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O DILEMA DO METODO HISTORICO CRITICO NA INTERPRETAÇÃO BIBLICA

Por:   •  22/3/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  469 Palavras (2 Páginas)  •  1.616 Visualizações

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O DILEMA DO MÉTODO HISTÓRICO CRÍTICO NA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

Dr.Augustus Nicodemos

O Método Histórico crítico como ferramenta de interpretação, passa por uma crise grave; por falta de resultados e práticas eclesiásticas, sabemos dos seus resultados para a vida igreja, que são poucos, ou nenhum.

Hoje, no Brasil, em muitas instituições e Seminários, ainda é usado esse método como fonte de interpretação bíblica. Nos mesmos são recomendados o estudo desse método e literatura e desprezam qualquer outro, considerando ultrapassado, biblicistas ou fundamentalistas.

Segundo alguns estudiosos o método se gastou após 250 anos, e não mostrou a que veio, em algumas academias foi substituído pela nova Hermenêutica, mas os seus resultados ainda não foram deixados de lado, aqui no Brasil com o reconhecimento dos cursos de Teologia, reconhecido pelo Estado ganhou um novo impulso por se acreditar que ele é neutro e científico. Teve seu surgimento, durante a Reforma Protestante com o surgimento do método gramatical histórico, esse método partia de algumas convicções religiosas e análise bíblica, levava em consideração o caráter divino e inspiração das escrituras e ao reconhecimento humano e temporal da mesma, esse método estava preso aos dogmas da igreja, os exegetas e reformadores tiveram dificuldades de apontar erros, lendas, mitos porque já tinha que apontarem um resultado final.

Mas, a partir do século XVII e início do século XVIII, com a chegada do Iluminismo surge o Método Histórico Crítico, trazendo uma nova luz no campo da interpretação bíblica, e foi saudado por muitos, como resultado do progresso acadêmico.

Tem, como método, interpretação e regra o bom censo e a lógica. Chegou ao seu apogeu, desprezando todo e qualquer método anterior, ficando livre de qualquer influência da igreja e dogmas, para desenvolver seu próprio método, e provar que a palavra de Deus e Escrituras, eram duas coisas diferentes, e que continham erros e fazer uma separação entre ambas, encontrar o Canon normativo dentro do Canon formal que é a coleção dos livros do Antigo e Novo Testamento, nessa busca nasceram várias críticas, como: Críticas das Fontes, da Forma, da Redação, etc.

A Crítica da Forma: descobrir as formas originais dos textos bíblicos antes de quaisquer alterações pelas comunidades, a fim de provar que, palavra de Deus é diferente da Escritura. Esse método não é, neutro nem cientifico, ele parte de pressupostos dogmáticos que, refletem na rejeição da autoridade e infabilidade das Escrituras, ele é tendencioso e parte da incredulidade Racionalista e Iluminista negando a realidade da encarnação, nascimento virginal, a ressurreição dos mortos, a ressurreição de Cristo.

Portanto, a conclusão vem antes do resultado da pesquisa: a bíblia, não é, historicamente confiável, se eles nos acusam que partimos do pressuposto, que a Bíblia é a palavra de Deus, eles partem do pressuposto que a bíblia não é a palavra de Deus, então esse método é tão ideológico quanto o método histórico gramatical ou outro qualquer.

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