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Politica não é Pecado

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Por:   •  19/4/2014  •  2.440 Palavras (10 Páginas)  •  488 Visualizações

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Política Não é Pecado

" Quando não há sábia direção, o povo cai; mas na multidão de conselheiros há segurança." ( Pv. 11:14)

O que é política? É " a arte de bem governar OS povos"; " sistema de regras respeitantes à direção dos negócios públicos" ; " ciência dos fenômenos referentes ao Estado" ; eis aí, entre outras definições sem rebuscamentos científicos, o que diz o Aurélio sobre política.

Poderíamos acrescentar: Política é a ciência que define programas e prioridades de administração pública no interesse do bem comum. Sendo assim, política está na Bíblia desde OS primeiros capítulos do Gênesis. O que está escrito lá?

" ...enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre OS peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que rasteja pela terra" (Gn. 1;28). E mais:

" Havendo, pois, o Senhor Deus formado a terra todos OS animais do campo, e todas as aves dos céus, trouxe-OS ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o Nome que o homem desse OS seres viventes, esse seria o Nome deles" ( Gn. 2:19).

O que isto significa senão Deus entregando poder político a Adão? Então, política não é pecado.

Sem política, não há administração, não há exercício do poder de polícia, não há aplicação DA lei, não há justiça, não há desenvolvimento, não há organização DA sociedade.

Mas a verdadeira Política se escreve com “P" maiúsculo; política com corrupção, com falcatruas, com injustiça, com opressão, com exploração, é politicalha, é politiquice; e isso, sim, é pecado.

" Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não faz, nisto está pecando" (Tg. 4:17).

" Toda injustiça é pecado" ( I Jo. 5:17 a).

Uma idéia antiga

No Brasil, Grande parte dos evangélicos e muitos pastores crêem e ensinam que " política é pecado" e que o crente que se envolve na vida pública vai se corromper e se desviar.

Como essa idéia de que " política é pecado" tomou corpo no seio DA comunidade evangélicas brasileira, sobretudo entre OS crentes mais humildes e as igrejas mais populares? São várias as razões, e vamos falar rapidamente sobre algumas.

A) A simplicidade dos pastores pioneiros

No começo DA evangelização do Brasil, um Grande contingente de pastores e obreiros não possuía maiores conhecimentos intelectuais e das verdades bíblicas. Eram pessoas simples, semi-alfabetizadas, conhecedores apenas de alguns rudimentos fundamentais do Evangelho. Não tinham tempo nem condições para estudos mais profundos.

Os crentes eram pobres, humildes, sem qualquer projeção social. Política, àquela época, era atividade exclusiva de "coronéis", doutores e milionários. Assim, era mais pratico e mais fácil o isolamento e a aplicação do carimbo de que " política é pecado", " é coisa do diabo".

Ora, a legítima ação DA política é construir, dignificar, beneficiar, elevar, melhorar, socorrer, ajudar. A preocupação do diabo é " matar, roubar e destruir" ( Jo. 10:10). Logo, política não é "coisa de satanás"; mas é claro que ele USA as fraquezas de alguns políticos para deixar essa impressão e afastar crente sinceros DA atividades política.

B) A impossibilidade de atuação dos missionários

Apesar de oriundos de terras onde a maioria dos políticos são protestantes e evangélicos (Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Suécia), muitos missionários pioneiros provinham DA área rural e de pequenas cidades.Eram pessoas humildes, desempregados profissões só exercidas por integrantes das classes menos favorecidas. Assim, nos seus países de origem não participavam DA liderança política e administrativa e administrava das comunidades. Por outro lado, na condição de estrangeiros, não podiam ser candidatos, mesmos que quisessem.Preferiram, então, a omissão quanto a uma doutrinação sobre a importância DA atuação do cristão na vida pública. Na realidade, tinham outras prioridades e outra missão.

c) Insegurança de muitos pastores

Sem dúvida, muitos pastores alimentaram e alimentaram essa invencionice de que " política é pecado", pela insegurança que possuem em relação à sua própria liderança. Imaginam que depois de eleito, um vereador, um prefeito ou um deputado, membro de sua igreja, passará a ser uma ameaça à sua autoridade e ao seu comando pastorais, pelo poder e prestígio que passaram a ter dentro DA comunidade. É verdade que Ali ou acolá isso já aconteceu, mas um fato isolado não pode servir de motivos para que um pastor inseguro articule uma "doutrina" ou uma orientação que termina prejudicando a representatividade de um grupo ou impedindo que um servo de Deus seja numa Câmara de Vereadores, numa Prefeitura ou numa Assembléia Legislativa.

Problemas de divisão de igrejas, usurpação de liderança ou semelhantes ocorrem todos OS dias, entre OS próprios pastores e nem por isso nenhum deles está defendendo o fechamento dos seminários ou a extinção das faculdades teológicas e dos institutos bíblicos.

d) Interpretação incorretas

Há também aqueles que fazem interpretações apressadas DA Bíblia e imaginam que, combatendo a atividade político-partidária dos membros de suas igrejas estão mantendo essas pessoas longe do pecado, da corrupção, do desvio; longe do "mundo". Mas Jesus disse claramente: " Pai, não peço que os tire do mundo mas que os guardes do mal" (Jo.17:15). Ora, segundo essa ótica vesga de que toda a corrupção, toda a maldade, toda a tentação, como explicar o desvio de comerciantes, comentários, pedreiros, motoristas, donas de casa, operários, marceneiros, bancários, diáconos, presbitérios, pastores, que não são e nem foram vereadores, prefeitos, deputados e que cometem os mais diversos pecados

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