PROJETO DE PESQUISA TCC UNINTER

CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

LUIZ HENRIQUE COSTA DA SILVA

RU: 1975769

A CENTRALIDADE DA CRUZ DE CRISTO

                                                   Trabalho apresentado na disciplina de tcc,

Projeto do curso  bacharelado em teologia

 Centro Universitário Internacional  Uninter.  

RIO DE JANEIRO

2020

TEMA

A Centralidade da Cruz de Cristo

DELIMITAÇÃO DO TEMA

 

 A necessidade da igreja de olhar para a cruz como ponto central da vida cristã, a cruz é a mensagem central da nossa pregação, a morte do cordeiro que tira o pecado do mundo deve ser a nossa proclamação.

PROBLEMATIZAÇÃO

        O que está acontecendo, por que mudaram a mensagem da cruz? O que a cruz de Cristo realmente nos revela?

JUSTIFICATIVA

        Este trabalho tem por finalidade pesquisar e desenvolver uma reflexão sobre o sentido originário da cruz, e demonstrar a importância do resgate do sentido original da cruz para o cristianismo.

Infelizmente, é raro encontrarmos em nossos púlpitos a pregação vigorosa, firme e clara da cruz de Cristo, em meio aos decretos de prosperidade e promessas de vitória.

Um dos mais graves equívocos da igreja evangélica é querer um cristianismo sem cruz, Jesus declarou aos seus discípulos: “se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Mateus 16: 24).

        O apóstolo Paulo estava tocado pela mensagem da cruz, e deixa claro o teor da mensagem que deveria nortear nossos púlpitos, Cristo crucificado pelos nossos pecados. Nas suas cartas, nós vemos o quanto ele estima a cruz; a cruz permeou toda a sua vida e pregação, “nós, porém, pregamos a Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo para os judeus e loucura para os gentios.” (1coríntios 1: 23).  

        Precisamos de um retorno urgente às escrituras onde Cristo é o centro das mensagens, pois as verdades bíblicas estão sendo atacadas como na época do apostolo Paulo e de Lutero.        

        Oh!!! Quão maravilhosa é a mensagem da cruz!  Como diz a clássica canção. “sim eu amo a mensagem da cruz, até morrer eu a vou proclamar, levarei eu também minha cruz, até por uma coroa trocar.”

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

        Analisar e compreender a relevância da mensagem da cruz como tema central do cristianismo, pois, hoje, a maior e mais importante necessidade da igreja  é resgatar a centralidade da mensagem da cruz  perdida nestes últimos tempos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar a origem da cruz como forma de execução. A execução por crucificação era a mais vergonhosa e terrível que alguém poderia ser submetido. Entender porque razão Jesus teve uma morte tão horrível, dolorosa e desumana na cruz, instrumento de punição mais cruel utilizado pelo homem de forma legalizada.

• Demonstrar que a obra que Cristo realizou na cruz, é para o cristianismo, a única base de salvação. “Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.” (1coríntios 1:18).

• Apontar para a mensagem da cruz, pois é a única mensagem que precisamos. “Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.” (1coríntios 1:23).

• Reafirmar que a cruz se encontra no cerne do evangelho, ou seja, é a chave crucial, o próprio meio pelo qual nós podemos seguir a Jesus no novo e vivo caminho para a santificação. “Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados.” (Hebreus 10:14).

• Ilustrar que na cruz todo escrito de dívida que era contra nós foi cancelado. “...e havendo riscado escrito dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz.” (colossenses  2:14).

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

        Nenhum personagem histórico entendeu melhor e mais profundamente o poder da cruz que Martinho Lutero, escreve Mark Shaw. Para Lutero, a cruz é a marca de toda teologia, “no Cristo crucificado é que estão a verdadeira teologia e o verdadeiro conhecimento de Deus.”

 Conhecer Deus pela fraqueza e loucura da cruz humilha ao homem porque foi a fraqueza, a loucura e vergonha humana que Deus carregou sobre si quando foi a cruz do calvário. Conhecer a Deus pela cruz é conhecer o nosso pecado e o amor redentor de Deus. Assim, Lutero propõe que em lugar da teologia da glória, se siga o caminho da teologia da cruz. Deus, na cruz, destrói todas as nossas ideias preconcebidas da glória divina.

 O perigo em potencial que a teologia da cruz vê na sua antítese é que a teologia da glória levará o homem a alguma forma de justiça pelas obras, à tendência de se fazer uma barganha com Deus com base em realizações pessoais. Por outro lado, a teologia da cruz repudia firmemente as realizações do próprio homem e deixa Deus fazer tudo para efetivar e preservar a sua salvação.

Para Lutero, a teologia da cruz não era um capítulo a parte na teologia, mas uma determinada maneira de viver e fazer teologia. Lutero foi em direção contrária à teologia da glória, passando a enfatizar que somente acontece justificação na obra redentora de Cristo. Na doutrina de Martinho Lutero, a graça da justificação pela fé está rigorosamente orientada pelo Cristo crucificado  (Extraído de lições de mestre, Mark Shaw; Editora Mundo Cristão, 2004).

        Ao analisarmos o conceito teológico da cruz segundo John Stott, nós veremos que ele se divide em quatro observações, sendo estas:

• Primeira: o entendimento do próprio Senhor sobre a cruz;
• Segunda: a auto - substituição de Deus como sendo o coração da mensagem da cruz;
• Terceira: as Quatro conquistas da cruz;
•  Quarta, o que significa viver de baixo da cruz.

Para Stott, assim como para outros teólogos que abordamos, a cruz exerce um papel central no cristianismo. Não apenas como um sinal da fé cristã, mas também como uma associação com o próprio Cristo crucificado (Stott. 1986:25).

        Na sua terceira observação importante que o teólogo faz sobre a cruz, diz a respeito das conquistas alcançadas no calvário. De acordo com Stott, essas conquistas podem ser resumidas em três palavras, salvação, revelação e triunfo.

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