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A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO EM PAULO FREIRE E HANNAH ARENDT

Por:   •  8/4/2021  •  Resenha  •  531 Palavras (3 Páginas)  •  293 Visualizações

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A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO EM PAULO FREIRE E HANNAH ARENDT

A prática pedagógica, estudo altamente aprofundado por Paulo Freire em suas obras de cunho educacional, expõe a relação dicotômica entre professor-aluno no que tange ao modo ideal de se cultivar o ensino produtivo nas redes escolares.

Analisando-se a forma de aprendizagem estabelecida nas escolas, Freire concebe o ensino tradicional como um método antieducativo, na medida em que inibe e, concomitantemente, distancia o indivíduo cognoscente em potência de se alcançar o conhecimento sendo oprimido pelo mero hábito de decoração, estando passivo à aprendizagem dos conteúdos transmitidos em classe, sem, ao menos, refletir acerca da fala do professor ou de uma possível discussão proposta em turma. A sala de aula, por muitas vezes, é local de massificação e descuidado mútuo. Há coisificação do aluno, porque a identidade do mesmo não é relevada no espaço escolar; onde os números substituem os nomes dos educandos e a nota classifica-os. Esta realidade, é notório ressaltar, deve ser discutida e dialogada, a fim de que o aluno consiga libertar-se da tradição educacional, que o aprisiona e o propõe seguir ideologias incluídas no script do currículo educacional clássico. O aluno, em contrapartida, detém de total liberdade, uma vez que é da sua essência ser autônomo e lidar com espontaneidade aos empecilho do mundo. Esta individualidade explicitada salienta o papel imprescindível da prática pedagógica e, também, do docente, cuja ação possibilita aos alunos de conhecerem-se a si próprios, de modos ético e humanizado em cultivo a um mundo benéfico a todos. É concebível que a autoridade do professor, que requer certa obediência dos alunos, deve, ademais, constituir o fundamento do exercício pedagógico. A autoridade não pretende ser conduzida ou mediada por meio da coerção e do ato da violência generalizada. Por conseguinte, ela se estabelece através da responsabilidade que o aluno atribui ao professor, assim como o docente responsabiliza-se pelos estudantes em níveis didáticos e morais. A função primordial da instituição de ensino, fomentada na figura do professor como mediador do conhecimento, é ensinar às crianças como o mundo é, isto é, analisa-se os fenômenos da realidade em prol de um mundo fundado no amor e no direito de liberdade de outrem, enfatizando-se o reconhecimento do próximo e do seu lugar no mundo. A educação, segundo a teórica política Hannah Arendt (1906-1975), ao contrário da mera aprendizagem, necessita de um fim previsível. Teleologia esta que possibilite mais do que exercer sua liberdade consigo próprio, mas sim agindo de acordo com a sua liberdade em conjunto e segmentando-a e conduzindo-a à esfera pública, onde todos têm voz e poder no meio social. Em outras palavras: a educação tem como tarefa renovar o mundo especificado pela vivência conjunta dos indivíduos em favor de um princípio humanista. Logo, não cabe uma hierarquia de conhecimento no âmbito educacional, ordem sem precedentes e discriminatória. Todos, em certa medida, possuem conhecimento de algo que favorece o aspecto humano, todavia a hierarquia de posição social é cabível à proporção que preserva a obediência do aluno perante seu professor e o respeito mútuo como produto da interação de ambos, sendo este a base da aproximação e fonte de plena concepção

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