As Estruturas Eclesiásticas
Por: joebersaccomani • 4/3/2018 • Trabalho acadêmico • 1.899 Palavras (8 Páginas) • 361 Visualizações
JOÉBER SACCOMANI GOMES[pic 1]
história da igreja cristã
Trabalho Acadêmico apresentado ao Mestre Claudio Augusto Kelly, com vistas à aprovação no módulo de Estrutura Eclesiástica - 2º Ano, Período Matutino, do Curso de Bacharel em Teologia da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista - Universidade Metodista de São Paulo.
São Bernardo do Campo — Fevereiro de 2018[pic 2]
Muitos movimentos foram surgindo ao longo da história da igreja. Alguns com seus objetivos específicos e detentores de uma tradição, outros, aparecendo no senário da história como movimentos itinerantes e solitários. Desde 586 a.C. como citado no texto, o povo de Israel passa por muitas alterações políticas, governamentais, culturais, econômicas, e inclusive em suas estruturas eclesiásticas. Mas algo marcou a cultura judaica, tendo como identidade principal a ida ao templo em Jerusalém, onde eram prestados os cultos e rituais a Deus e também uma grande devoção na Lei dada a Moisés, que funcionava não apenas como um código civil religioso, mas também como código civil. O apreço em manter a Lei e uma vida santa ao Senhor, era dirigida por um grupo de oficiais da sinagoga, que tinham autoridade para punir ou excomungar os contraventores como também para administrar e interpretar a Lei. Surge então os escribas, uma classe de funcionários religiosos, que tinham como alvo a expansão do alcance da aplicação da Lei como também vigiar contra a sua violação. A partir deste movimento surge, portanto, os movimentos farisaicos e hasídico.
A vida judaica passava por momentos de tensões, que atingiam não só as fontes religiosas como também econômicas. Um partido eclesiástico se levanta, detentores de terras, buscando o apoio do monarca selêucida Antíoco Epifano IV, que tinha como alvo principal conquistar a permissão para alterar a base constitucional da vida judaica, tornando Jerusalém uma cidade com o mesmo estilo grego, mas com o nome de “Antioquia”. Essa classe endinheirada que se levanta não se preocupou em manter a Lei Mosaica como objeto central de ensino, e como reação, não tiveram o apoio dos escribas, devotos da lei e da classe comum e rural de Jerusalém. Nesta trajetória, uma ação se destaca, quando o partido reformador substitui o sumo sacerdote, o povo reage, uma grande rebelião surge entre os judeus e Antíoco IV, que por sua vez se levanta duramente, instalando como medida preventiva e punitiva o culto a Zeus Olímpico no templo de Jerusalém.
Tal atitude fermentou ainda mais as tensões religiosas e políticas. A revolta dos Macabeus(167 a.C.) ganha espaço entre a população, e Antíoco e seus sucessores pressionados por esse conflito, entram em um acordo com a liderança judaica, neste acordo três implicações básicas foram restabelecidas: O culto a Deus foi restaurado e o templo purificado e rededicado; A família dos hasmoneus passaram a exercer o sacerdócio em uma linhagem hereditária; e o estado judaico teve um crescimento no poder militar, também governado pelos hasmoneus.
Foi neste período de revolta dos macabeus e do governo hasmoneu que nasce os partidos religiosos e ideias religiosas que dominaram o judaísmo palestino, até a espoca de Jesus. Assim conseguimos entender a divisão entre um partido sacerdotal, aristocrático e um partido religioso exclusivo, devoto, popular: Os saduceus e fariseus. Os saduceus eram leais a Lei, não criam na ressureição de mortos e na existência de espíritos bons e maus, mas eram bem vinculados com questões políticas e comerciais. Já os fariseus, “os separados” como aplica o autor, andavam em alguns pontos em oposição aos saduceus, não se vinculavam muito com as questões políticas, influenciados pelos persas, criam na existência de bons e maus espíritos e à doutrina de satanás. Embora serem relevantes em sua época, não tiveram muitos seguidores, pois um dos critérios era a total observância a Lei, uma vez que as pessoas não tinham tantas instruções e nem tempo para tal ação.
Também surge em meio a esses dois grupos os essênios, piedosos em relação a Lei, pregavam ser a verdadeira congregação do povo de Israel e tinham uma literatura bem apocalíptica.
Com o passar dos tempos, percebemos que os judeus da Diáspora fizeram muitos ajustes ao mundo helenístico, em praticamente todas as áreas, uma que se destaca é a linguagem. As comunidades entraram em diálogo com a religião pagã, abrindo concessões e um notável sincretismo é estabelecido, o que nos dias atuais também não é muito diferente no meio “cristão”.
Carregando em seu forte chamado o espírito dos profetas levantados anteriormente, João Batista se destaca com uma mensagem enfatizada no arrependimento de pecados pelo ato do batismo, a pratica da justiça e um ensino de uma oração especial. Jesus, o classifica como o ultimo e na fileira dos maiores profetas já levantados. Ele é o encarregado de levar Jesus as águas batismais e assim, dar um “pontapé” ao seu ministério itinerante de pregação e cura, enfatizando que um novo Reino era chegado, O Reino de Deus, manifestando assim a graça, o amor e o governo do justo Deus. Separou para si 12 homens simples, e durante um período de 3 anos e meio aproximadamente, estabeleceu seu ministério.
Sua mensagem alcançou todos os povos, de todas as classes sociais, mais em especial há uma identificação dos mais empobrecidos, necessitados e excluídos da sociedade. Com uma mensagem simples e carregada de uma presença que traz alivio, ele atraiu para si muitos seguidores e em contrapartida, suas práticas despertaram a atenção das autoridades religiosas, que por vezes o perseguiram e caluniaram, incomodados com uma mensagem anticlerical, quebrando todos os tipos de rituais e tabus tradicionais, que impediam o acesso de pessoas simples a pureza do evangelho. Com sua sabedoria, questionava os mestres sábios de lei, e com suas ações mostrava que a sua mensagem trazia efeito positivo e pratico na vida das pessoas. Sua missão foi reconhecida em diversas províncias, mas foi em Jerusalém, que uma crescente hostilidade surgiu, lá foi preso e crucificado.
Seus discípulos carregavam uma fé e uma esperança em que Cristo ressurgiria dos mortos e acabaria com as forças destruidoras das trevas, isso aconteceu, e pelo que notamos, essa realidade chega primeiro a Pedro, que há princípio era a “pedra” líder sobre quem a igreja foi estabelecida com a força do Espirito Santo
Uma era governada pelo Espirito Santo surge, onde movimentos se destacam, e os discípulos de Cristo dão continuidade aos ensinos do mestre. Aos olhos dos demais religiosos, eles eram considerados como mais uma seita dentro do judaísmo, e suas práticas deram-lhe para si nomes que os chamavam, tais como: “os pobres” ou “os santos”, “a ekklesia” – “assembléia” ou “igreja”.
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