FICHAMENTO - O ESTADO DE BODIN NO ESTADO DO HOMEM RENASCENTISTA
Por: Paulo Zanella • 10/7/2017 • Projeto de pesquisa • 1.320 Palavras (6 Páginas) • 380 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
FICHAMENTO RESUMO - O ESTADO DE BODIN NO ESTADO DO HOMEM RENASCENTISTA
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ITAMARAJU
2015
FICHAMENTO DE CONTEUDO - O ESTADO DE BODIN NO ESTADO DO HOMEM RENASCENTISTA
Trabalho apresentado ao Curso Licenciatura em História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná
2015
FICHAMENTO DE CONTEÚDO
1. O ESTADO DE BODIN NO ESTADO DO HOMEM RENASCENTISTA. |
1.1 Relatos geral e resumido do texto: O ESTADO DE BODIN NO ESTADO DO HOMEM RENASCENTISTA |
BODIN, Jean. Les Six Livres de la République. Lyon: Jean de Tournes, 1579, 762 p., (tradução em exercício de Rodrigo Bentes Monteiro & Walter Marcelo Ramundo). http:// file:///D:/Downloads/1438892636215%20(2).pdf. Acesso em 5 nov. 2015. |
Foram muitos os artigos que buscaram assinalar o homem renascentista na Idade Média, entre estes artigos está “O Estado de Bodin no Estado do Homem Renascentista” desenvolvido por Rodrigo Bentes Monteiro e Walter Marcelo Ramundo, que através dos conceitos definidos por vários autores, buscaram em seu texto, uma percepção do Homem Renascentista. Os autores iniciaram o texto pela elaboração da descrição do homem no estado moderno, por intermédio do que na época se entendia por renascer, cujas designações estavam associadas ao inexplicável, se contrapondo a ideia outrora entendida como sendo uma regeneração espiritual. Criava-se uma nova visão do homem da Renascença através das estruturas culturais. Na idade média o homem se identificava por meio de uma visão coletiva e em conformidade com a injunção dos ensinamentos religiosos, ponto este que na Modernidade sofreu uma explícita transfiguração, pois o homem passa a enxergar-se como sujeito individual munido de uma diversidade de talentos aos quais tem a vontade de exibir, isso propagou um cenário violento onde a necessidade de se autoproclamar ultrapassou o respeito ao próximo. Somado a essas mudanças estavam às invenções tecnológicas, que trouxeram novos conhecimentos ou a exigência de obtê-los. Entretanto a mudança mais significativa do homem renascentista esta no reconhecimento da instituição social compreendida como Estado, onde o autor salienta que através dessa criação se decretava hierarquias se estabelecia o social e garantia o campo da pessoalidade. A formação do Estado se dá pelo processo de instauração das leis que agregava direitos aos governos e estruturava uma sociedade. Os tempos foram assinalados pelas guerras de âmbito religioso e defronte desta circunstância está à concretização do poder do Estado, o qual cabia à administração da paz e a incumbência de obstar os conflitos e a manter a organização social. No tempo das guerras religiosas, na monarquia francesa, se obteve duas respostas por parte da realeza, a mais notória, buscava instituir a paz por intermédio da complacência da fé reformada. Existia por outro lado a solução da compreensão como forma de resguardar o Estado, pois sem a existência de um poder soberano, os homens pelejariam ao infinito. Cabia ao rei conservar a paz, fundamento da sistematização social e política apta a por fim aos conflitos. Por este motivo o capitulo foi cognominado como “No reino do amor”, porém não foi pelo cultivo verdadeiramente dito do amor e sim pela atuação do Estado em consolidar a paz nos conflitos ocasionados pelas batalhas religiosas. Além das guerras de religião, surgiu a cultura da burguesia, da filosofia e da magia. Os autores afirmam que Bodin buscou fundamentar a necessidade da harmonia para que os homens tivessem uma vida feliz, por intermédio dos antigos da sabedoria e dos princípios religiosos. Frisando que os antigos denominavam República como uma comunidade onde os homens se congregavam, com o intuito de viver de forma feliz, definição esta que segundo ele carece de três pontos chave: família, soberania, unicidade. As relações familiares são consideradas a fidedigna fonte e origem de toda República. Onde se fundamentava a hierarquia do poder do pai, cultura de origem remanescente da idade medieval pela carência de ordenação posto que se vivenciava tempos de guerra. O governo do pai era considerado como sendo dado pelo próprio Deus, por isso cabia aos filhos à obediência. Deste modo sua soberania, desde que bem administrada, era o bastante para gerenciar os outros e manter a civilidade. |
2. O HOMEM RENASCENTISTA E SEU TEMPO
A concepção que se tem do homem sofreu varias modificações na história, assim como no tempo. A compreensão que se tinha dele no cristianismo era diferente da que se fazia no período da Antiguidade Clássica. Entretanto a alteração mais considerável originou-se do Renascimento onde se formulou uma nova percepção do homem que prevaleceu na cultura Ocidental e incidiu-se na modernidade. O período de transição do mundo medieval para o mundo moderno foi um movimento vagaroso. Composto por pequenas alterações que foram se constituindo em todos os estágios da sociedade, na cultura, na ciência, na tecnologia e principalmente no conceito de homem como ser. O homem medieval era um ser criado por Deus e que estava à sombra de sua graça e sob seus castigos, se conservando sempre a mercê do pecado e consequentemente do risco de perder a vida eterna. Durante essa transição o homem deixa de viver nesta “opressão” religiosa e passa a se ver como um indivíduo singular que dispunha de talentos e habilidades e que sentia a necessidade de reconhecimento das mesmas. Intercorre então uma transferência do Teocentrismo para o Antropocentrismo, onde a Renascença iniciou a compreensão de que a verdadeira autonomia do homem não se baseava na liberdade no tocante às autoridades religiosas, mas no livramento da escravidão social. O renascentismo valorizava o ser humano, isso não significa que os homens se apuseram a Deus, Ele prosseguiu sendo supremo perante o ser humano. Houve apenas uma valorização do eu, que pretendia encontrar nas pessoas os dotes e atributos rejeitados pela perspectiva medieval. Esse reconhecimento das ações dos homens possibilitou uma confabulação com a burguesia, que encantados com as ideias do Renascimento, custeavam muitos artistas e cientistas que se levantaram nesse período.
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