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O Fanatismo e Maçonaria

Por:   •  5/12/2021  •  Artigo  •  921 Palavras (4 Páginas)  •  781 Visualizações

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FANATISMO E A MAÇONARIA

A palavra fanatismo, deriva do latim fanum, que significa templo, santuário, lugar sagrado, e originalmente tem um significado relacionado a religião.

Hoje, é um termo descrito pela psicologia como estado de fervor excessivo, irracional e persistente, por qualquer tema, mas historicamente associada a temas e motivações políticas e religiosas. Esta paixão fervorosa, leva o fanático a excessos em favor do objeto do seu foco.

Ele demonstra uma fé cega, imedida, mostra-se irascível e não permite qualquer oposição a sua causa e pode chegar ao ponto de colocar sua própria existência em risco para defender sua obsessão.

Quando temos o fanatismo em um âmbito individual, conseguimos como sociedade, contê-los, mas a partir do momento em que a massa fanática atinge um ponto crítico, temos a histeria coletiva, que se alastra como rastilho de pólvora, contagiando uma a uma indivíduos com a mente amedrontada e enfraquecida pela ignorância e a omissão.

Desde os tempos mais antigos, os fanáticos em determinados líderes políticos ou religiosos, manipulados em nome de uma dita filosofia ou em nome de Deuses, são utilizados como massa de manobra para oprimir e em geral, nos moldes da violência, ameaçar a ordem da sociedade.

Nos tempos modernos, temos exemplos dessa histeria desde casos extremos como os homens-bomba do radicalismo islâmico, católico (do Exército republicano irlandês) ou do separatismo (grupo separatista basco) até em um exemplo mais próximo de nós, na violência das torcidas de times de futebol que muitas vezes culminam em confrontos com muitos mortos. Inclusive na ciência, que deveria jogar luz sobre a escuridão, o aparecimento de fanáticos que se utilizam de falsas ou deturpadas interpretações dos dados científicos para validarem suas obsessões e preconceitos.

Esse indivíduo deturpado, o fanático, propaga a desinformação, perverte a razão e conduz insensatos a o seguirem, levando o demérito e a estagnação aos ambientes em que se infiltram. Leva os desavisados a cometerem ações condenáveis, destrói a moral e usa de uma lógica inconsequente para justificar os seus atos. Não aceita ou permite divergências, não aceita argumentação que fujam dos estreitos limites da sua mente doentia, e agride e tenta destruir tudo que não se encaixa em sua visão obscura e pequena do mundo.

O fanático, ao invés de fazer da sua fé uma libertação, cria uma prisão. Em vez de aprofundar as verdades da fé para iluminar com elas a vida, aceita a letra dessas verdades sem saborear o conteúdo das mesmas. O fanático não dialoga. Fala sozinho. Para ele, quem tem a mesma fé não precisa dizer nada e quem não tem deve queimar com as bruxas nas fogueiras do inferno.

A maçonaria desde o seu surgimento sofreu muitas vezes na história a perseguição de fanáticos que dominaram em algum momentos as sociedades. O exemplo mais marcante da perseguição sofrida foi a Inquisição, que caçou, torturou e matou muitos maçons, apesar de a Maçonaria não ser uma religião, o caráter secreto dos rituais, transformou-a muitas vezes em um alvo. Os maçons foram perseguidos em muitos países absolutistas, ditatoriais, e até hoje são alvo de anedóticas acusações como o recente candidato a presidente da república, que prometeu destruir a Fraternidade.

A ignorância, já citada acima como principal fonte do fanatismo, é uma enfermidade social, a mãe de todos os vícios, que se dissemina na sociedade atual e se perpetua com os estímulos promovidos pelos desejos de controle fácil das massas que ela proporciona, priva as pessoas de desenvolvimento e progresso individual.

O princípio da ignorância é saber pouco ou mal, e saber coisas além do que se deve ou consegue saber. Ela priva o homem de conhecer seus direitos e deveres sociais, mesmo sob democracias, o povo ignorante é escravo.

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