Equipamentos de Proteção Individual
Por: Patrícia Radatz Thiel • 28/8/2016 • Resenha • 1.536 Palavras (7 Páginas) • 257 Visualizações
EPI
Equipamentos protetores individuais
Fumicultores
Na fumicultura Sul – Brasileira na safra de 2012/13, há 159.595 famílias produtoras sendo de três estados que são o Rio Grande do Sul foi o pioneiro na industrialização, depois Santa Catarina e mais tarde Paraná.
Principais riscos da atividade fumageira
Conforme destacam Boeira e Guivant (2003), a saúde das famílias de agricultores que cultivam o fumo é sistematicamente agredida de diversas formas: pelo uso de agrotóxicos, pelo contato direto com a planta úmida (que libera nicotina, sendo absorvida pela pele) e pelo cheiro das folhas durante a secagem nas estufas. Vários fatores podem contribuir na determinação das intoxicações, dentre eles as características químicas e toxicológicas do produto, fatores do indivíduo exposto, condições de exposição e condições gerais de trabalho. (BONATO, 2007). A maior parte dos agrotóxicos utilizados na cultura do fumo está classificado nas classes toxicológicas I e II, sendo desta forma considerada extremamente tóxica e altamente tóxica, respectivamente.
Segundo Pires et al. (2005 apud TROIAN et al., 2009), o Brasil é o oitavo maior consumidor de agrotóxicos por hectare do mundo, sendo os herbicidas (substância utilizada na destruição de plantam que impedem o desenvolvimento da cultura desejada) e inseticidas (produto próprio para matar insetos) responsáveis por 60% dos produtos comercializados no país.
Equipamentos de Proteção Individual – EPI
O uso de equipamentos de proteção individual ainda é um dos principais problemas a ser amenizado dentro do meio rural, pois no cotidiano do trabalho agrícola pode-se perceber que entre os fumicultores, na sua grande maioria não usam roupas de proteção básica como máscaras, luvas e botas. Os agricultores reclamam das altas temperaturas do nosso clima tropical, o que torna os equipamentos de proteção inadequados ao trabalho, além de ser mais um custo para o produtor.
De uma maneira geral, durante a aplicação de defensivos, um EPI adequado para segurança do trabalhador deve ser composto de luvas e botas, máscara, viseira, touca árabe, avental, calça e camisa.
Norma Regulamentadora número 6, aprovada pela Portaria no 3.214/78, do Ministério do Trabalho, como: “todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”.
Equipamentos
[pic 1]
Imagem composta por camisa, calça, avental, touca árabe, viseira, mascara, botas e luvas, sendo o equipamento utilizado na aplicação de agrotóxicos. No caso de intoxicação pode causar esses tipos de intoxicação ser aguda, subaguda ou crônica.
Na aplicação do agrotoxico ainda é se usado o o pulverizador costal e acoplado ao trator. Maioria dos produtores usam o costal sendo uma forma mais exposta ao agrotoxico e ao seus efeitos lesivos.
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[pic 4]Luvas
Trata-se do equipamento de proteção mais importante, pois protegem as partes do corpo com maior possibilidade de exposição, as mãos. Existem vários tipos de luvas no mercado e a utilização deve ser de acordo com a formulação do produto, pois o material deve ser capaz de torná-la impermeável ao produto químico. Produtos que contêm solventes orgânicos, como, por exemplo, os concentrados emulsionáveis, devem ser manipulados com luvas de NITRILA, pois este material é impermeável aos solventes orgânicos. Luvas de LÁTEX ou de PVC podem ser usadas para produtos sólidos ou formulações que não contenham solventes orgânicos. As luvas são o equipamento de proteção mais barato e devem ser compradas de acordo com o tamanho das mãos do usuário. As luvas não podem ser muito justas, para facilitar a colocação e a retirada, e também não devem ser muito grandes, para não atrapalhar o tato e causar acidentes. De modo geral, recomendam-se a aquisição das luvas de "NITRILA ou NEOPRENE", materiais que podem ser utilizados com qualquer tipo de formulação. Outra observação importante é que as luvas devem ser normalmente usadas por dentro das mangas do jaleco, quando for executada aplicação em alvos baixos, e por fora das mangas do jaleco, em aplicações em alvos altos. O objetivo é evitar que o produto escorra para dentro das luvas (EMBRAPA, 2005).
[pic 5]Respiradores
Comumente chamados de máscaras, os respiradores têm o objetivo de evitar a absorção dos vapores e partículas tóxicas através das vias inalatórias (pulmões). Existem basicamente dois tipos de respiradores: os descartáveis, que possuem uma vida útil relativamente curta, e os que possuem os filtros especiais para reposição, normalmente mais duráveis. Os respiradores são equipamentos importantes, mas que podem ser dispensados em muitas situações, por exemplo, quando não há emissão de vapores ou partículas no ar. Utilizados de forma inadequada, os respiradores tornam-se desconfortáveis e podem transformar-se numa verdadeira fonte de contaminação, pois devem estar sempre limpos e os 26 seus filtros jamais devem estar saturados. Para saber se o respirador ainda tem condições de uso e não está saturado, o trabalhador deve ser capaz de identificar se o filtro ainda consegue reter os vapores do produto tóxico (o cheiro) e, no caso de partículas, se o filtro oferece maior resistência mecânica, tornando a respiração mais difícil. Quando estiverem saturados, os filtros devem ser substituídos, ou o próprio respirador, caso ele seja descartável (EMBRAPA, 2005).
[pic 6]Viseira facial
Material transparente, de acetato, cujo objetivo é a proteção dos olhos e do rosto contra respingos, seja no preparo da calda ou na pulverização. Em algumas situações, quando não houver a presença de vapores ou partículas no ar, o uso da [pic 7][pic 8]
[pic 9] Jaleco e calça
Calça e camisa de mangas compridas. Protege tronco, membros superiores e inferiores devendo ser usados em quase todo tipo de aplicação. A única exceção é na aplicação de produtos fumegantes, onde é admissível o uso de calça comum e camisa de mangas curtas. As calças e jalecos são em sua maioria confeccionados em tecido de algodão tratado com teflon (óleo fobol), tornando o tecido hidro-repelentes. O tratamento com teflon ajuda a evitar o molhamento e a passagem do produto para o interior da roupa, sem impedir a troca gasosa causada pela transpiração, tornando o equipamento mais confortável. O tecido deve ser preferencialmente claro para reduzir a absorção de calor, além de ser de fácil lavagem e descontaminação, para permitir a sua reutilização. Vale a pena lembrar que os tecidos tratados com teflon são hidro-repelentes e resistem até 30 lavagens. As formulações dos produtos normalmente possuem tenso ativos e se forem pulverizadas diretamente no tecido poderá ultrapassá-lo. Desta forma, os tecidos hidro-repelentes são apropriados para proteger o corpo dos respingos do produto formulado e não para conter exposições extremamente acentuadas ou jatos dirigidos. O trabalhador deve procurar manter-se limpo. Além dos tecidos 27 hidro-repelentes, existem outros materiais disponíveis no mercado, como o TYVEC (EMBRAPA, 2005).
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