isolado das outras pessoas e se comporta de maneira imprevisível. Na escola, o comportamento do aluno com autismo apresenta características individuais próprias que podem comprometer a execução de propostas pedagógicas. Os autistas, às vezes, não falam e sequer fazem gestos para mostrar o que querem fato este que acaba interferindo no processo de sua aprendizagem. Sua convivência gera em torno do amor, carinho e compreensão dos pais.

Palavras-chave: Educação. Autismo. Aprendizagem. Inclusão.

  1. INTRODUÇÃO

Desde a antiguidade até os dias de hoje, a educação formal passou por inúmeras mudanças que atingiram e mudaram de forma significativa o modo de se pensar e realizar a educação escolar básica. Dentre elas o movimento pela educação inclusiva. O presente estudo trata das questões que norteiam a Educação Especial, dando ênfase ao atendimento especializado ao autista. O desafio da educação especial brasileira é a implementação de uma educação de qualidade e com a organização de escolas que atendam a todos os alunos sem nenhum tipo de discriminação e que reconheçam as diferenças como fator de enriquecimento no processo educacional.

        A inclusão de alunos com necessidades especiais no contexto escolar deve ter como base três elementos centrais: a) a presença, o que significa estar na escola, superando o isolamento do ambiente privado excludente e inserido o aluno num espaço publico de socialização e aprendizagem; b) a participação, que depende, no entanto, do oferecimento das condições necessárias ara que o aluno realmente possa interagir e participar das atividades escolares; c) a construção de conhecimentos, função primordial da escola, sem a qual pouco adianta os outros  dois itens anteriores. O objetivo geral é enfatizar que, para que haja inclusão é necessário um atendimento educacional especializado para todos os alunos que dele necessitem, bem como entender o que vem a ser um atendimento educacional especializado, buscando uma prática mais reflexiva para que a educação especial se aprimore cada vez mais em um atendimento especializado.

        Para atender as características e os objetivos apresentados para o desenvolvimento deste estudo, o processo metodológico foi baseado em levantamento bibliográfico de livros, revistas, jornais, periódicos, internet, onde se pretendeu através destes buscar conceitos de maior conhecimento para a abordagem de melhor entender a importância da educação especial, de forma a obter melhoria de qualidade no ensino.

Além da dificuldade que a criança já carrega consigo por conta do transtorno, é na fase escolar que as complicações ficam visíveis, pois será nela que será exigida do aluno, atenção, compreensão, entrosamento, desenvolvimento, socialização, situações que para uma criança com TEA torna-se algo  completamente dificultoso, causando em determinados casos, ainda mais isolamento deste, se o profissional que trabalhar com esta criança não estiver apto para educar uma criança com TEA. Porém atualmente, existe diversos recursos, escolas e profissionais especializados para se trabalhar com a síndrome, são por meio dessas pessoas que a criança será estimulada todos os dias, proporcionando seu aprendizado e desenvolvimento, com educadores especializados e escolas específicas a criança tem possibilidade de aprender e até mesmo se relacionar, de acordo com cada caso.

2. A ESCOLA E AS NOVAS EXIGÊNCIAS EDUCACIONAIS         

A relação entre o homem e o meio não se dá de forma isolada. O homem está situado no tempo e no espaço, assim como é envolvido por mudanças ocorridas dentro de um sistema global que envolve os aspectos sociais, econômico, culturais, políticos, etc. É através desses fatos que o indivíduo deve perceber-se enquanto sujeito e agente transformador num contexto histórico.

E este viver e conviver em sua própria comunidade familiar, social, escolar, religiosa não consiste em favorecimento, uma vez que a educação é um direito constitucional de todos os cidadãos.

Segundo Sassaki (1997, p. 122) afirma que "inclusão é uma atitude de aceitação das diferenças, não uma simples colocação em sala de aula." Não obstante, em todas as camadas sociais há pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais, e estas pessoas devem ser incluídas para que vivam e convivam com as demais pessoas de sua comunidade.

Veja-se o que diz a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 205:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988)

Deve-se considerar inclusão somente quando os indivíduos têm sentimento de pertença e uma identificação com os outros membros da comunidade. A aceitação e o pertencer a um grupo revela à pessoa o que esta tem de belo, pois ela é prestigiada, valorizada, acolhida, chamada a contribuir, recebendo o apoio e ajuda necessários ao seu desenvolvimento e participação na própria comunidade. Assim, é possível haver troca, partilha, dar e receber, bem como a aceitação dos indivíduos como membros integrantes e plenamente participativos da comunidade familiar, escolar, social, etc.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (35.4 Kb)   pdf (217.8 Kb)   docx (27.6 Kb)  
Continuar por mais 21 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com