Reforma Protestante
Por: Patrícia Francieli • 17/5/2016 • Trabalho acadêmico • 1.681 Palavras (7 Páginas) • 1.002 Visualizações
INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR
Trabalho de Conclusão de Disciplina
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA:
REFORMA PROTESTANTE
Professor: Pastor Gui
Aluna: Patrícia F.C. Silva
BIRIGUI
2016
INTRODUÇÃO
A Reforma Protestante foi uma dos movimentos religiosos medievais mais importantes, sendo considerada como um marco da passagem do mundo medieval para o mundo moderno e na história da teologia.
O presente trabalho tem por objetivo expor sobre este acontecimento histórico de maneira à esclarecer como se deu essa “Revolução” liderada por Martinho Lutero.
A REFORMA PROTESTANTE
Pré- Reforma
A Pré-Reforma foi o período que antecedeu a Reforma Protestante, tendo inicio aproximadamente no século XII, com a denominação cristã dos Valdenses.
Os Valdenses eram adeptos das ideias de Pedro Valdo, um comerciante convertido ao cristianismo, que após encomendar uma tradução da Bíblia para a linguagem popular e começou a pregá-la ao povo mesmo sem ser sacerdote.
Os Valdenses defendiam que cada fiel tinha o direito de ter a Bíblia em sua própria língua.
Reunia-se clandestinamente em casa e grutas, devido a perseguição sofrida pela Igreja Católica Romana, já que não aceitavam a supremacia destes e rejeitavam o culto às imagens, que era considerado como idolatria.
Causas da Reforma
A Reforma Protestante, apesar de ser de cunho religioso inicialmente, também foi impulsionada por fatores políticos e sociais da época.
A insatisfação com a diferença entre a pregação e a ascensão econômica do clero, que ao mesmo tempo em que pregava a humildade e pobreza, condenando a usura e o acumulo de grandes riquezas, fazia grandes vendas de indulgências, o que levou a população a questionar alguns dogmas impostos pela Igreja, afinal os clérigos estavam muito mais próximos das questões materiais envolvendo o poder político e a posse de terras, do que preocupados com os problemas sofridos pela população camponesa.
Fatores políticos também contribuíram para a reforma, porque a autoridade da Igreja Católica Romana era inquestionável, considerando herege todos aqueles que ousasse discordar de seus ensinamentos, de modo que, o poder que a Igreja possuía não estava limitado apenas a questões espirituais e ensinamentos religiosos, mas também se sobressaia ao poder político das monarquias (Reis), o que instigou o desejo de vários elementos da realeza de dominar a Igreja e obter os seus bens, para conseguirem aumentar o seu poder e influência.
A Reforma Protestante
Martinho Lutero, um dos maiores lideres na Reforma Protestante, teve uma experiência pessoal baseada em um texto das escrituras, que afirma ser a salvação de Deus comunicada pela fé e não apenas pelas obras que decorrem da natureza humana corrompida pelo pecado original, passando assim a defender a possibilidade de o individuo por achegar-se a Deus e obter perdão e salvação. Logo, considerando a salvação pela fé e o perdão e salvação da proximidade com Deus, torna-se infundado o pagamento de indulgências que era imposto pela Igreja Católica.
Martinho Lutero, deflagrou a Reforma Protestante ao discordar publicamente da prática de venda de indulgências pelo Papa Leão X.
Leão X (1478-1521) com o intuito de terminar a construção da Basílica de São Pedro havia determinado a venda de indulgências (perdão dos pecados) a todos os cristãos. Lutero, que foi completamente contra, protestou com 95 proposições que afixou na porta da Catedral de Wittenberg, onde era mestre e pregador . Em suas proposições condenava a prática vergonhosa do pagamento de indulgências, o que fez com que Leão X exigisse dele uma retratação pelo ato. O que nunca foi conseguido
As teses de Lutero condenavam a "avareza e o paganismo" na Igreja, e pediam um debate teológico sobre o que as indulgências significavam.
As 95 Teses foram logo traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas. Após um mês se haviam espalhado por toda a Europa.
Após diversos acontecimentos, em junho de 1518 foi aberto um processo por parte da Igreja Romana contra Lutero, a partir da publicação das suas 95 Teses. Alegava-se, com o exame do processo, que ele incorria em heresia. Depois disso, em agosto de 1518, o processo foi alterado para heresia notória.
Finalmente, em junho de 1520 reapareceu a ameaça no escrito "Exsurge Domini" e, em janeiro de 1521, a bula "Decet Romanum Pontificem" excomungou Lutero, que em mais uma manifestação de protesto, rasgou a Bula Papal (documento da excomunhão), queimando-a em público. Devido a esses acontecimentos, Lutero foi exilado no Castelo de Wartburg, em Eisenach, onde permaneceu por cerca de um ano. Durante esse período de retiro forçado, Lutero trabalhou na sua tradução da Bíblia para o alemão, da qual foi impresso o Novo Testamento, em setembro de 1522.
Enquanto isso, em meio ao clero saxônio, aconteceram renúncias ao voto de castidade, ao mesmo tempo em que outros tantos atacavam os votos monásticos. Entre outras coisas, muitos realizaram a troca das formas de adoração e terminaram com as missas, assim como a eliminação das imagens nas igrejas e a revogação do celibato.
Ao mesmo tempo em que Lutero escrevia "a todos os cristãos para que se resguardem da insurreição e rebelião". Seu casamento com a ex-freira cisterciense Catarina von Bora incentivou o casamento de outros padres e freiras que haviam adotado a Reforma. Com estes e outros atos consumou-se o rompimento definitivo com a Igreja Romana.
Em janeiro de 1521 foi realizada a Dieta de Worms, que teve um papel importante na Reforma, pois nela Lutero foi convocado para desmentir as suas teses, no entanto ele defendeu-as e pediu a reforma. Autoridades de várias regiões do Sacro Império Romano-Germânico pressionadas pela população e pelos luteranos, expulsavam e mesmo assassinavam
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