O Preconceito Linguístico
Por: Kajin Mei • 16/9/2019 • Dissertação • 286 Palavras (2 Páginas) • 232 Visualizações
Dentre as diversas formas de preconceitos existentes, o linguístico é uma que figura de maneira evidente no Brasil, contudo, ainda é pouco discutido, e embora pareça invisível aos olhos da sociedade, podemos facilmente aborda-lo como um ato discriminatório que consiste no julgamento depreciativo gerado pelas diversidades presentes em um mesmo idioma.
Em uma primeira análise, é indiscutível que a discriminação linguística não só existe como também vem crescendo cada vez mais, sendo constantemente impulsionada pela intolerância e os pensamentos preconceituosos, que permanecem associados à ideia de que a fuga da norma padrão está relacionada à pobreza ou baixa escolaridade. Do mesmo modo, a mídia atua continuamente no favorecimento pejorativo da formação de modelos linguísticos, atribuindo dimensões cada vez maiores a esse problema social.
Ademais, o preconceito linguístico se apresenta de forma tão natural e intrínseca na sociedade, contribuindo para a exclusão social, que embora todos os brasileiros falem a língua Portuguesa, são várias as peculiaridades no âmbito regional, social e histórico. Não obstante, deve se ter em mente a ideia de que toda e qualquer variação é inerente à língua. Além disto, padronizar a língua é negar o pluralismo cultural do Brasil, desconsiderando também a sua mutabilidade conforme a situação em que é empregada.
Diante do exposto, podemos compreender o quão determinante é a língua como agente causador da discriminação social. Nesse sentido, é imprescindível a atuação do governo federal em parceria com o MEC, inserindo na grade curricular, desde os anos iniciais, uma abordagem que contemple o conhecimento às múltiplas variantes da nossa língua, além disso, o governo deve promover campanhas publicitárias por meio das mídias, bem como fiscalizar estas, a fim de construir um maior senso de tolerância e descontruir o preconceito linguístico.
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