Marketing das indústrias de bebidas

Trata-se de um assunto delicado e complexo a discussão sobre o marketing da indústria de bebidas alcoólicas destinado aos jovens. Assim, faz-se necessário analisar alguns aspectos mais relevantes, como o poder que essas campanhas têm de influenciar o seu público alvo e a responsabilidade das agências de publicidade em mostrar os riscos gerados ao estar consumindo seus produtos.

Pessoas jovens, que ainda estão em processo de formação, são em grande parte mais fáceis de serem persuadidas, fazendo com que se tornem excelentes alvos das campanhas publicitárias. Segundo estudo realizado pela OMS no ano de 2001, jovens expostos a cincos minutos extras de propaganda do álcool estão associados a um aumento de cinco gramas no consumo diário de bebidas alcoólicas. Isso demonstra a fragilidade na assimilação dos jovens aos conteúdos que são expostos.

A indústria de marketing sabe dos efeitos que produz, contudo não compactua em também expor ao seu público alvo os riscos inerentes ao consumo. Sérgio Amado, presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade, em entrevista recente, disse ser impossível implementar esse tipo de propaganda. Para ele, a indústria jamais concordaria, e quem deve exercer esse papel é o Estado. Por outro lado, o Estado não se manifesta, deixando os jovens, assim, sem proteção contra as propagandas.

Campanhas de conscientização e a intervenção do Estado na autorização para a veiculação de determinadas propagandas são imprescindíveis para amenizar o efeito maléfico do marketing da indústria de bebidas alcoólicas causado nos jovens. Cabe ao Estado e às agências de marketing chegarem a um ponto em comum. Podemos esperar jovens mais preparados para assimilar os riscos do consumo, ao mesmo tempo em que a indústria não deixa de atingir seus objetivos.

OBS: Professor, utilizei o tema da prova da PMGO. Fiz a redação no editor de texto, ao invés de fazer na caneta e transcrevê-lo depois. Pode ser que tenha passado um pouco de 30 linhas.

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