Incêndio Florestal Maranhão
Por: Thayane Cristhina • 7/10/2018 • Projeto de pesquisa • 1.124 Palavras (5 Páginas) • 152 Visualizações
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Pesquisa da Disciplina de Combate a Incêndio Florestal
Os principais focos de queimadas no Estado do Maranhão nos últimos 10 anos e ação dos Bombeiros
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Estado do Maranhão era até o ano passado, o quinto estado do Brasil com a maior quantidade de queimadas. Em última pesquisa publicada, o Inpe catalogou 2.754 focos por todo o estado, elevando em 50,2% percentual de incêndios em áreas florestais e abertas e passando a ocupar o 3º lugar no ranking dos estados brasileiros com maior foco de queimadas.
Em relatório feito pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA), na segunda quinzena do mês de abril deste ano, verifica-se 436 focos de queimadas em 39 municípios maranhenses, em que destaca-se a incidência significativa em Biomas como o Cerrado e Amazônia. De abril até o mês de maio, período de transição entre a estação seca e chuvosa, houve crescimento de 312%. Ainda de maio para o mês de junho, foi registrado uma nova elevação de 265% na quantidade de queimadas no estado.
A figura abaixo, colhida no Boletim de Monitoramento de Queimadas no Estado do Maranhão, referente ao período de 16 a 30 de abril de 2018, mostra os principais focos de queimadas no estado:[pic 2]
[pic 3]
Na figura observamos no estado, municípios como Carolina (28,7% dos focos), Balsas (20,9%), Barra do Corda (8,7%), Mirador (8,0%) e Grajaú (3,9%) apresentando os maiores índices de queimadas no período e análise.
De acordo com um levantamento feito pela Revista Brasileira de Climatologia, o Maranhão no intervalo de 2010 a 2016, período onde foi observado um expressivo evento de seca em toda a região do nordeste brasileiro. Na pesquisa os autores também identificaram uma forte relação entre focos de queimadas e o período de estiagem maranhense que se inicia a partir do segunde semestre de cada ano. Em pesquisa recente, Aragão et al. (2018) examinaram os impactos da seca na Amazônia brasileira sobre a incidência de incêndios e as emissões de carbono associadas a esse processo, no período 2003-2015. Na referida pesquisa foi constatado que apesar de ter ocorrido um declínio de 76% nas taxas de desmatamento nos últimos 13 anos, a incidência de incêndios aumentou em 36% durante a seca de 2015 em comparação com os 12 anos anteriores; isso indica que a seca observada no ano de 2015 pode ter influenciado a incidência de incêndios, o que corrobora com o padrão observado para a presente pesquisa.
Para a Revista Brasileira de Climatologia, a quantidade de focos de queimadas do estado está diretamente relacionada com os períodos anuais de chuva e estiagem. Os dados indicam que a maior ocorrência de incêndios está no segundo semestre (de junho a dezembro), que corresponde a 90,51% do total de queimadas verificadas entre os anos de 2010 e 2016. Como já mencionado, além do fator clima, é de extrema relevância que se considere as formas de uso e ocupação do solo de origem antrópica, principalmente àquelas oriundas de agricultura familiar.
As tabelas que apresentam os dados dos últimos 10 anos do comportamento dos focos das queimadas pelo Estado do Maranhão, obtidas no acervo do INPE, estão dispostas cronologicamente logo abaixo.
Dados do período de 2010/2011
CAMPO,VALOR,PERCENTAGEM DO TOTAL DE FOCOS |
GRAJAÚ,6036,6.11% |
ALTO PARNAÍBA,4743,4.80% |
BALSAS,4062,4.11% |
MIRADOR,3765,3.81% |
AMARANTE DO MARANHÃO,2976,3.01% |
BARRA DO CORDA,2721,2.75% |
PARNARAMA,2356,2.38% |
TUNTUM,2299,2.33% |
CAROLINA,2196,2.22% |
COLINAS,2112,2.14% |
RIACHÃO,2030,2.05% |
ARAME,1912,1.94% |
FERNANDO FALCÃO,1515,1.53% |
TASSO FRAGOSO,1513,1.53% |
SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS,1462,1.48% |
CAMPO,VALOR,PERCENTAGEM DO TOTAL DE FOCOS |
GRAJAÚ,23142,6.34% |
AMARANTE DO MARANHÃO,17592,4.82% |
BALSAS,14248,3.90% |
BARRA DO CORDA,12672,3.47% |
MIRADOR,12213,3.35% |
ALTO PARNAÍBA,10600,2.90% |
PARNARAMA,8687,2.38% |
ARAME,8609,2.36% |
COLINAS,7440,2.04% |
TUNTUM,7346,2.01% |
RIACHÃO,7263,1.99% |
FERNANDO FALCÃO,6821,1.87% |
BURITI BRAVO,6368,1.74% |
SANTA LUZIA,6276,1.72% |
CAXIAS,5996,1.64% |
Dados do período de 2012/2013
Dados do período de 2014/2015
CAMPO,VALOR,PERCENTAGEM DO TOTAL DE FOCOS |
GRAJAÚ,15681,6.27% |
MIRADOR,14617,5.84% |
BALSAS,10801,4.32% |
ALTO PARNAÍBA,9566,3.82% |
FERNANDO FALCÃO,7687,3.07% |
BARRA DO CORDA,5982,2.39% |
CAROLINA,5381,2.15% |
RIACHÃO,5180,2.07% |
ARAME,4863,1.94% |
JENIPAPO DOS VIEIRAS,4773,1.91% |
AMARANTE DO MARANHÃO,4395,1.76% |
LORETO,4362,1.74% |
PARNARAMA,4284,1.71% |
COLINAS,4244,1.70% |
SANTA LUZIA,4150,1.66% |
Dados do período de 2016/2017
CAMPO,VALOR,PERCENTAGEM DO TOTAL DE FOCOS |
MIRADOR,9719,4.21% |
GRAJAÚ,8875,3.85% |
BALSAS,7842,3.40% |
CAXIAS,7675,3.33% |
ALTO PARNAÍBA,7594,3.29% |
AMARANTE DO MARANHÃO,6823,2.96% |
PARNARAMA,5640,2.44% |
FERNANDO FALCÃO,5498,2.38% |
BARRA DO CORDA,5245,2.27% |
ARAME,4366,1.89% |
MATÕES,4355,1.89% |
BURITI BRAVO,4291,1.86% |
RIACHÃO,4166,1.81% |
COLINAS,4130,1.79% |
CODÓ,3639,1.58% |
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