A MUSICA COMO EXPRESSÃO DE LOUVOR À DEUS
Por: Joline • 28/1/2016 • Ensaio • 4.880 Palavras (20 Páginas) • 721 Visualizações
A MÚSICA COMO EXPRESSÃO DE LOUVOR À DEUS
JOSELIR SOMBRA DE CASTRO
FACULDADE VALE DO JAGUARIIBE
RESUMO
Este artigo tem por objetivo apresentar a música como elemento contribuinte para expressar o louvor a Deus. Trata de questões que relacionam o uso e a importância da música como um ato de adoração a Deus. Inicialmente, esclarece que a música é um meio universal de expressão. Ela tem acompanhado a história da humanidade, ao longo dos tempos, exercendo as mais diferentes funções. Em todas as culturas, em todas as épocasa música sempre esteve presente. Ela foi criada por Deus. A seguir, são apresentadas reflexões a respeito do papel da música nas igrejas e outras instituições que fazem o uso da música como louvor a Deus. Como conclusão, busca-se encaminhar sugestões aos envolvidos com a música nas igrejas, para que percebam a importância que a Bíblia dá à música no culto a Deus, objetivando oferecer subsídios para analisar de forma singela, porém objetiva, a questão da música em cultos a Deus, e qual seria a melhor forma de encará-los.
PALAVRAS-CHAVE: Música. Louvor a Deus. Adoração.
1 INTRODUÇÃO
A música é um meio universal de expressão. Em todas as culturas, em todas as épocas, a música sempre esteve presente. Desde o ato criativo já podemos ver a presença da música. A música sempre ocupou um papel fundamental na adoração a Deus. O Livro de Salmos, o “livro dos louvores” é o mais extenso da Bíblia. No Antigo testamento havia quatro mil músicos levitas e 288 cantores empregados para louvar a Deus. Além disso, o texto bíblico nos conta que mais de cem sacerdotes eram responsáveis pelo serviço com um instrumento (1Cr. 23.5;25:7; 2Cr5:12,13) Isto já nos mostra a importância que a Bíblia dá a música no culto a Deus.
A música é considerada como uma arte funcional, isto é, uma arte que tem uma finalidade prática e importante: servir de veículo de expressões humanas. É usada para anunciar produtos (comércio), revelar emoções (romantismo, civismo, política, etc.) e outras ações de comunicação. Como expressão de louvor a Deus, não se pode ignorar o poder da música na transmissão e consolidação de mensagens - revelação, louvor, testemunho, apelo, oração, etc. E a música favorável é aquela que serve de veículo para a expressão do louvor do homem para Deus, seu criador, ou seja: se a música é um veículo próprio para conduzir mensagens, concluímos que o canto é um instrumento de adoração.
Por ser um assunto importante, abordar este tema exige cuidado e sensibilidade. Talvez nenhum outro setor do serviço religioso provoque tanta tensão e tantas manifestações apaixonadas que, muitas vezes, acaba causando divisão. A música não pode ser fator de discórdia e sim de união. Portanto o propósito deste trabalho não é discutir o estilo da música que deve ser usado nos cultos.
2 O QUE É A MÚSICA
Segundo a Enciclopédia Britânica Barsa, “Música é a arte de coordenar fenômenos acústicos para produzir efeitos estéticos”. Mas esta arte, que é patrimônio da humanidade, não produz o mesmo efeito estético em todos. Isto porque as culturas, assim como as experiências, são diferentes. Um exemplo clássico pode ser notado na reação dos ocidentais escutando música oriental e vice-versa. Embora músicas de países como China, Índia, Países Árabes possam parecer tecnicamente interessantes, podem nos parecer incompreensíveis esteticamente ou não nos trazer um prazer pleno. Contudo, elas são significativas para os membros das culturas daqueles países. Precisamos entender que música é simplesmente uma sequência de notas em determinado ritmo e que em si ela é neutra, nem boa nem má.
Pessoas de todas as raças, regiões ou países, têm a sua maneira de se expressar através da música. E o interessante é que os outros povos podem apreciá-la, pois a música é uma linguagem universal. Cada cultura tem sua maneira específica desse expressar e comunicar através do meio musical. Alguns pensamentos sobre o que é a música:
A música é o maior refrigério para alguém sem consolo e por sua causa o coração serena-se, reconforta-se se renova. (Lutero) A música exalta cada alegria, suaviza cada tristeza, expele enfermidades, abranda cada dor, subjuga o veneno de cada praga”(John Armstrong). A música é alma do universo; dá voo à imaginação; alegra o espírito; afugenta a tristeza e dá vida a tudo que é bom e justo (Platão)
A Música é uma das maravilhas que Deus nos deu. Deus foi muito bom em nos capacitar a produzir sons e melodias. E é claro, que Ele fez tudo isso, não só para ser algo agradável a nós, mas também para que demonstrássemos o nosso amor por Ele, através deste meio. Quando Deus criou o homem, a música estava dentro do homem, a batida do coração: isso é ritmo. A natureza louva a Deus com seus sons: árvore, vento, canto dos pássaros, barulho das águas.
Certa vez perguntaram ao compositor austríaco Franz Joseph Haydn qual a razão de suas composições sacras serem tão alegres. Ele respondeu:
Não posso fazê-las de outro modo. Quando penso em Deus e em Sua graça manifestada em Jesus Cristo, meu coração fica tão cheio de alegria que as notas parecem saltar e dançar da pena com que escrevo. Já que Deus me tem dado um coração alegre, deve ser-me permitido louvá-lo com alegria.
2.1 A MÚSICA NA HISTÓRIA DA IGREJA
A base para o nosso louvor e adoração está na Bíblia, no entanto podemos aprender um pouco mais através da história da igreja cristã. Encontramos relatos em escritos antigos, dizendo que na época das perseguições aos primeiros cristãos, quando eram jogados nas arenas para serem devorados por leões famintos, eles morriam cantando e louvando a Deus Mas também, outras épocas nos ensinam sobre a música na igreja, como por exemplo:
- Ambrósio de Milão (340-397) que desenvolveu um cantochãosimples, rítmico e silábico, que fazia apelo às massas de adoradores;
- PapaGregório, o grande (590-604) através do chamado canto gregoriano, com melodia uníssona;
- A popularização musical incentivada porLutero (1483-1546), que foi buscar na cultura subsídios para suas composições sob o princípio de que “não se deve deixar que o diabo tenha todas as boas melodias”;
- Aprendemos com o progresso da música erudita (séc.17 a 19). Ocorrido principalmente na Europa;
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