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A CRIANÇA AUTISTA- INCLUSA NO ENSINO REGULAR

Por:   •  23/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.414 Palavras (10 Páginas)  •  512 Visualizações

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A CRIANÇA AUTISTA-  INCLUSA NO ENSINO REGULAR

Autor Solange Crispim Salazar

Prof. Orientador: Bárbara Mª Siqueira Dagostim

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Curso PED (0786) – Estágio I

05/12/14

RESUMO

Observa-se que no ambiente escolar os profissionais que trabalham com alunos especiais ou até com as dificuldades de aprendizado, não estão preparados para trabalhar com cada tipo de deficiências. Também apresenta uma investigação de diferentes contextos escolares com a finalidade de sintetizar os principais aspectos percebidos como tensionadores do processo de inclusão educacional e de identificar um conjunto de práticas desenvolvidas pelas escolas na perspectiva de efetivar politicas públicas de inclusão na área educacional. Nossa politica de inclusão é bem clara, porém não está sendo cumprida de acordo com as especificidades de cada educando especial.

Palavras-chave: Ensino Regular. Inclusão. Autismo.

1 INTRODUÇÃO

Atualmente a Educação Inclusiva vem sofrendo muitas transformações, principalmente em relação aos estudantes com necessidades educacionais (NEE), pois, os mesmos deixaram de serem vistos como incapazes e excluídos, mas a sociedade ainda possui discriminação e resistência à aceitação do que é novo, mostrando que ainda existe muito a ser feito.

Esse aluno com necessidades especiais não deve ser apenas uma presença em sala de aula, pois deve haver sua interação, socialização, participação com os demais, para com isso desenvolver suas potencialidades mesmo que aconteça em longo prazo.

Na Declaração de Salamanca, está enunciado que toda criança possuí o DIREITO à educação e lhe deve ser dada a oportunidade de atingir e manter um nível adequado de aprendizagem que são únicas. Segundo Abramowicz (2001, p. 9): 

A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia todos os professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso no processo educacional.

Sendo assim, a área de concentração escolhida foi “Educação Inclusiva”, na qual o tema abordado: “Crianças com Transtornos do Espectro Autista (TEA), incluídas em Escolas do Ensino Regular”, trazendo como objetivos:

- Conhecer habilidades e atitudes exigidas para o processo de ensino-aprendizagem na Educação Inclusiva;

- Pensar sobre a prática pedagógica para a acessão da inclusão;

- Aprender como trabalhar na educação com crianças portadoras de necessidades especiais;

- Refletir a partir da realidade em sala de forma critica a inclusão.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Com o tema escolhido de crianças com Transtornos do Espectro Autista (TEA), incluídos no ensino regular, nota-se que o assunto é novo e não esclarecido, pois esta síndrome não se aplica igual para todos os autistas, cada um é um, demonstrando características diferentes, sendo assim, tornando uma incógnita e grande desafio para os educadores. Tornando inviável incluir um aluno autista de maneira correta em sala de aulas superlotadas, sendo que a maior dificuldade desta síndrome é o déficit de atenção.

Nesse contexto de inclusão estão as crianças com Transtornos do Espectro Autista (TEA), conhecidos também como Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD), Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID-SOE), que formam um conjunto de síndromes definidas por alterações no comportamento, e são observadas em crianças de dois a três anos normalmente, ocorrendo mais em meninos do que em meninas, se caracterizando por comprometimentos qualitativos na interação social, comunicação e manifestando interesses restritos e repetitivos, apresentando-se tanto na forma suave como em graus severos de comprometimento, sendo associado ainda a outras síndromes como DOWN, WILLIANS, X-FRÁGIL, comprometendo ainda mais essa criança, muitos podem apresentar inteligência média. Segundo OMS (Organização Mundial de Saúde, 1993, p.247):

UM Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometimento que se manifesta antes da idade de três anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas de interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo.

A Educação Inclusiva é a mudança de uma educação tradicional em um processo que se amplia a participação de todos os estudantes com necessidades especiais nas Instituições de ensino regular, valorizando a cultura, a prática e as politicas vividas nas escolas, de maneira que respondam à diversidade dos alunos, alcançando o sujeito e suas singularidades, auxiliando no desenvolvimento dos mesmos e contribuindo para a reorganização de ações e métodos de inclusões para exterminar com o preconceito.

Em 1908, a palavra “Autismo” foi criada por Eugene Bleules, que a escreveu em uma carta destinada à Freud, surgindo nas descrições da esquizofrenia, mas em1943, dois médicos austríacos Leo Kanner e Hans Asperge, a usaram para relatar o mesmo comportamento em crianças e adolescentes que se sustentavam alheios às pessoas a sua volta, demonstrando interesses fixos em assuntos individuais, com linguagem mecânica e habilidades à rotina e a mesmice. Esse estudo que Hans Asperge desenvolveu com cerca de 200 pacientes e publicou em alemão em 1994, ficou esquecido até que Lorna Wing, médica inglesa, mãe de um garoto autista, traduziu-o para o inglês, em 1981.  

Muitos na sociedade fazem ideia errada dessas pessoas, dizem que eles não participam deste mundo, porque são alheios, mas não é assim que ocorrem, eles percebem o mundo de maneira diferente de outras pessoas e apresentam respostas fora dos padrões impostos, sendo muitíssimos sensíveis, mas com dificuldades em se comunicar, mascarando o fato de estarem presentes neste mundo, essa ideia surgiu pela comparação do autismo com a esquizofrenia, pois essa sim seus portadores constroem verdadeiros mundos imaginários. Klintha (2001, p.118) sustenta que:

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