ESTADO DE BODIN NO ESTADO DO HOMEM RENASCENTISTA
Por: oliveiram0903 • 8/7/2018 • Trabalho acadêmico • 1.099 Palavras (5 Páginas) • 291 Visualizações
FICHAMENTO DE CONTEÚDO
1. O ESTADO DE BODIN NO ESTADO DO HOMEM RENASCENTISTA
1.1 Relato geral e resumido do texto: O ESTADO DE BODIN NO ESTADO DO HOMEM RENASCENTISTA
BODIN, Jean. Lex Six Livres de La Repúblique. Lyon: Jean de Tournes, 1579, 762 p., tradução em exercício de Rodrigo Bentes Monteiro e Walter Marcelo Ramundo). https://www.colaboraread.com.br/aluno/timeline/download/0759669904?id=2116437. Acesso em 20 NOV 2016.
Muitos artigos tentaram assinalar o homem renascentista na Idade Média, dentre eles está o artigo “ O Estado de Bodin no Estado do Homem Renascentista”, elaborado por Rodrigo Bentes Monteiro e Walter Marcelo Ramundo, onde através de conceitos atribuídos por diversas fontes, busca-se definir uma percepção do homem renascentista. A obra se inicia, pela elaboração da descriçaõ do homem do Estado Moderno, por intermédio que na época se definia como renascer, cujas designações estavam associados ao inexplicável, se opondo a antiga idéia de regeneração espiritual. Criou-se uma nova visão do homem da Renascença através das estruturas culturais. Na Idade Média o homem se identificava por uma visão coletiva em conformidade com os preceitos e dogmas religiosos, característica esta que na Modernidade mudou para uma visão mais individualizada, onde o sujeito era um ser munido de talentos, os quais desejava exibir. Somado a isto efervesciam as inovações tecnológicas, onde a exigência de obtê-los, agregava-se novos conhecimentos. A mudança mais significativa, no homem renascentista, foi o reconhecimento da instituição social compreendida como Estado, onde através dela, se decretavam hierarquias, se estabelecia o social e garantia o campo da pessoalidade. A formação do estado se dá pelo processo de instauração das leis, que agregavam direitos ao governo e estruturavam a sociedade. Esses tempos foram marcados por conflitos de ordem religiosa, onde diante deste fato, cabia ao governo a administração da paz, bem como a resolução das contendas e a manutenção da organização social, concretizando desta forma o poder do Estado.
A monarquia francesa, durante os conflitos religiosos, obteve duas resposta da realeza, onde a mais notória, buscou instituir a paz por intermédio da complacência da fé reformada. Existiu por outro lado a solução da compreensão como forma de resguardar o Estado, pois sem a existência de um poder soberano, os homens pelejariam ao infinito. Ao rei cabia conservar a paz, fundamento da sistematização política e social apta a por fim aos conflitos. Podemos ver ista no capítulo “No Reino do Amor”, onde o Estado atua na consolidação da paz nas batalhas e conflitos ocasionados pela religião. Neste momento também são citados a cultura da burguesia, da filosofia e da magia.
Os autores afirmam que Bodin buscou fundamentar a necessidade da harmonia para que os homens tivessem uma vida feliz, por intermédio dos antigos, da sabedoria e dos princípios religiosos. Os antigos denominava República como uma comunidade onde os homens se congregavam, com o intuito de viver uma forma feliz, observando três pontos chaves: família, soberania e unicidade. As relações familiares são consideradas a fonte de toda a República. Onde se fundamentava a hierarquia do poder do pai, cultura de origem remanescente na idade média. O governo patriarcal era considerado divino, por isso cabia aos filhos à obediência. Deste modo, sua soberania, desde que bem administrada, era o bastante para gerenciar os outros e manter a civilidade.
2. O HOMEM RENASCENTISTA E SEU TEMPO
A concepção que se tem do homem sofreu várias modificações na história, assim como no tempo. A compreensão que se tinha no cristianismo era diferente ao do período da Antiguidade Clássica. No entanto, a alteração mais considerável se deu no Renascimento, no qual se formulou uma nova concepção de homem, prevalecendo a cultura ocidental. Esse período de transição entre o período medieval para o moderno foi lento. Composto por pequenas modificações em todos estágios da sociedade, na cultura, na ciência, na tecnologia e principalmente no conceito do homem como ser. O homem medieval era um ser criado por Deus e estava à sombre de sua graça e a mercê de seus castigos e sobre a eminente possibilidade de perder a vida eterna por seus pecados. Nesta transição o homem ficou livre desta opressão religiosa, e passou a se ver como figura única, com talentos e habilidades, e sentia necessidade de reconhecimento pelas mesmas. Foi na Renascença que o Teocentrismo foi substituído pelo Antropocentrismo, onde o homem se viu livre da escravidão social. A Renascença valorizou o homem, mas não negou à Deus, Ele continuou supremo. Apenas valorizou os dotes e atributos antes rejeitados na Idade Média. Nesta oportunidade, a burguesia custeou muitos artistas e cientistas que estavam em aliamento com esta perspectiva de mundo.
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