DESARMAMENTO: CIDADÃOS INDEFESOS E CRIMINOSOS ARMADOS
Por: Manfro • 1/5/2016 • Dissertação • 1.106 Palavras (5 Páginas) • 342 Visualizações
DESARMAMENTO: CIDADÃOS INDEFESOS E CRIMINOSOS ARMADOS
Introdução
As críticas e discussões sobre os problemas de segurança pública no Brasil aumentam quando fala-se em desarmamento. A população sente-se cada dia mais insegura diante de uma realidade em que as campanhas governamentais não são suficientemente rápidas e eficazes para protegê-las de criminosos e dos riscos que a sociedade oferece.
Com isso, muitas pessoas compreendem que elas próprias são responsáveis pela sua segurança e pela segurança de suas famílias e, por isso, buscam ter uma arma de fogo como defesa. Já outras alegam que essa ferramenta só tende a gerar mais casos de violência e, consequentemente, apoiam o desarmamento.
Entretanto, observa-se que tais medidas adotadas pelo governo com o intuito de desarmar a população como, por exemplo, a troca de armas por uma quantia em dinheiro não alteram de forma profunda os números no país, uma vez que quem adere a essas propostas é o cidadão honesto e não os criminosos, que continuam armados.
Diante deste cenário onde o cidadão é desarmado e o criminoso não, o decorrente trabalho tem o objetivo de refletir sobre a pergunta “À quem o desarmamento favorece?”, buscando argumentos que satisfaçam a resposta da mesma.
Desarmamento: cidadãos indefesos e criminosos armados
Diariamente a sociedade defronta-se com casos de violência ocasionados pelo uso de armas de fogo, o que gera discussões sobre a questão do desarmamento. Isso porque muitos acreditam que uma arma é fundamental para a autodefesa, bem como para a proteção da família e da propriedade, enquanto outros defendem a ideia de que cabe ao governo proteger seus cidadãos e que a pose desse instrumento provoca tragédias.
Diante disso, deve-se refletir sobre as consequências do desarmamento e perceber que a restrição de armas de fogo não garante a segurança da população e nem reduz os dados de violência no país. Pelo contrário, o desarmamento deixa o cidadão de bem indefeso e favorece a ação dos criminosos, uma vez que independente da existências de leis, eles possuem acesso à armas de forma clandestina, no mercado ilegal, e cometem o crime.
Ainda nesse contexto, percebe-se que quem busca comprar arma legalmente é o cidadão comum que pensa na sua segurança contra os perigos deste mundo. Todavia, esses são os maiores prejudicados, já que não conseguem defender-se daqueles que não cumprem as leis (bandidos) e tornam-se mais corajosos para agir em lugares onde sabem que a população não tem chances de reação contra eles.
O controle da população ao acesso legal de armas não altera significativamente os dados de mortalidade no Brasil, uma vez que não são as armas quem matam, mas sim as pessoas mal intencionadas que somadas à impunidade sentem-se livres para roubar, sequestrar e matar sem temor.
É evidente que é dever do Estado proteger seus cidadãos, uma vez que esses pagam impostos e aquele detém esse poder, sendo responsável pela segurança pública. No entanto, sabe-se que essa tarefa nunca será cumprida e que certos regulamentos como o desarmamento não surtem os efeitos esperados. O cidadão deseja ter meios para se defender quando os agentes do Estado não estiverem por perto para fazê-lo, uma vez que sabe-se que nas grandes cidades, principalmente, não dá tempo para o deslocamento até o local do crime e que os bandidos desafiam a todo instante o preceito brasileiro de segurança.
Contudo, a lei que deveria assegurar o cidadão tira o seu direito da legítima defesa, uma vez que transforma o ato de defender-se em uma violência equivalente à cometida pelos criminosos. Assim, os bandidos são vítimas do “sistema” enquanto os indivíduos que procuram se proteger com armas de fogo são os responsáveis pela violência gerada e podem ser presos.
Um exemplo disso, foi o caso ocorrido em 2012 na cidade de Caxias do Sul (RS), no qual uma senhora de 86 anos cuja a casa estava sendo invadida, pegou um revólver e matou o assaltante a tiros. Como a arma não possuía registro, ela foi indiciada e julgada, apesar de apenas ter tentado proteger sua vida e sua residência.
Diversas pesquisas revelam que em países como Estados Unidos, Finlândia e Suíça, por exemplo, onde o porte de armas é livre ou o seu acesso é simplificado, os números de criminalidade são mais baixos que em países mais rigorosos quanto ao armamento como o Brasil, a Inglaterra e a Austrália. Nota-se que o medo dos delinquentes de que as
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