Avaliação a Distância Alimentos e Bebidas
Por: Catarina Ferraz • 18/8/2016 • Trabalho acadêmico • 1.708 Palavras (7 Páginas) • 494 Visualizações
Aluna: Ana Maria Catarina Silva Ferraz
Matrícula: 12215100022 Curso: Licenciatura em Turismo
Questão 1: (05 pontos) Como introdução à disciplina Alimentos e bebidas, a aula 1 trata da temática “O serviço de alimentos e bebidas no contexto turístico”. Com base no capítulo 1, faça um resumo dos seguintes pontos:
- uma breve historia da alimentação;
Nenhuma atividade será tão permanente na história da humanidade como a alimentação. A arte pré-histórica é a responsável pelos registros da comensalidade da época, onde aparece a caça, a pesca e o ato de se alimentar em grupo. O alimento representa o povo que o consome, denota antes de mas nada uma “cerimônia indispensável de convívio humano”. Pode-se definir o verbete comensalidade como a reunião daqueles que comem juntos á mesa, portanto é nesse momento que pode-se diferenciar o homem dos animais pois o homem imagina o que vai comer, antes mesmo de fazê-lo, e com quem irá fazê-lo. Já os animais comem apenas para suprir uma necessidade. A partir do início do terceiro milênio a.C. na Suméria, ou no mais tardar, no segundo milênio, em outras regiões da Mesopotâmia e da Síria, inúmeros textos comprovam a existência de banquetes em ritos precisos, comer e beber juntos já servia para fortalecer a amizade entre os iguais, para reforçar as relações tanto entre príncipes como nos níveis sociais mais baixos.
Pode-se perceber que as representações simbólicas quanto ao comer, quanto a comensalidade e os aspectos sociais do entorno à mesa, desde cedo na história humana, se aproximam e se permeiam nos contextos religiosos. Muitas vezes, a assembleia dos grandes deuses, em que são tomadas decisões importantes, acontece durante um banquete. O banquete aparece como uma das principais marcas da solidariedade que une esse grupo, ao mesmo tempo em que ilustra as delícias da vida divina, segundo a concepção humana. Surgem, nessa época, as refeições servidas diariamente nos templos de manhã e de noite, sendo esse último o período mais adequado para os banquetes. Carnes variadas, condimentos e bebidas fermentadas são ingredientes comuns para banquetes e festas em diversos povos, outros ingredientes importantes até hoje como o sal e o azeite estavam presentes nos banquetes da época representando as relações de amizade . Durante milhões de anos, as frutas, folhas ou grãos parecem ter fornecido ao homem pré-histórico o essencial das calorias que necessitava. Foi a partir da era paleolítica inferior, principalmente na Europa, que a caça e o consumo de carne tiveram um aumento significativo. Nos tempos antigos, somente as elites tinham uma comida farta e variada. Alguns dos alimentos consumidos pelos faraós: massas, carnes, peixes, laticínios, frutas, legumes, cereais, condimentos, especiarias, mel e bebidas. Para os egípcios, a saúde e a longevidade dependiam dos prazeres da mesa. A inapetência era considerada sinal de doença. Eram grandes conhecedores dos segredos da farmacopeia e das propriedades das ervas medicinais, e já relacionavam a alimentação com a cura de moléstias, estabelecendo uma ligação muito próxima entre gastronomia e medicina. O regime alimentar tem um papel essencial nesse processo de definição de um modelo de vida civilizado (modelo já por si ligado profundamente à noção de cidade). Pode-se dizer que ele funda sua própria “diferença” no que diz respeito ao não-civilizado e ao não-citadino(pessoa que não mora na cidade).
Os hábitos e práticas alimentares de grupos sociais, práticas essas distantes ou recentes que podem vir a constituírem-se em tradições culinárias, fazem, muitas vezes, com que o indivíduo se considere inserido num contexto sociocultural que lhe concede uma identidade, reafirmada pela memória gustativa. A culinária brasileira sofreu grande influência dos povos que se instalaram aqui. Observando a história do Brasil, podemos perceber a influência principalmente dos nossos colonizadores, os portugueses, dos negros, dos índios e dos demais povos e suas culturas em nossa culinária e sua relação com os sabores de cada região. O povo indígena tinha uma alimentação composta, basicamente por mandioca, peixe, frutas, carne de caça, milho e alguns outros legumes ou tubérculos, mas o seu alimento preferido era a mandioca. O povo português trouxe seus conhecimentos adquiridos com as navegações para a culinária brasileira, assim como temperos, carnes, peixe, trigo, pão, mel, alho, entre outros. Porém, por perceberem certa dificuldade em encontrar certos ingredientes para suas receitas, passaram a adaptá-las, assim deixando a sua marca naquela que seria o início da culinária brasileira. Devido a condição de escravos quando vieram ao Brasil, os negros tinham pouca possibilidade de cozinhar, o que lhes era de costume, no entanto contribuíram de forma marcante para a culinária brasileira, conforme foram se adaptando a nova vida conseguiram driblar o cardápio imposto pelos senhores. Quando encontravam alguns alimentos provenientes da África, como quiabo, inhame, coco, banana, entre outros, também se alimentavam deles. Pode-se assim perceber que grande parte destes alimentos foi incorporada a culinária brasileira e até adquirindo uma identidade genuinamente brasileira. Os italianos, espanhóis, alemães, holandeses e japoneses contribuíram cada um com uma parcela da sua cultura gastronômica para a rica diversidade da culinária brasileira.
- a relação da alimentação com o turismo;
Foi com a mudança no significado simbólico da alimentação de simples necessidade para prazer, que levou ao aparecimento de termos como “gastronomia” e “culinária”. A gastronomia e a culinária passaram a existir justamente graças a um apetite que leva as pessoas a se alimentarem por outro motivo que não especialmente a fome. A palavra pode ser traduzida como “estudo das leis do estômago”, no século XIV, surgiu a versão francesa do vocábulo, “gastronomie”, com o objetivo de mostrar uma evolução do conceito original grego para “preceitos de comer e beber bem, além de arte de preparar os alimentos para, deles, obter o máximo de satisfação e prazer”, tempos depois surgiu uma definição mais ampla que considerou gastronomia como “[...] conhecimento racional de tudo o que diz respeito ao homem quando se alimenta”, tal amplitude englobou a culinária, que se ocupa mais especificamente das técnicas que envolvem a preparação dos alimentos, esse ramo gastronômico preocupa-se com o refinamento da alimentação, incluindo aí a sua forma de preparação e apresentação. Contudo deve-se deixar claro que a palavra alimentação também engloba a necessidade fisiológica de comer.
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