Seminário Presbiteriano Brasil Central
Por: Rafhael Sales • 20/11/2023 • Trabalho acadêmico • 5.462 Palavras (22 Páginas) • 69 Visualizações
IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
SEMINÁRIO PRESBITERIANO BRASIL CENTRAL
ETIENNE RAFHAEL SALES
EXEGESE DE LUCAS 21. 29 – 36
GOIÂNIA
2022/02
IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
SEMINÁRIO PRESBITERIANO BRASIL CENTRAL
ETIENNE RAFHAEL SALES
EXEGESE DE LUCAS 21. 29 – 36
Primeira parte do trabalho apresentado a disciplina de Exegese bíblica do Novo Testamento, do curso de Bacharelado em Teologia, do Seminário Presbiteriano Brasil Central como, sob a orientação da professora Doutoranda: Lázara Divina Coelho.
GOIÂNIA
2022/02
Sumário
3. ARGUMENTAÇÃO TEOLÓGICA 4
3.1 Discussão sobre o gênero literário. 4
3.2 Análise teológica da passagem 4
3.1 Propósito controlador do autor do documento 5
3.3 Análise teológica 6
3.3.1 Diagramação da Passagem. 6
3.4 Analise teológica da Passagem 7
3.5 Conclusão da argumentação. 14
REFERÊNCIAS 15
3. ARGUMENTAÇÃO TEOLÓGICA
3.1 Discussão sobre o gênero literário.
Nos evangelhos, diferente das epístolas, encontramos um contexto bi ou tridimensional, ou seja, os evangelistas usaram para suas interpretações dos ditos e narrativas sobre Jesus da transmissão oral e também das fontes escritas. Portanto, atingem o contexto literário. Para Stuart, Fee (2008 p.219) a três níveis dos ditos e narrativas sobre Jesus, primeiro “disponível a eles do modo em que foram preservados pela tradição da igreja” o segundo nível “A contribuição do autor do evangelho” e terceiro nível “é a de seleção, arranjo e adaptação”. Para compreender os ditos e narrativas sobre Jesus, é preciso ter em mente que os evangelhos tratam da vida e dos ensinos de Jesus, por isso, é preciso verificar o entendimento do evangelista sobre o que foi falado e o que aconteceu. Além de ter em vista, que o evangelista selecionou, adaptou, arranjou o material em seu formato, também é preciso verificar o significado em seu contexto atual do evangelho. Podemos dizer que a tarefa primária da exegese não é reconstruir a vida de Jesus, mas interpretar uma passagem no contexto literário presente em determinado evangelho, levando em consideração, o que se sabe de outras passagens sobre a vida de Jesus. (STUART, FEE 2008. p.219)
O gênero literário já foi descrito na primeira parte do presente trabalho, tendo em vista essas alternativas, em Lucas 21. 29 – 36 a abertura do versículo já deixa claro que Jesus está tratando de uma parábola, ou seja, uma ilustração. “ainda lhes propôs uma parábola dizendo”. Portando no texto abordado no trabalho seu gênero literário não a questionamento, Jesus usa de uma parábola para falar acerca da vigilância por que o fim se aproxima.
A parábola, não é apenas uma ilustração, Manson (apud KENNETH, 1985 p. 13) define como: “a verdadeira parábola... não é uma ilustração para ajudar a esclarecer uma discussão teológica; pelo contrário, é uma forma de experiência religiosa”. Podemos afirmar que as parábolas de Jesus é uma linguagem teológica que trazem dramatização de forma concreta, afim de que os leitores ou ouvintes possam reagir a elas. Elas tratam a natureza do reino de Deus, indicam como o filho deste reino deve ter sua conduta. (KENNETH. 1985 p. 14)
3.2 Análise teológica da passagem
Na passagem em questão, de Lucas 21. 29-36, pode-se pontuar alguns dogmas. O texto contribui para a sistematização da: (1) eclesiologia (A doutrina da Igreja (como tem que suporta a a consumação de todas as coisas)); (2) contribui para a Cristologia (A doutrina da Pessoa de Cristo (O filho do homem, humanidade e servidão de Cristo)); (3) Soteriologia (A doutrina da aplicação da obra de Redenção (Mostra os obstáculos para a Santificação)); (4) Escatologia (A doutrina das últimas coisas (segunda vinda de Cristo)). Algumas dessas doutrinas possui maior destaque no texto do que outras. Os elementos do texto que compõem estas doutrinas serão abordados nas próximas parte do trabalho, sempre que necessário à sua descrição.
3.1 Propósito controlador do autor do documento
O proposito controlador do autor do documento se dá através dos meios exegéticos gramáticos históricos, a fim de se obter qual a intenção de Lucas ao escrever esta perícope. Para tal, se valerá do contexto no qual a passagem está inserida e levar-se-á em conta quem eram os leitores originais desta obra.
Na passagem em análise Lucas. 21. 29-36, temos uma parábola específica e completa de um contexto em que o judaísmo e o cristianismo estavam distantes teologicamente, Morris (1987, p. 207) diz: Lucas da atenção onde Deus trouxe salvação não para merecedores (mérito), mas sim, para pessoas que não há merecem (graça). Sendo assim, a parábola em questão Lucas usa das fontes de Marcos para falar, acerca da segunda vinda do messias, o texto em questão é o tipo de uma “pequena apocalíptica” (Champlin, 2002, p.205). Essa pequena apocalíptica é por conta de falar do fim de todas as coisas, os sinais demonstrados apontam para um futuro próximo, a vinda do Filho do Homem. Os sinais apontam para um juízo de Deus, é importante pontuar que os juízos de Deus sobre os seus eleitos não apontam para uma morte eterna mais sim para uma nova vida.
A vinda do Filho do Homem, ou a proximidade do Rei de Deus apontam para a “parousia” dentro da visão da apocalíptica judaica, os judeus estavam à espera de um homem que seria o grande salvador político ao qual os libertariam, essa libertação não se dá por conta de uma escravidão, mas sim uma libertação de riquezas para todos, bens para todos, saúde, ou seja, tudo ligado as coisas terrenas, o futuro de um Israel brilhante se figurava na expectativa de alguém enviado do céu. (ROPS, HENRI-DANIEL, 2008, p.273 – 274)
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