A Arte De Argumentar
Monografias: A Arte De Argumentar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: xereka • 3/4/2014 • 926 Palavras (4 Páginas) • 644 Visualizações
ARGUMENTAÇÃO E RETÓRICA
ELEMENTOS DO PROCESSO COMUNICATIVO
A comunicação é um processo complexo que inclui:
um emissor que transmite uma mensagem;
um canal adequado;
capacidade de dialogar, isto é, de exprimir os nossos modos de sentir, os ideais e valores que julgamos preferíveis e ser recetivo à expressão dos ideais e valores dos outros;
capacidade de persuadir e convencer os outros das nossas preferências e pontos de vista, isto é, argumentar.
IMPORTÂNCIA DA ARGUMENTAÇÃO / DE COMUNICAR
Comunicar implica, para além de uma dada mensagem, todo um modo de ser e de estar com os outros.
A argumentação desempenha um papel importante na comunicação que deve ter em conta vários aspetos:
a expressividade oral do argumentador (orador);
a eficácia da linguagem:
a adaptação ao auditório.
OS ELEMENTOS DO PROCESSO ARGUMENTATIVO
Podemos, em argumentação, distinguir os seguintes níveis:
1. a opinião do orador, ela pertence ao nível do verosímil, quer se trate de uma tese, de uma causa, de uma ideia ou de um ponto de vista. Essa opinião existe, enquanto tal, antes de ser formulada como argumento. Não se destina forçosamente a tornar-se num argumento: pode ter-se uma opinião e guardá-la para si próprio, não procura convencer os outros, ou simplesmente informá-los de que se adere;
2. o orador, o que argumenta, em seu nome ou em nome de outrem (nesse último caso, o contrato de comunicação deve ser explícito; é o exemplo típico do advogado, que argumenta em nome do seu cliente). O orador é aquele que, dispondo de uma opinião, se coloca em posição de a transportar até um auditório e de lha submeter, para que ele a partilhe, isto é, dela faça sua;
3. o argumento defendido pelo orador, trata-se de uma opinião formulada para convencer; a opinião introduz-se, então, num raciocínio argumentativo. O argumento pode ser apresentado por escrito (num recado, numa carta, num livro, numa mensagem informática), pela palavra, direta ou indireta (por exemplo, a rádio ou o telefone), pela imagem;
4. o auditório, que o orador quer convencer a aderir à opinião que lhe propõe, pode tratar-se de uma pessoa, de um público, de um conjunto de públicos, ou mesmo, num caso limite, do próprio orador, quando ele procura “autoconvencer-se”;
5. o contexto de receção, trata-se do conjunto das opiniões, dos valores e dos juízos que um dado auditório partilha, que são prévios ao ato de argumentação e que vão desempenhar um papel na receção do argumento, na sua aceitação, na sua rejeição ou na adesão variável que vai suscitar.
Phillipe Breton
“A argumentação na comunicação”
Publicações Dom Quixote, 1998
O PAPEL DO AUDITÓRIO
Se o alvo da argumentação é o auditório que se quer cativar, influenciar e pôr em movimento, o orador deve prestar-lhe especial atenção, tornando-se importante um conhecimento prévio a seu respeito.
O auditório constitui-se como fator determinante como elemento condicionador do processo argumentativo:
orador e auditório têm de comungar a mesma linguagem. Na argumentação, usa-se a linguagem natural, comum a todos.
A preponderância do auditório na teoria da argumentação é salientada por Perelman, que considera ser a linguagem da argumentação pretensa de uma comunidade unida por laços de sangue, pelo cultivo de dados saberes ou pelo uso de técnicas comuns. Os termos utilizados, o modo como se definem e o sentido que possuem só se compreendem em função dos hábitos, formas de pensar e tradições daqueles que usam a linguagem com que se constroem os argumentos.
ADESÃO DO AUDITÓRIO
Na maior parte dos casos, o auditório é constituído por pessoas distintas do sujeito que fala, podendo ser apenas uma ou várias pessoas:
o auditório é individual, quando é constituído
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