O Aristóteles e Marx
Por: Isadora Bino • 3/4/2022 • Trabalho acadêmico • 387 Palavras (2 Páginas) • 143 Visualizações
Aristóteles e Marx
Para Aristóteles temos três regimes políticos: a monarquia a oligarquia e a democracia. O segundo refere-se a em vista de que eles governam, ou seja, com qual finalidade. Para ele, o Estado deve governar em vista do que é justo, o bem comum. Sendo assim, são classificadas seis formas de governo: aquele que é um só para todos (realeza), de alguns para todos (aristocracia) e de todos para todos (regime constitucional). Os outros três modos (tirania, oligarquia e democracia) são deturpações, degenerações dos anteriores, ou seja, não governam em vista do bem comum.
Aristóteles propõe então cinco possibilidades de candidatos ao poder: a massa (pobre), a classe possuidora, os homens de valor, o melhor homem e
o tirano. Este é descartado por seu poder ser baseado na força. A massa poderia privar os outros em nome de si. A minoria possuidora governaria por interesses próprios. Os homens virtuosos ou mesmo o melhor homem excluiria os outros da decisão. A princípio, Aristóteles acredita que o poder deve ser de todos os cidadãos. Mas essa democracia tem algumas restrições.
Para Aristóteles o povo é soberano, porém existe uma restrição no conceito de liberdade, pois viver como bem entender contraria esse conceito. As leis são a liberdade, a salvação, pois a partir do momento em que o povo faz o que quer, como se nada fosse impossível, a democracia se torna uma tirania. Assim, a democracia deve ser completamente soberana, porém com duas limitações: não deve ir além dos órgãos de deliberação e julgamento, pois estes são poderes coletivos expressos em uma constituição e não exigir competência técnica (o dever de agir com as leis).
Por isso Aristóteles mantém a ideia de que o povo delibera e julgar melhor do que um indivíduo, porém deve-se ter uma quantidade significativa de homens de bem para qualificar as decisões.
Karl Marx diferente de Aristóteles entendeu o poder como uma relação de dominação econômica. O pensador via na história da humanidade uma relação material e contraditória, de maneira dialética, que sintetizava a vida e o desenvolvimento na luta entre diferentes camadas da população. Isso se evidenciou na Europa industrializada de seu tempo, que dividiu as pessoas em duas classes sociais: burguesia (os donos dos meios de produção) e proletariado (os trabalhadores). A luta dessas classes mostrava o conflito de poder como uma relação essencialmente econômica.
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