Conduta Moral
Casos: Conduta Moral. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Meldalena • 10/3/2015 • 4.333 Palavras (18 Páginas) • 229 Visualizações
VALORES MORAIS E DOUTRINA ESPÍRITA
Uma das recomendações básicas da Doutrina Espírita, e ditadas pelos espíritos superiores, para que consigamos dar início a tão falada reforma íntima, que é uma das bandeiras do espiritismo é a necessidade de fazermos uma autoanálise, uma introspecção e, dentro desse olhar interno, necessário é que possamos ver como anda a nossa escala de valores.
Como somos seres imortais, devemos procurar saber, se temos buscado valorizar o que realmente tem valor efetivo nessa nossa caminhada, ou se ainda temos dado importância somente as coisas efêmeras e fúteis que nada acrescentam. Será que temos ocupado nosso tempo com coisas úteis ao nosso progresso intelectual e moral ou temos somente ocupado o tempo com as coisas passageiras, na busca de satisfações imediatas.
Esses questionamentos devem ser uma constante em nossas vidas, ou, pelo menos na vida daqueles que realmente anseiam por melhores dias – futuro -.
Geralmente, alguns de nós dedicam muito tempo relembrando ou lamentando o passado. (lamentar é diferente de analisar) ou, ainda, pensando no futuro próximo nos esquecemos de viver o presente, o momento atual, o nosso hoje.
O passado deve somente nos servir de lição, de experiência, mas é passado e não pode ser modificado. O futuro, este sim, é construído agora, no momento atual, e não pode ser antecipado, pode ser programado.
Nós desconhecemos, ainda, que carregamos em nossa intimidade todos os meios que precisamos para viver, e viver em plenitude, e não aceitar essa verdade, seria aceitar a existência de um deus cruel e tirano privilegiado uns poucos em detrimento da maioria, o que viria a contrariar um dos atributos de Deus, que é ser soberanamente bom e justo.
Se temos todos os meios de vivenciar e valorizar esses valores mais nobres, que nos levarão a sermos verdadeiros homens de bem, tendo uma vida mais tranqüila, feliz e harmoniosa e que estão adormecidos, em estado de letargia,fazendo com que tenhamos ainda uma vivência de angustia de dor, sofrimento e tristeza, infelicidade, pergunta-se : de onde vem essa sensação de impotência diante da vida?
Se não encontramos ainda respostas claras e objetivas para esse questionamento, o simples fato de aceitarmos que possuímos condições de irmos em busca desses valores mais nobres, que não estão longe, pelo contrário, estão dentro de nós mesmos, já nos dá a certeza que depende somente de nós mesmos acharmos o caminho.
Léon Denis – (Depois da Morte) –, diz: “Cada qual sabe onde é mais fácil iniciar essa busca.”
Algumas das raízes do nosso sofrimento, de ainda estarmos inertes diante de valores morais a desejar, é porque ignoramos essas infinitas possibilidades que trazemos por herança natural e,somente depositar nossas expectativas de crescimento, de evolução no mundo exterior, esperando que tudo e todos satisfaçam nossos caprichos e necessidades,e aí não chegamos a lugar nenhum e nos tornamos infelizes.
Léon Denis – (Depois da Morte) – O espírito é criado para a felicidade, criado, portanto, para vivenciar valores mais elevados, mas para poder apreciar esses valores, para poder conhecer o seu justo valor, o homem deve conquistar esses valores por si próprio, só que para isso, o espírito deve desenvolver as potencialidades que estão guardadas em seu íntimo, mas como ainda não conseguimos desenvolver essas potencialidades existentes em nós, projetamos os nossos valores no mundo material, ou seja: nos cartazes de propaganda, nos carros importados,nos rótulos,nas estampa,nas promessas românticas, nos títulos acadêmicos – (Kardec diz que o Espiritismo não sendo uma teoria abstrata não se dirige apenas aos sábios, por conseguinte o homem espírita fala ao coração e para falar a linguagem do coração não há necessidade de diplomas.)
Na imagem que os outros criam diante de nós, só que muitas vezes os outros estão se escondendo de si mesmos e criando e alimentando a ilusão de que realmente nos farão felizes. Ainda chegamos acreditar que o cigarro e bebida, os cosméticos, vai nos trazer a liberdade e a beleza anunciadas em suas belas propagandas. Mas não é só nesse mundo exterior visto na mídia que exteriorizamos as nossas falsas expectativas, também na casa espírita, ainda projetamos valores que poderiam nos levar ao bem estar, ao crescimento moral, nos benfeitores espirituais – como se eles fossem obrigados a resolver os nossos problemas, no passe, na água fluidificada, ou ainda, há quem pense que sofrendo calado, inerte, passivo nesta encarnação poderá ser feliz e ter um caráter mais nobre em outra.
Não faço nada de errado, mas também não faço nada de bom.
Nós desprezamos o nosso potencial de adquirir valores morais mais abrangentes, quando nos colocamos como vítimas e deixamos de tomar atitudes nobres e positivas para o nosso bem estar. Enfim, construímos ilusões, alimentamos fantasias e agindo dessa maneira, continuamos investindo nossos valores em relacionamentos repletos de expectativas e acabamos nos condenando a desilusão.
Emmanuel – psicografia de Chico Xavier, diz: - a desilusão em nossa vida é a visita da verdade. Importante – atrás da desilusão há sempre um processo inicial chamado ilusão. Ou seja – nós criamos valores cheios de expectativas em relação ao comportamento do outro, (ilusão), só que ignoramos que as pessoas são imprevisíveis e incertas com relação ao que querem, o que procuram, ao que tem e ao que sentem, assim como nós.
Isto significa dizer que, às vezes, aqueles valores que achamos que faz o outro ser um homem de bem, para o outro é um meio de infelicidade.
Quando o homem conseguir vivenciar valores nobres como fraternidade, solidariedade, amor, perdão, indulgência, a humildade, ele conseguira também, deixar de controlar, vigiar e moldar as situações e as pessoas, aceitará que somos todos seres únicos e moldados por experiências únicas, isso porque o descontrole em nossa vida vem da ânsia, da vontade de querer controlar a vida alheia. Portanto, a conquista de valores nobres não pode ser vista como uma questão de circunstâncias, de estarmos sozinhos ou acompanhados pelos outros, não tem nada a ver, os outros não são empecilhos ao nosso crescimento, nem tampouco ter como impedimento os problemas que carregamos – o que seria outra ilusão.
A conquista de valores nobres pode estar numa postura tranquila diante dos encontros e desencontros de nossa existência, reconhecendo através da realidade da imortalidade do espírito as infinitas possibilidades de recomeçar uma nova jornada, uma nova etapa.
Talvez a conquista
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