O Estado de Bodin no Estado do Homem Renascentista.
Por: marvindoce • 6/6/2017 • Artigo • 1.266 Palavras (6 Páginas) • 522 Visualizações
FICHAMENTO DE ARTIGO
REFERÊNCIA: MONTEIRO, RODRIGO BENTES e RAMUNDO, MARCELO WALTER. O ESTADO DE BODIN NO ESTADO DO HOMEM RENASCENTISTA: Revista de História 152 (1°- 2005), 189 – 214.
O artigo presente contempla a historiografia do homem renascentista e o estado moderno que teve inicio na idade media marcado por mudanças radicais na civilização ocidental. Este período foi marcado por uma fase de transição na economia, período este que surge o capitalismo rompendo com as formas de governos feudais.
Nesta época a terra deixa de ser a única fonte de riqueza, e abre espaço para o comercio que se desenvolveu trazendo grandes transformações econômicas e sociais. O século XIX foi marcado pelo surgimento inesperado, dedicado ao período da Renascença bem como a relação com os homens de seu tempo.
A Renascença e seus homens eram interpretados sob uma tendência cultural, de nova percepção de mundo, com muitas discussões sobre o período que se resume ao Renascimento.
Período este que vários autores resumem a relação entre os homens do século XIX e o período Renascentista. Eugénio Garin, historiador italiano defende que, a filosofia Renascentista seria confundida com o contexto da Renascença, o oposto do idealizado histórico. (Garin, 1991, pp.9 – 16).
Faz se necessário uma referencia ao passado para resgatar o homem renascentista. Evidencia se o homem enquanto individuo numa percepção de si:
“ Na idade Média (...) o homem reconhecia-se a si próprio apenas enquanto raça, povo, partido, corporação, família ou sob qualquer outra das formas do coletivo. Na Itália, pela primeira vez, tal véu dispersa-se ao vento; desperta ali uma contemplação e um tratamento objetivo do Estado e de todas as coisas deste mundo. Paralelamente a isso, no entanto, ergue-se também, na plenitude de seus poderes, o subjetivo: o homem torna-se um individuo espiritual e se reconhece enquanto tal “(Burckhardt, 1991, P. 111).
Para Burckhardt no homem medieval havia uma necessidade em cultivar a sua personalidade mais íntima, necessitava de uma manifestação individual onde resultava em agressividade e desumanidade, os crimes da Renascença seriam fruto da obsessão pela preservação da individualidade.
No entanto, Garin encontra confusão na definição do pensamento de Burckhardt, segundo Garin, o homem Renascentista teme assumir uma nova perspectiva ante a nova visão do mundo. Quanto á qualidade do homem Renascentista, Burckhardt diz que o homem exige de si uma perfeição de tudo o que se propusera a fazer, Garin afirma que a qualidade do homem deste período é a multiplicidade de talentos.
Agnes heller, defende que a qualidade desse homem estava no aparecimento de produção burguesa. Na construção historiográfica desta época identifica- se que o homem da renascença não parece entender se como tal, assim é necessário inverter a interpretação, que consiste na pluralidade de talentos que só existe na medida em que ocorre a multiplicidade das atividades que se realiza do fazer e do conhecer. Para Garin, o homem deste período sabia que algo novo acontecia, e que seu presente configurava se de forma diferenciada.
Grandes mudanças aconteciam naquele momento, ás invenções tecnológicas como o papel, a imprensa, a pólvora e a bússola, indicavam um novo saber, o tempo moderno foi marcado por grandes navegações e descobrimentos, as relações entre os homens foi fundamental para a transformação dos mesmos.
A mudança maior iniciou se com a criação do Estado como um conjunto de relações dos membros que compõem a sociedade. Neste período o homem anseia a liberdade de criação, se reconhece como individuo capaz de modificar a sua vida com uma nova visão de mundo, esta versatilidade foi muito importante para a arte, a ciência, filosofia enfim, uma multiplicidade de talentos.
Entre os diversos olhares do homem Renascentista, Jean Bodin, autor Renascentista, escreveu obras sobre educação, história, politica e foi um grande e famoso jurista francês defensor do direito divino dos reis, influenciou profundamente a Europa em uma época em que o sistema medieval começava a dar espaço para o Estado centralizado.
Grandes mudanças aconteciam naquele momento, enquanto Bodin defendia as ideias voltadas para o estado absolutista onde o objetivo maior era a concentração do poder total nas mãos dos governantes, que para Jean Bodin era o reflexo do poder divino, ele não acreditava em outra forma de governo se não a monarquia, por achar de fato que era a única autoridade na terra representada por Deus, para Bodin a soberania era o elemento mais importante que caracterizava o Estado.
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