ESTUDO DA QUARTA CARTA DE PAULO FREIRE QUALIDADES INDISPENSÁVEIS DO PROFESSOR PROGRESSISTA

ESTUDO DA QUARTA CARTA DE PAULO FREIRE

QUALIDADES INDISPENSÁVEIS DO PROFESSOR PROGRESSISTA

        No estudo da quarta carta do grande educador Paulo Freire discutimos as diversas características de um professor e o que pode contribuir ou dificultar no trabalho com os alunos na sala de aula.

        Paulo Freire procura esclarecer que a qualidade dos educadores e educadoras foi surgindo e se aperfeiçoando na sua prática. Ele citou que as qualidades não é algo com que nascemos, encarnamos ou recebemos de presente, mas se desenvolve ao longo do tempo e são necessárias á prática educativa. O professor precisa de humildade e saber reconhecer que ninguém sabe tudo, é preciso ter humildade também para escutar a quem o procura seja alunos, pais ou colegas de trabalho e não importa seu nível intelectual, todos precisam ser tratados com respeito e sem posturas de superioridade. Se o professor é democrático ele não pode ter preconceito, nem arrogância, ele tem que ser humilde para poder lidar bem com os pais das crianças, mas essa humildade tem que ter um certo equilíbrio por que se não as pessoas podem se aproveitar desse fato.                                                                                                                              O professor dentro da sala de aula não pode ser arrogante e pensar que só ele sabe, precisa ser humilde, ouvir os alunos, não ser autoritário, contudo tem que ter autoridade, tomar decisões necessárias e precisas para o momento. Saber que a responsabilidade na atualidade é dobrada, pois os alunos hoje em dia estão muito mais rebeldes e ativos, querem ser o centro das atenções na sala de aula, desrespeitando o professor muitas vezes. Muitos alunos chegam à escola sem limites  devido a criação vindo de casa. O professor precisa ser autoridade na sala de aula sem ser autoritário.

        O professor precisa tomar decisão em diversas situações difíceis e contraditórias tendo que apoiar ou discordar de forma justa, mesmo que seja uma escolha que venha entristecer alguém.

        Outra qualidade é possuir um “amor armado” que o faz ter coragem de lutar pelo que acredita principalmente em nome do amor pelo seu trabalho e por seus alunos. O professor precisa gostar do que faz e dos seus alunos, para fazer um bom trabalho e se sentir realizado profissionalmente, mesmo que esteja descontente com o salário e precise lutar por aumentos e melhores condições de trabalho.  O professor é mal pago e não tem a importância devida, os professores para serem reconhecidos e respeitados, precisam lutar não para melhorar só a sua vida mas sim a sua e de seus alunos e da sociedade

 O trabalho do professor exige coragem de enfrentar diversas situações, mas o medo também faz parte devido a responsabilidade do nosso trabalho. A partir do momento que temos mais clareza daquilo que realmente queremos ou sonhamos, nossa coragem passa a crescer gradativamente, pois isso nos motiva a darmos sempre nosso melhor. E como o medo é algo natural, não deve ser escondido, não há coragem sem medo.

           Paulo Freire ressalta que sem a tolerância é impossível um trabalho pedagógico serio. A tolerância é onde aprendemos a conviver com as pessoas diferentes de nós, a respeitar, interagir. É aceitar as pessoas diferentes e tolerar a presença não muito desejada. Tolerância é virtude, vivenciamos algo que assumimos, primeiro, como ser histórico, participar socialmente e exercer a democracia e o poder político..

           Se queremos ser democráticos, temos que aprender que o principal é ser  tolerantes. A tolerância requer o respeito, disciplina e ética. Ou seja, temos que ser tolerantes com todos, respeitar a cor de pele, a opção sexual, a religião, pois a tolerância é algo essencial para nossa vida.

        A segurança precisa de conhecimentos, clareza política e ética. Se o professor não sabe o que esta fazendo, não deve fazer. Deve saber o que faz, para que e quem. Deve evitar insensibilidade ética com os outros.