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Fundamento Bíblico-patrístico da Espiritualidade Cristã

Por:   •  28/3/2022  •  Resenha  •  647 Palavras (3 Páginas)  •  148 Visualizações

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Fundamento bíblico-patrístico da espiritualidade cristã

A vida espiritual no Antigo Testamento está composta de elementos-chave e fundantes da revelação de Deus quanto da resposta de fé de um povo.

Experiências amargas de derrota, de idolatria, de expectativas frustradas.

O AT é a história de uma relação com dois protagonistas: Deus e o povo. Uma história de encontros, desencontros e reencontros.

Percebe-se a insistência de Iahweh em revelar-se, dar-se a conhecer, estendendo a comunhão e acolhendo, ao mesmo tempo que estipula condições e estabelece exigências;

Constata-se a luta titânica de um povo que testemunha os favores divinos,

mas que, seguindo seus instintos próprios de independência e individualismos, de aculturação e assimilação de influências,

quase sempre se encontra distante, em processo de evasão, e, portanto, de transgressão, elegendo seus próprios referenciais.

É a história de um povo maravilhado com seu Deus, mas ao mesmo tempo tentado a retê-lo só para si, em tentativa insana de possuir e monopolizar, de maneira exclusiva o Sagrado.

Torna-se paradoxal, uma vez que a relação de Israel com Iahweh foi “ambígua”, convivendo quase sempre com apostasia.

Dois conceitos fundamentais brotam da história:

“pecado” e “lei”

Falta-se contra Iahweh quando transgride sua lei

Pecar é rejeitar Iahweh como o Senhor da Aliança (idolatria);

Ruptura da aliança e prática do adultério.

Decálogo expande o pecado para o “pecado social”;

O profetismo luta contra o culto idolátrico e a injustiça.

Há perigo de definimos o pecado como transgressão voluntária da lei de Deus;

Deus (legislador civil);

Lei de Deus (lei política).

A lei de Deus identifica-se com os imperativos que nos formulam sua criação e sua obra salvífica;

Leis são uma graça visando o povo sábio e unido a vontade de Deus.

O pecado está dirigido contra o homem;

Contra o próximo e seu proprio ser.

O pecado não é transgressão da lei ou postura idolátrica, mas dureza do coração e promoção e convivência com a injustiça.

Espiritualidade do NT

“Imitação” (1Cor 11,1):

Ética do exemplo de Cristo.

“Seguimento”

Radicalidade e raízes na profecia do AT

Elias/Elizeu; Isaías/discípulos

Grupo dos doze (Mc 3,13-19):

“vocação dos discípulos” (Mc 1,16-20);

“pescadores de homens”.

“seguimento” indica proximidade a Jesus e seu movimento itinerante;

Esquema do seguimento:

Jesus passa;

Vê alguém;

Indicação de atividade profissional desse homem;

O chamado;

O deixar tudo;

O vocacionado segue a Jesus.

Categoria do seguimento é constatada a partir da nova aliança (mistério da Encarnação);

Relacionamento de amizade.

Relação de amizade com Jesus no contexto de nossa aliança em termos de “imitação de Cristo”;

Não a uma dimensão moral de bom exemplo e perfeição, mas sim a uma imitação querigmática.

A literatura patrística (séculos II e III)

Didaqué (“pastoral-catequética”):

Kerigma primitivo (pregação);

Didaskalia apostólica (ensino);

Koinomia da vida comunitária (comunhão).

Paixão e morte, como o leitmotiv para a defesa da fé:

Tendência “apologético-testemunhal”:

A fé será defendida nos tribunais, por meio do martírio.

Tendência “teológico-institucional”:

Tratados de teologia

Novos conceitos as idéias originais.

Justino Mártir

Inácio de Antioquia

Irineu de Lião

Processo de institucionalização, colocando no centro a Igreja:

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