No Brasil, alguém se suicida a cada hora.

No mundo, a cada 40 segundos alguém se mata sem estar subordinado a qualquer tipo de ameaça, ou seja, no ano 2000, foram 815 mil suicídios segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que há quinze anos, morreram pouco menos de um milhão de pessoas, sem contar o aumento do índice a cada ano. O mais preocupante ainda, é que na maioria dos casos os suicidas sempre demonstram algum sinal de alerta, que muitas vezes é considerado mito ou é ignorado pelo meio em que ele está inserido.

Como o próprio significado do nome derivado do latim diz “sui” = si mesmo e “caedes” = ação da matar a si mesmo, logo “suicaedes” ou suicídio = ação de matar a si mesmo. Tal atitude é influenciada por inúmeros fatores sequenciais e que despertam curiosidade após o ocorrido.

A busca para tentar entender tal comportamento existe desde 1897, quando o sociólogo francês Émille Durkheim publicou seus estudos sobre esta fração da sociedade. Ele chegou à conclusão que essas tragédias pessoais são mais comuns entre os solteiros, viúvos e entre pessoas que não possuem filhos. Durkheim ainda classificou em três hipóteses a situação suicida:

o Suicídio egoísta: aquele que o indivíduo comete por achar que não faz falta.

o Suicídio altruísta ou filantrópico: é praticado como forma de sacrifício, ocorre principalmente em seitas islâmicas.

o Suicídio anômico: ocorre com o objetivo de tentar escapar de algum problema ou de alguma realidade. Muito comum em vítimas de bullying ou de ameaças.

No Brasil, é registrado 1 suicídio por hora, de 10 a 20 milhões de tentativas por ano, e 11821 mortes de 2010 a 2012. Contudo, inúmeros fatores influenciam para que esse crescimento seja constante, tal como o meio em que estão inseridas (biológico), questões emocionais, socioculturais, filosóficos ou religiosos. No percentual total, 30% destas mortes ocorrem devido à depressão, 18% devido ao alcoolismo, e 14% por causa da esquizofrenia.

O mais alarmante referente a esses ataques é que a cada 1 morte, houve em média 11 tentativas fracassadas, ocorrendo geralmente em indivíduos entre 15 e 24, e acima de 45 anos, porém sendo bem mais frequente em pessoas com mais de 60 anos.

Nos estados do Mato Grosso do Sul e do Amazonas, existe registrado esse atentado contra à vida de 98 mil indígenas, que não suportaram o choque cultural e preferiram essas medidas a aderir algum outro tipo de cultura. Outro fator brasileiro e assustador, é o uso do agrotóxico Tamaron para esta finalidade, sendo conhecidas 7897 casos com esse produto.

É importante ressaltar que o suicídio raramente é impulsivo, é mais frequente em pessoas do sexo masculino, sempre existe uma mudança brusca de comportamento antes da fatalidade, e apesar dos filósofos Arthur Schopenhawer, Friedrich Nietzsche e David Hume acreditarem que o ser tem direito de morrer, ele deve descartar esse tipo de solução, bem como procurar ajuda no 141 – Centro de Valorização da Vida.