RESUMO VIDA DE PAULO
Por: RENATABUOZI • 15/9/2015 • Resenha • 1.425 Palavras (6 Páginas) • 11.159 Visualizações
A VIDA DE PAULO
Paulo de Tarso, também chamado de Apóstolo Paulo, Saulo de Tarso , foi um dos mais influentes escritores do cristianismo primitivo, cujas obras compõem parte significativa do Novo Testamento. A influência que exerceu no pensamento cristão, chamada de "paulinismo", foi fundamental por causa do seu papel como proeminente apóstolo do Cristianismo durante a propagação inicial do Evangelho pelo Império Romano.
Antes da conversão
Em "Atos dos Apóstolos", Paulo afirma ter nascido em Tarso (na província de Mersin, na parte meridional da Turquia central) e faz breves menções à sua família. Um sobrinho é mencionado em e sua mãe é citada entre os que moram em Roma em . É ali também que o apóstolo confessa que (Atos 8:3) .
Mesmo tendo nascido em Tarso, foi criado em Jerusalém, "aos pés de Gamaliel", que é considerado um dos maiores professores nos anais do Judaísmo" e cujo equilibrado conselho em, para que os judeus se contivessem na fúria contra os discípulos, contrasta com a temeridade de seu estudante que, após a morte de Estevão, saiu num rompante perseguindo os "santos
Conhecido como Saulo antes de sua conversão, ele se dedicava à perseguição dos primeiros discípulos de Jesus na região de Jerusalém. Era tão zeloso por sua crença religiosa e tradições judaicas, que traçou uma perseguição contra todos o que acreditavam em Cristo. De acordo com o relato na Bíblia, durante uma viagem entre Jerusalém e Damasco, numa missão para que, encontrando fiéis por lá, "os levasse presos a Jerusalém", pois Damasco era o centro comercial da época e Paulo acreditava que se exterminasse os cristão dali, a fé em Jesus não seria divulgada.
Conversão e a sua missão
Em Damasco, na Síria.
Saulo teve uma visão de Jesus envolto numa grande luz. Ficou cego, mas recuperou a visão após três dias e começou então a pregar o Cristianismo. Muitas vezes Deus entra na vida de uma pessoa de forma espetacular como Paulo, outras de forma silenciosa. Saulo, reconheceu Jesus como Senhor e Salvador e passou a ter um relacionamento verdadeiro com Cristo.
A conversão de Paulo pode ser datada entre os anos de 31 e 36 pela referência que ele fez em uma de suas cartas. De acordo com os "Atos dos Apóstolos", sua conversão ocorreu na "estrada para Damasco", onde ele afirmou ter tido uma visão de Jesus ressuscitado que o deixou temporariamente cego.
Testemunho pós-conversão
A mudança de vida e as realizações conseqüentes sustentaram um forte testemunho da presença do Espírito Santo na vida de Saulo, que recebeu o nome de Paulo após sua conversão.
As pessoas eram tocadas pelo testemunho de vida de Paulo e também pela sua mudança de atitude. Seus argumentos eram poderosos pois, Paulo era um estudioso brilhante. Mas todos sabiam que suas palavras eram verdadeiras pelo seu novo modo de viver.
Juntamente com Simão Pedro e Tiago, o Justo, ele foi um dos mais proeminentes líderes do nascente cristianismo. Era também cidadão romano, o que lhe conferia uma situação legal privilegiada.
Treze cartas no Novo Testamento são atribuídas a Paulo, mas a sua autoria em sete delas é contestada por estudiosos modernos. Agostinho desenvolveu a ideia de Paulo que a salvação é baseada na fé e não nas "obras da Lei. A conversão de Paulo mudou radicalmente o curso de sua vida. Com suas atividades missionárias e obras, Paulo acabou transformando as crenças religiosas e a filosofia de toda a região da bacia do Mediterrâneo. Sua liderança, influência e legado levaram à formação de comunidades dominadas por grupos gentios que adoravam o Deus de Israel, aderiam ao código moral judaico, mas que abandonaram o ritual e as obrigações alimentares da Lei Mosaica por causa dos ensinamentos de Paulo sobre a vida e obra de Jesus e seu "Novo Testamento", fundamentados na morte de Jesus e na sua ressurreição.
Nos versículos iniciais da Carta aos Romanos, Paulo nos dá uma litania de sua própria alegação apostólica e de suas convicções pós-conversão sobre a ressurreição de Cristo.
Os seus próprios textos nos dão alguma ideia sobre o que ele pensava de sua relação com o Judaísmo. Se por um lado se mostrava crítico, tanto teologicamente quanto empiricamente, das alegações de superioridade moral ou de linhagem dos judeus, por outro defendia fortemente a noção de um lugar especial reservado aos filhos de Israel.
Ele ainda afirmou que recebeu as "boas novas" não de qualquer um, mas por uma revelação pessoal de Jesus Cristo. Por isso, ele se entendia independente da comunidade de Jerusalém (possivelmente no Cenáculo), embora alegasse sua concordância com ela no que tangia ao conteúdo do Evangelho. O que é mais impressionante nessa conversão é a mudança na forma de pensar que ocorreu. Ele teve que mudar seu conceito sobre quem o Messias era e, particularmente, aceitar a ideia, então absurda, de um Messias crucificado. Ou talvez o mais difícil tenha sido a mudança de seus conceitos sobre a superioridade dos judeus. Ainda há debates sobre se Paulo já se considerou como o veículo de evangelização dos gentios no momento de sua conversão ou se isto se deu mais tarde.
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