O Bartleby, o Escrivão - Resenha
Por: Vitor Luiz • 24/4/2022 • Resenha • 297 Palavras (2 Páginas) • 140 Visualizações
Qual é o sentido de viver na vida, qual é o sentido da nossa existência. Da nossa passagem. Da jornada? Só viemos simplesmente para sobreviver cumprindo ordens, regras, obrigações. Sermos mandados e obrigados a fazer algo ou cumprir?
O livro é muito curioso, onde faz você pensar, ou tentar pensar, ou no caso descobrir o que se passava pela cabeça de Bartleby, que antes de ser o escrivão “maluco”, que trabalhou numa agencia de correios, onde o seu papel literalmente, era queimar as correspondências não entregues, sem rumo, sem o final da carta em si. E com isso, no seu novo trabalho de escrivão, ele tem esse tipo de choque de realismo onde ele simplesmente se nega de fazer o que o chefe - o advogado - pede, sendo que no início ele se demonstrava como um funcionário qualquer que fazia as obrigações sem os questionamentos.
Onde metaforicamente, o muro de frente de uma janela do escritório em wall street, faz com que o Bartleby, pense na vida, na vida dele, e consequentemente na vida das pessoas que escreviam cartas simplesmente para o além. Onde no meu entender, ele acaba se perguntando e se questionando sob a vida. Até ele refletir e querer não fazer nada, uma escolha que no final acaba com a vida dele, porém, numa escolha onde ele se mantem firme nela, uma escolha que ele fez de simplesmente não fazer mais nada e ficar olhando através de um janela para um muro, no escritório, na prisão, e pelo resto de sua vida, até falecer. Será que vivemos assim? Sem a paixão de viver, e com a tristeza de viver? Somos felizes com nossas escolhas, ou nos mantemos firmes nelas? Este questionamento o livro traz, e, deixa com você como um choque igual o Bartleby teve.
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