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Turismo De Saúde - Adequação, Responsabilidade E ética

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Por:   •  19/11/2014  •  Resenha  •  6.181 Palavras (25 Páginas)  •  341 Visualizações

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Turismo de Saúde – adequação, responsabilidade e ética.

Daniela Becker Carpena

Faculdade Senac Porto Alegre – Curso de Tecnologia em Hotelaria – Discente

Resumo: o objetivo desse trabalho é analisar o Turismo de Saúde, seu turista, sua história, seus conceitos e, principalmente, suas variáveis – Turismo de Bem-Estar e Turismo Médico. Essa atividade turística, que tem na saúde seu maior apelo, consiste no deslocamento de pessoas que buscam, em diferentes formas de meios de hospedagem, instalações, serviços e profissionais que as ajudem em processos de cura, recuperação, reabilitação, prevenção ou, simplesmente, manutenção de seu bem maior: sua saúde física, mental e emocional. Nomear os espaços depende exclusivamente do serviço que é oferecido, e os empreendimentos hoteleiros e/ou médico-hospitalares devem ser conceituados e estruturados de forma adequada, responsável e segura para atender as necessidades de um hóspede que, mesmo de forma pontual, esteja interessado em Turismo de Saúde.

Palavras-chave: turismo; turismo de saúde; meios de hospedagem.

Abstract: the objective of this work is to analyse the Health Tourism, its history, its concepts, its tourist and, most importantly, its two variables – Wellness Tourism and Medical Tourism. This tourist activity, which has in health its biggest appeal, consists of the displacement of people who seek, in different kinds of accommodation, the facilities, services and professionals which help them in healing, recovery, rehabilitation, or simply, prevention and maintenance processes of their highest good: their physical, mental and emotional health. Naming spaces depends exclusively on the service that is offered, and the hoteliers and/or medical ventures, must be given its concept and structure in a proper, responsible and safe way , in order to meet the needs of a guest who, even when occasionally, is interested in Health Tourism.

Keywords: tourism; health tourism; lodging.

INTRODUÇÃO

Atualmente, o Turismo de Saúde pode ser considerado uma realidade de mercado no mundo, e uma tendência no Brasil, conforme se pode constatar ao consultar diversas publicações e sites de internet especializados no segmento, sendo um deles o da Global Spa & Wellness Summit. Também é possível verificar que uma grande quantidade de meios de hospedagem já orientam seus formatos para oferecer serviços que contemplem algumas das ofertas que hoje se encontram disponíveis para esse nicho de mercado.

Com o advento e o crescimento da preocupação com a saúde e o bem-estar – físico, mental, emocional, espiritual – cada vez mais as pessoas orientam seus planos de viagens para destinos que ofereçam em sua estrutura turística, opções de serviços e produtos voltados para esse fim (longevidade e vitalidade). Constitui-se então uma nova segmentação, gerada por um novo comportamento, de indivíduos com uma ou mais referência mercadológica.

Para o Ministério do Turismo do Brasil, o Turismo de Saúde organiza-se em dois tipos: turismo de bem-estar e turismo médico-hospitalar (BRASIL, 2010c). Em ambos os casos, seguindo uma tendência de mercado em todos os setores de prestação de serviços, vem sendo oferecida uma gama cada vez mais ampla e variada de opções para atender aos desejos mais específicos dos consumidores: ou, a partir do potencial de regiões que ofertam recursos naturais (águas termais, terrenos argilosos, arenosos, lodosos...), aspectos paisagísticos ou climáticos; ou, no caso de localidades que não ofertam recursos naturais, através da inovação tecnológica e criatividade de outros tratamentos de saúde, bem-estar, estética e beleza.

O empreendedorismo nesse segmento de mercado – melhor representado por Spas – pode significar representativa lucratividade a quem optar pelo investimento e, mercadologicamente falando, pode servir como ferramenta de comparação, distinção e competitividade, já que a criação desses espaços em empreendimentos hoteleiros agrega valor e atende à demanda desse cliente ávido por um estilo de vida saudável (POWERS; BARROWS, 2004).

Ao longo desse trabalho, fundamentado em referenciais teóricos, serão vistos alguns conceitos de Turismo de Saúde e sua aplicabilidade consoante os recursos físicos e humanos dos empreendimentos, destacando a natureza desses conceitos (bem-estar ou médico-hospitalar) e a responsabilidade que os empreendimentos assumem ao oferecer um serviço que implica manusear, manipular e tratar o corpo físico dos clientes, bem como atender às suas necessidades mentais e emocionais. Definir inadequadamente o serviço que será oferecido, no caso particular do Turismo de Saúde, é muito mais do que fazer propaganda enganosa: é agir inconsequentemente. E os riscos são muito grandes.

Por esse artigo estar associado a uma unidade curricular do Curso Superior de Tecnologia em Hotelaria, o foco do mesmo é identificar em meios de hospedagem, os serviços e os atrativos turísticos relacionados ao Turismo de Saúde. Sendo assim, a tendência será descrever e caracterizar o nicho do Turismo de Bem-estar, pois o Turismo Médico Hospitalar ocorre na grande maioria das vezes em hospitais, centros médicos e clínicas.

A SEGMENTAÇÃO TURÍSTICA NO BRASIL

Fala-se de turismo quando quatro elementos fundamentais são considerados e inter-relacionados: demanda, oferta, destino e operadores de mercado. O encontro e a relação entre a oferta e demanda, individual ou coletiva, agenciada ou particular, é que define atividade turística (BRASIL, 2010b).

A maneira como o mercado se comporta, de acordo com as mudanças de interesse e de exigências por parte do turista, deve ser constantemente atualizada, junto com as modificações ocorridas em todo o cenário de negócios. À medida que o turista vai alterando seu perfil, a oferta deve ser apresentada de forma a atender as necessidades e demandas específicas de cada cliente, pois o mesmo produto/serviço pode atender as demandas de um perfil de cliente e ser inadequado para outros segmentos. Segundo o Caderno de Segmentação de Turismo e o Mercado, do Ministério do Turismo (2010b), para criar um produto turístico com foco em um segmento, deve-se considerar:

a) A vocação do destino: identificar os atrativos de maior potencial e as condições para criar atividades relacionadas com as características do segmento a ser trabalhado, que gerem uma identidade do destino;

b) A imagem do destino:

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