A REFORMA PROTESTANTE

A REFORMA PROTESTANTE

Vários questionamentos sobre a igreja católica começaram a surgir ainda antes do século XVI, período que procedeu a Reforma Protestante. Alguns homens da época passaram a se questionar sobre determinados dogmas da igreja católica, nesse momento contradições cometido pela igreja ficavam mais claros. Pois o povo começava a se questionar sobre o que era imposto pela igreja, sendo o que o seu papel e o seu poder deveria ser direcionado somente às questões espirituais.

A insatisfação com a igreja atingia grandes homens da época, a burguesia estava cada vez mais inconformada, pois os lucros e os juros eram visto pelo Clérigo da igreja como práticas condenáveis. Mas, por outro lado, a igreja arrecadava dinheiro com venda de indulgências. Os reis sentiam-se importunados com o Papa, pois a igreja interferia cada vez mais no campo político, nos assuntos que eram dirigidos próprios da realeza. O homem passa a ter uma visão mais crítica, formando uma opinião cada vez mais questionadora sobre a igreja.

Surge então no século XVI a Reforma Protestante, um movimento religioso que teve como líder Martinho Lutero. Lutero foi um monge da igreja católica, um grande estudioso de teologia, onde passou a contestar determinados dogmas da igreja ao perceber práticas errôneas cometido pelos membros do Clero da igreja. Decide aprofundar-se ainda mais nos estudos, tendo como base a bíblia, para criar uma maneira mais correta na relação entre fiel e igreja. Lutero elaborou 95 teses e as colocou na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, em 1517. As 95 teses era um protesto contra o abuso e a autoridade do Papa e tornou-se um documento essencial da Reforma Protestante.

Em suas teses Martinho Lutero criticava vários pontos da doutrina da igreja da católica. Tendo como pontos principais dois princípios: a salvação somente pela fé e a rejeição da hierarquia da igreja. Pois para Lutero a salvação se dava por meio da fé do cristão em Deus, ela só podia ser alcançada através do relacionamento do homem com Deus. E não como a igreja defendia, sendo a própria igreja a intermediária os homens e Deus, pois para Lutero o papel da igreja era o de apontar o caminho até Deus e não a igreja ser o caminho até Deus. Várias foram as causas que levaram ao surgimento da Reforma Protestante, entre elas a prática da simonia, que era um comércio de relíquias sagradas, no qual a igreja vendia objetos em que segundo ela foram utilizados pelos santos e até mesmo por Cristo, mas que na verdade eram falsos e os fiéis compravam enganados. A venda de indulgências também destaca-se por ter sido uma grande prática realizada pela igreja. A igreja católica tinha a visão de que a salvação não se dava exclusivamente somente pela fé, mas sim pelas obras e que o perdoa dos pecados juntamente com a salvação eterna poderiam ser alcançados através do pagamento em dinheiro, e esse dinheiro seria destinado para as despesas da igreja.

Um outro ponto a ser destacado, era o monopólio da leitura da bíblia, que era escrita somente em latim. A celebração das missas eram realizadas em latim, dessa forma a igreja mediava o encontro dos fiéis com a bíblia e evitava que os fiéis interpretassem textos sagrados que não fossem condizentes com o pensamento do alto escalão do Clero. Por muito tempo a igreja influciou e controlou os fiéis e teve suas estruturas abaladas com a Reforma Protestante.

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Insatisfeito com tais práticas exercida pela igreja, Martinho Lutero tem a iniciativa de traduzir a bíblia do latim para o alemão, pretendendo esclarecer para os fiéis que o mais importante era a fé e a centralização do culto na leitura da bíblia feita por eles mesmos, para que todos tivessem a compreensão do que fossem dito na missa pelo Papa.

As ideias de Lutero logo se expandiram e aderiu adeptos por toda a região da Alemanha e até mesmo fora dela. Lutero teve a apoio da maior parte da sociedade alemã, apoiado pela nobreza Lutero pôde divulgar suas ideias. Com a expansão do Luteranismo outros reformadores foram surgindo, destacando-se entre eles João Calvino com a Reforma Calvinista e a Reforma Anglicana com os ingleses. João Calvino era um teólogo francês e após estudar os textos de Martinho Lutero ele iniciou uma ruptura com a igreja categorias. Na época Calvino estava em Genebra na Suíça e teve grande apoio da burguesia local, pois a buguersia também já havia apoiado a Reforma Luterana. A Reforma Calvinista difere em alguns pontos das ideias luterana, o principal ponto é na questão da salvação. Enquanto para Lutero a salvação se dava pela fé, Calvino dizia que somente a fé não era suficiente, pois defendia a ideia da predestinação, em que o homem já nasce predestinado, uma vez que é escolhido por Deus para a vida eterna ou para a sua condenação.

A Reforma Calvinista aponta várias teorias e questionamentos. Para Calvino os bens materiais conquistados honestamente pelo trabalho justo era um sinal da graça divina. Essa sua teoria agradava a buguersia, pois dessa forma os burgueses justificavam seu comércio e seus lucros. Calvino questionava o uso das imagens negando o culto aos santos, questionava a autoridade do Papa e do Celibato do Clero, e a liturgia da missa. Defendia a livre interpretação da bíblia e a separados do Estado e da igreja. As ideias defendidas por Calvino atraiu muitos burgueses para o Calvinismo, pois João Calvino era visto como um importante representante do movimento protestante. A Reforma Protestante também ganhou força na Inglaterra, ficando conhecida como a Reforma Anglicana, no qual os ingleses também mostraram sua insatisfação com a igreja. Criticavam os abusos da igreja romana, a ineficiência dos tribunais eclesiásticos, a interferência da igreja na distribuição de cargos públicos favorecendo membros do Clero e o pagamento do dízimo que era enviado para Roma.