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A Licenciatura em Design de Moda Sociologia e Consumo e da Moda

Por:   •  18/12/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.112 Palavras (5 Páginas)  •  206 Visualizações

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UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

Licenciatura em Design de Moda

Sociologia e consumo e da Moda

Nome: Filipe Marques de Freitas, 41474

Data: 20/05/2021

Grupo A

2. Explore a relação entre consumo, individualização e liberdade nas sociedades contemporâneas.

Hoje em dia segue-se de forma geral um pensamento por parte da sociedade, que é conseguir ser o mais libre e independente de todas as formas possíveis, somos educados a lutar por objetivos de modo a eles darem fruto no futuro. Esta forma de pensamento cria ambição nas pessoas que se vai traduzir em várias outros comportamentos, tais como e a individualização do ser humano e o consumo excessivo, sendo assim sinonimo de desenvolvimento de uma sociedade de consumo. “A sociedade de consumo é um termo utilizado na economia e sociologia, para designar todo o tipo de sociedade que corresponde com uma avançada etapa de desenvolvimento industrial capitalista e que se caracteriza pelo consumo massivo de bens e serviços, disponíveis graças a produção massiva dos mesmos. O conceito de sociedade de consumo está atrelado ao conceito de economia de mercado que encontra equilíbrio entre oferta e demanda através da livre circulação de capital, produtos e pessoas, sem intervenção estatal.” (Jean Baudrillard, 1995) Pode-se assim dizer que a sociedade de consumo não valoriza exatamente o indivíduo, mas sim aquilo que eles possuem e isso faz com que seja criado um desejo/necessidade neles, de terem que estar constantemente a preencher um vazio. O espírito consumista desenvolvido no ser humano cria um sentimento de insatisfação continuo, pois há sempre vontades novas a serem saciadas. Observando estas coisas surge outro tipo de pensamento que é aquele de que, o ser humano quer ser libre e não estar associado e ninguém e ter a sua independência, no entanto parece que os atos de consumismo e de compra excessiva é para se demonstrar que se tem mais que os outros, “Compramos coisas que não precisamos, com dinheiro que não temos para impressionar pessoas de quem não gostamos.” Esta frase do filme Fight Club. Aqui o caminho a ser analisado quando se fala de liberdade é perceber-se se referimos a liberdade/independência financeira de se obter tudo aquilo que se quer, ou liberdade no sentido de se estar libre do sentimento de consumismo.

A meu ver existe um grande problema na sociedade contemporânea, que com a educação consumista que se desenvolve nas pessoas, acaba-se por criar níveis de ambição desmedidos, porque nunca nada é suficiente. Educa-se o conceito de liberdade pelo ponto de vista financeiro e emocional, para ser mais fácil de tomarmos decisões nas nossas vidas e não se estar dependente de nada, no entanto é tudo para se conseguir chegar a certos objetivos que nos vai dar aquilo que queremos de modo a impressionar os outros.

Grupo B

  1. Explique por que razão, no discurso de senso comum da sociedade ocidental contemporânea, a moda é considerada uma dimensão feminina e quais as consequências desse facto. Aponte também razões históricas que conheça.

Tal como Gilles Lipovetsky diz no seu livro “O Império do Efêmero” de 1987, “Só a partir do final da Idade Média é possível reconhecer a ordem própria da moda, a moda como sistema, com suas metamorfoses incessantes, seus movimentos bruscos, suas extravagâncias.” Utilizo assim esta frase como ponto de partida, para uma referência histórica de quando surgiu a moda, o vestuário perdeu aquilo que era só visto como uma função, no caso providenciar elementos de proteção e “passou a ser algo como As modificações na estrutura do vestuário masculino e feminino que se impuseram a partir de 1350 são um sintoma direto dessa estética preciosista da sedução. O traje marca, desde então, uma diferença radical entre masculino e feminino, sexualiza como nunca a aparência. O vestuário masculino desenha a cintura no gibão curto e valoriza as pernas apertadas em calções longos; paralelamente, a nova linha do vestuário feminino molda o corpo e sublinha as ancas, faz aparecer nos decotes os ombros e o colo. O vestuário empenha-se, assim, em exibir os encantos do corpo acentuando a diferença dos sexos” (Gilles Lipovetsky, 1987). As diferenças entre o vestuário masculino e feminino, ditam que o homem é o “sexo forte” porque destaca características físicas de modo a parecer mais robusto, dando assim uma ideia que vai ser uma boa fonte de rendimento para a família, por outro lado temos os contornos que a roupa feminina teve, em que desde início objetifica a mulher, dando-lhes assim a função de “meras parideiras”, devido a elementos físicos relacionado com a maternidade serem destacados, tais como ancas e decotes. Claro que ao longo da história este tipo de forma de pensamento teve outros contornos, no entanto a educação enraizada da objetificação feminina continua, mas nos dias de hoje ocorre de forma diferente, o homem continua a ser visto como a fonte de rendimento e a mulher vista como a pessoa que tem tempo livre e pode ir gastar o dinheiro em “futilidades”, em que se ela usar roupas caras é sinonimo de que o homem sustenta bem a família. Porém a moda nas mulheres solteiras passa a ser vista como forma de elemento de sedução, onde utilizam a moda como forma de se diferenciarem das outras mulheres, elas têm que provocar interesse e desejo, para conseguirem arranjarem um homem com um volume financeiro maior.

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