Resenha do texto: A antropologia urbana e os desafios da metrópole
Por: Renata Figueiredo • 15/8/2018 • Resenha • 535 Palavras (3 Páginas) • 1.150 Visualizações
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AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA - AD1
Período - 2018.1
Disciplina: Estudos Antropológicos
Resenha do artigo “A antropologia urbana e os desafios da metrópole”
O texto “A antropologia urbana e os desafios da metrópole” de José Guilherme Cantor Magnani averigua como a Antropologia Urbana no campo das ciências sociais pode colaborar para o estudo e a compreensão do fenômeno urbano nas grandes metrópoles.
Anterior ao desenvolvimento do objetivo da pesquisa, as concepções solidificadas do que é Antropologia são abordadas como a finalidade de contextualização. Assim, a mesma é descrita como a ciência do homem, que estuda as culturas da humanidade como um todo nas suas diversidades históricas e geográficas, voltada, principalmente, para os denominados povos primitivos.
No que se entende por Antropologia Urbana, o autor lembra que a mesma apresenta premissas contemporâneas a Antropologia Clássica e cita o sociólogo Robert E. Park - “A vida e cultura urbanas são mais variadas, sutis e complicadas, mas os motivos fundamentais são os mesmos nos dois casos”. Logo, ao estudá-la deve-se manter princípios teóricos e metodológicos da disciplina, mas com diferente recorte.
Deste modo, a Antropologia é lançada como hipótese para a análise do fenômeno urbano, disponibilizando o método etnográfico. A Etnografia é uma descrição densa do objeto pelo agente - do que ele vê, convive, pergunta, observa, troca e, assim, deixa-se ser afetado e estabelece relações. Nesse caso, o autor afirma que devemos evitar a busca na heterogenia das grandes cidades as condições de pequenos povos, isto é "tentação da aldeia".
No presente trabalho, diversos exemplos de pesquisas na área de Antropologia Urbana realizados pelo autor e seus alunos, do Departamento de Antropologia da USP e outras universidades de São Paulo, são apresentados como base para o estudo da sociabilidade e práticas culturais na escala da metrópole.
Para esse fim, são criadas unidades de análise que permitem os antropólogos de fugir do individualismo, fragmentação e, por outro lado, fugir da generalidade e grandes variáveis. Uma das unidades de análise apontada é a noção de pedaço. Este, um espaço de sociabilidade entre a rua e a casa, onde “os chegados” exercitam suas personalidades, se identificam, além de ser um lugar de troca.
Ao investigar as concepções de Lazer, Magnani escolheu um bar da cidade de São Carlos e se deparou com a expressão “Higiene Mental”. Para os pesquisados, aquele momento não era considerado Lazer, mas uma forma de descontaminação antes de voltar para casa. Lazer seria um tempo livre, o qual eles se arrumariam e iriam passear com a sua família.
Ainda discutindo Lazer, mas tentando também entender a lógica do pedaço, o autor aceito um convite para participar de um trabalho de campo em uma comunidade de surdos da cidade de São Paulo. Na primeira festa, o sentimento inicial era de um estranho no local, pois não se compreendia a linguagem de sinais, Libra, mas após a chegada de um interprete, o mesmo se vi inserido aquele grupo. Após duas outras festas, pode-se assimilar que os pesquisados fizeram o mesmo que fariam com eles em uma outra perspectiva, a inversa.
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