Resumo do Capítulo: “Origens do cristianismo – O Fato Histórico Jesus Cristo e a Origem da Igreja”
Por: Bianca Óliver • 21/5/2020 • Resenha • 549 Palavras (3 Páginas) • 266 Visualizações
Resumo do capítulo 2:
“Origens do cristianismo – O fato histórico Jesus Cristo e a origem da igreja”
Há mais de dois séculos foi feita a primeira pesquisa histórico-crítica, de forma metódica, sobre a real história de Jesus Cristo. O primeiro mestre a contestar a realidade histórica de Jesus foi Bruno Bauer e para ele, Jesus era uma criação mítica arquitetada pelos evangelistas. Além disso, os iluministas e os racionalistas também tentaram recuperar a real história que dera origem a Jesus. O iluminista H.S Reimarus projetou uma reconstrução sobre o cristianismo, evidenciando a importância de haver uma diferenciação entre o que realmente foi feito por Jesus e o que os apóstolos registraram. Por meio dessas hipóteses, deu-se início as pesquisas com o objetivo de reconstruir a imagem de Jesus.
Representantes da escola liberal definiram Jesus, após a reconstrução de sua realidade, sobretudo como um exemplo de ideal ético-religioso, apontando ainda que os evangelhos não são registros históricos e sim livros dispostos a serviço da evangelização. O registro mais antigo que se tem da história de Jesus é do apóstolo Paulo, com relatos em cartas nos anos 50, porém, apesar desses registros, o evangelho continua sendo a fonte de conhecimento sobre Jesus, apesar de só terem surgido nos últimos séculos, na Europa Ocidental. Os evangelhos são interpretações crentes e teológicas sobre Jesus, enraizadas na história, criadas nas comunidades cristãs do século 1, com a finalidade de atender as necessidades e responder questionamentos que surgiram na comunidade.
Outro ponto que pode ser observado por meio das pesquisas histórico-críticas e que difere do citado nos evangelhos e em retratos da época é o ambiente que Jesus habitara, é enganosa a figura de Jesus proveniente de um ambiente mais camponês e de uma região com pouca influência helenística, visto que pesquisas arqueológicas recentes mostraram que a baixa Galiléia era bem povoada e ,consideravelmente, urbanizada. Vale ressaltar também as condições sociais de Jesus à época, não frequentou a escola superior de algum mestre ou rabino, contava apenas com a cultura local, considerada normal entre os jovens e exercia o artesanato com uso da madeira e com isso, mesmo não tendo acesso à escola superior, garantiu a ele e a sua mãe a autonomia social e econômica, logo, não fazia parte dos mais pobres de seu meio.
Jesus foi um mestre seguido por um grupo de discípulos, de forma natural e harmônica. Jesus era consciente de sua missão: ele era portador da salvação do Reino de Deus e sabia que o Reino se realizava nele. Sua missão ultrapassa os muros de ser um profeta. "Abbá" e "Reino de Deus" são as palavras que sintetizam a vida de Jesus. Jesus não pregou a piedade individual, mas sim uma piedade que reunia todos os membros da família religiosa que o ouviam e que se confortavam com sua verdade, ele não foi um revolucionário político, apesar de se preocupar e ter opiniões fortes sobre fatores sociais e políticos, sua preocupação tinha foco no aspecto religioso.
A grande questão em cima da ressureição de Jesus é um dos poucos pontos que não pode ser investigado, pois a história não pode ser provada e nem afirmada como falsa. O objetivo dos evangélicos com os relatos da ressureição de Jesus foi deixar claro que Jesus não deixará de estar presente nunca, mesmo após a sua morte.
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