SEMINÁRIO PRESBITERIANO BRASIL CENTRAL

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ALUNO: WILSON PEREIRA BARBOSA JÚNIOR

SÍNTESE

LINTHICUM, Robert C. Cidade de Deus, Cidade de Satanás. Belo Horizonte: Missão Editora, 1993, p. 45-94.

No capítulo 2, intitulado, “Nossa cidade como habitação do mal pessoal e sistêmico”, o autor mostra como as vezes o sistema urbano, força sua população a pecar, os pobres por exemplo, só tem seus corpos como objeto de poder e se necessário os utilizarão como meio de ganhar algum dinheiro. Mostra que é necessário entendermos a dinâmica da cidade quanto aquilo que é benéfico e maléfico, para que se possa entendê-la e assim, criar estratégias com o fim de alcançá-las através do Evangelho.

Outro fator importante que é enfatizado é que esse mau é sistêmico, está entremeado na cidade de maneira que as pessoas que estão nesse contexto, admitem e comungam desse sistema diabólico presente nas cidades, como exemplo bíblico, os profetas Isaias e Jeremias enfrentaram a mesma dinâmica em Jerusalém, onde os pobres estavam sendo explorados pelos mais poderosos. O autor mostra que tudo isso, é consequência de uma cidade que se afastou de Deus para dar lugar a ídolos que tomam o lugar do Deus verdadeiro.

Outro exemplo bíblico utilizado pelo autor, é o texto de Ezequiel 16, onde o profeta mostra Jerusalém como a noiva de Deus, noiva essa que em um processo de esfriamento começa a se afastar do seu noivo, vai cedendo a prostituição, o seu povo vai dando lugar a outros deuses e assim cometendo idolatria espiritual, deixa de servir Aquele que poderia dar toda plenitude, para seguir o caminho do pecado, e assim, é enfatizado a verdade de que quando uma cidade abandona a Deus, ela permite que a cegueira do pecado a impeça de enxergar a verdade que só o Deus verdadeiro pode dar.

Um exemplo de um enfrentamento que o autor passou no contexto da cidade, foi sua experiencia com uma garota que havia sido obrigada a se prostituir, por pressões de gangs e policiais corruptos. A sua conclusão foi que o problema da cidade é sistêmico, não se pode olhar simplesmente indivíduos, mas deve-se pensar em uma abordagem redentiva, que envolva todo sistema urbano, pois há uma ação demoníaca envolvida no contexto e a igreja deve pensar na cidade, não apenas no que tange a pregação do Evangelho, mas na sua integralidade social.

Já no capítulo 3, denominado de “Nossa cidade como habitação dos Principados e Potestades satânicos, o autor enfatiza a questão referente a batalha espiritual, onde segundo afirma, à espíritos específicos que agem em cada cidade, e é necessário identificá-los para que se possa traçar estratégias espirituais com o fim de batalhar a guerra espiritual presente no contexto das cidades.

Linthicum, mostra através da teologia do apostolo Paulo, que o mesmo se referia a esses espíritos atuantes na cidade, se utilizado do termo “principado e potestades”, foram criados por Deus, e que foram seduzidos por satanás e suas hostes, e assim estão a seu serviço, influenciando tanto o sistema quanto os indivíduos que fazem parte da cidade. E a única forma de lutar contra essas influências malignas em ação é somente através do poder de Cristo, que veio “para destruir o pecado das potestades e libertá-los de sua própria escravidão”. E a igreja é quem tem essa arma infalível contra esse sistema diabólico que agem nas cidades, o Evangelho que transforma e que pode trazer redenção em Cristo Jesus.