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A DIVERSIDADE RELIGIOSA BRASILEIRA E A CONTRIBUIÇÃO AFRICANA

Por:   •  7/3/2016  •  Artigo  •  4.331 Palavras (18 Páginas)  •  901 Visualizações

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A DIVERSIDADE RELIGIOSA BRASILEIRA E A CONTRIBUIÇÃO AFRICANA

Rogério Sousa1

RESUMO

Esta presente pesquisa discorre sobre a diversidade religiosa brasileira dentro do contexto da matriz africana e sua contribuição para a pluralidade atual. O objetivo desta pesquisa é verificar o conceito etimológico das principais palavras que envolvem essas religiões voltadas as línguas de origem yorubá. Também, principalmente, mencionar as dificuldades enfrentadas por esses grupos e relatar a discriminação e a danação causada por falta de conhecimento cultural e até mesmo fundamentalismo que demonizam as religiões como Umbanda, Quimbanda e Candomblé que serão citados nesta pesquisa. Identificar acerca da historicidade destas três principais religiões e a sua formação histórica-cultural e as sua manifestações ritualísticas e seus mitos. Procura-se demonstrar a grande contribuição destas religiões em diversas áreas como: comidas típicas e artes marciais. Esta pesquisa é de caráter bibliográfico e desenvolvido através das orientações de Gil (2008), e de Severino (2000). Elaborado através de consulta a livros e artigos científicos, de obras voltadas de literatura afro brasileira. O problema se dá na formação de pensamento de demonização destas religiões e como essas religiões tem sobrevivido a grandes tentativas frustradas de boicotes formas diversas de impedirem o seu culto no Brasil.

Palavras-Chave: Afro Brasileiras. Umbanda. Quimbanda. Candomblé.

INTRODUÇÃO

Procura-se discutir de acordo com esta pesquisa, o quanto os movimentos de religião africana são agregadores e incessante: permanecem de portas abertas aos encarnados aos espíritos das mais diversas origens e etnias”. (DERMES, ano, p.12). Em decorrência disto foi analisa-se a historicidade a etimologia das três principais religiões que tem por cultura Africana. Por ter caráter ecumênico, de flexibilidade doutrinária essas religiões são capazes de reunir elementos diversos, como os que serão sistematizados nesta pesquisa.

Segundo Macedo (1989) relata que o “principal disso é a própria noção de modernidade”. O mundo atual parece preocupado com o parecer moderno, ao contrário disso, em outras épocas onde o respeito e o apego à tradição era mais importante na organização da vida social, sendo que o que predomina hoje é a ideia de progresso.

Para entender o que acontece no aspecto religiosos brasileiro, principalmente a sua diversidade religiosa é necessário ter presente a dimensão histórica além de alguns

1 Rogério Sousa – É graduado em Teologia pela Faculdade UNIDA, aluno do curso de Pós – Graduação em História e Cultura Afro Brasileira no Instituto de Educação Superior do Espirito Santo – IESES.

aspectos relevantes e típicos da modernidade que envolvem as religiões de matriz africana.

Identifica-se a formação histórica e suas modificações durante todo o tempo de existência. Também se observa as ramificações que se formaram após o nascimento da religião da Umbanda.

O objetivo desta seguinte obra é verificar o conceito etimológico dos nomes das principais religiões afro brasileiras e também definir conceitos determinados pela língua yorubá. Outros objetos são desmitificar a demonização das religiões africanas.

Para esta pesquisa foi usado como método um caráter bibliográfico e desenvolvido através das orientações de Gil (2008), e de Severino (2000).Desenvolvido de material já elaborado e foi usado como fonte de pesquisa para a Elaboração deste artigo a consulta a livros e artigos científicos e obras voltadas para religiões afro brasileiras.

Conclui-se que diante a grandes dificuldades enfrentadas pelas inúmeras series de confrontos e danações as religiões de matriz africana sobreviveu até os tempos atuais superando tudo e a todos.

UMBANDA: ETIMOLOGIA E A ORIGEM DO NOME UMBANDA

Segundo Corral (2008) o Caboclo Sete Encruzilhadas sob o “aparelho” iniciador do movimento da Umbanda, Zélio Fernandino de Moraes, denominou a religião que ali nascia, esse nome foi anotado por um dos presentes como ALLABANDA, substituído por AUMBANDA. Em sânscrito, língua sagrada das longínquas terras do Oriente, essa palavra pode ser interpretada como “Deus ao nosso lado” ou “o lado de Deus”. Mas segundo Corral (2010), a melhor tradução e a que chega mais perto da ideologia da Umbanda é “a arte de curar”.

Existem vária explicações para o nome Umbanda, segundo afirma Dermes (2011), ressalta que esse nome não é o único, adotada para essa nova religião. Sabe-se também que na África, em terras bantas, muito antes da chegada do branco, já existia o culto aos ancestrais (chamados no Brasil depois de “Guias”). Também era conhecida a palavra ‘MBANDA (Umbanda) significando “arte de curar” ou “culto pela qual o sacerdote curava”, sendo que ‘MBANDA quer dizer “o além – onde moram os

espíritos”. Os sacerdotes da ‘MBANDA eram conhecidos como “Kimbandas” (Ki – mbanda, do Quimbundo, língua da região em que hoje é Angola, especialmente Cabinda, significa “aquele que se comunica com o além”).

O grande pai da Umbanda Zélio Fernandino de Moraes nasceu aos 10 de abril de 1891, em São Gonçalo, Rio de Janeiro, Fundador da Umbanda nos moldes em que ela existe hoje. Embora historicamente Zélio tenha sido o fundador (ou anunciador) da Umbanda, antes mesmo desse anúncio e da fundação da institucionalização da Umbanda, diversas formas de culto com moldes muito semelhantes se desenvolveram.

Segundo Corral (2008) a Umbanda nasceu com suas raízes no Catimbó, no Candomblé (quer os tradicionais, como os terreiros Nagôs e de Angola, quer nos Candomblé de Caboclos), influências estas trazidas tanto pelos próprios médiuns quanto pelos espíritos que se manifestavam nos trabalhos, até então rejeitados pela Federação Espírita Kardecista por causa do seu “atraso” espiritual.

Continua Corral (2008) que vindo de família tradicional, em fins de 1908, com dezessete anos de idade, Zélio preparava-se para o ingresso na carreira militar quando foi acometido por uma inexplicável paralisia, que os médicos não conseguiam entender, tratar ou curar, pois seu corpo parecia extremamente saudável embora não se manifestava-se no sentido de fazer qualquer movimento da cintura para baixo. Certo dia, ele ergueu-se no leito, declarando: “amanhã estarei curado”.

Dermes (2011) relata que no dia seguinte, de fato, levantou-se normalmente e voltou a caminhar, como se nada lhe houvesse acontecido:

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