O Apicultor no Brasil

A apicultura chegou ao Brasil em 1839, e passou vários problemas até se tornar uma boa opção de renda para os agricultores brasileiros. Podemos dividir a apicultura brasileira em três etapas (SEBRAE, 2015).

A primeira etapa ou etapa de implantação da apicultura no país foi realizada entre 1839 a 1955, quando o padre Antônio Carneiro trouxe algumas colônias de abelhas da espécie Apis Mellifera de Portugal, para o Rio de Janeiro. Em 1845, alemães trazem consigo raças de Apis mellífera mellífera da Alemanha, e introduzindo essa espécie no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Embora todos os estudiosos brasileiros considerem que foi fundamental a contribuição dos alemães para o desenvolvimento da apicultura no país, no entanto todos concordam que na primeira fase da apicultura no Brasil não se teve um caráter profissional, nem finalidade econômica, foi tida como um hobby. Nesse período a media de produtividade nacional era muito baixa (cerca de 04 a 06 toneladas por ano) sendo assim a maioria dos equipamentos fundamentais para extração do mel eram importadas (centrifugas, tanques, estampadoras de cera, decantadores, desoperculadoras etc.) o associativos nessa época era quase inexistente (KERR, 1980).

No ano de 1956 alguns exames de abelhas fugiram do apiário e conseguiram se reproduzir com abelhas europeias formando assim um hibrido natural denominado de “abelha africanizada” e assim se iniciou a segunda etapa ou etapa de africanização dos apiários.

O geneticista Warwick Estevam Kerr trouxe para o Brasil abelhas africanas para criar um hibrido das espécies africana e europeia, Kerr é considerado um dos maiores especialistas do mundo na área de reprodução de abelhas e junto com Lionel Gonçalves da Universidade de São Paulo foram responsáveis pelo salto de produtividade dado pela apicultura no Brasil na segunda metade do século XX.