Obesidade
Por: Jessica Correia • 28/4/2016 • Abstract • 1.765 Palavras (8 Páginas) • 291 Visualizações
Introdução
Para entender por que sobrepeso e obesidade estão avançando no mundo de hoje é necessário fazer uma viagem ao passado, buscando em teorias antropológicas as causas da obesidade.
Nossos ancestrais tinham grandes dificuldades para conseguir alimentos e mais ainda para estocá-los. Por isso, a natureza encarregou-se de dotar o corpo humano de um mecanismo para armazenar energia. Esse mecanismo tinha a função de fazer com que o homem, por meio da fome, pudesse ingerir uma grande quantidade de calorias. E ao fazer isso, seu organismo transformaria o excesso em gordura, que seriam armazenadas para os períodos de carência de alimentos.
Porém, nossos antepassados comiam principalmente sementes, raízes e frutas. Foi para esse padrão alimentar, que a genética preparou o organismo herdado por nós, e para isso precisavam se deslocar atrás destes alimentos. Atualmente ocorre o contrário, onde as atividades naturais do dia a dia foram reduzidas, as pessoas não andam a pé, e a alimentação está cada vez mais calórica com a ingestão de alimentos industrializados.
O que é obesidade?
Obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, que causa prejuízos à saúde do indivíduo. Esta acontece quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente.
O Brasil tem cerca de 18 milhões de pessoas consideradas obesas.
Como ela se manifesta?
A obesidade é resultado de diversas interações entre ambientes familiares, culturais, educativos e individuais. O que chamam atenção os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais.
O ganho de peso está diretamente associado a um aumento da ingesta alimentar e a uma redução do gasto energético correspondente a essa ingesta.
A obesidade é causada pelos maus hábitos alimentares: dietas com alimentos calóricos e pouco nutritivos, aliadas à falta de exercício físico. Também são causas da obesidade: stress, insônia, perdas de músculo com a idade, uso de antidepressivos ou problemas hormonais tais como o hipotireoidismo e a síndrome os ovários policísticos.
Além disso, há o fator genético. Ou seja, filhos de pais obesos têm maior tendência a serem obesos também.
Sintomas
Pacientes obesos apresentam limitações de movimento, muitas vezes acarretados pela sobrecarga que sofrem sua coluna e membros inferiores devido ao peso, que também podem levar a longo prazo ao surgimento de artroses, varizes e úlceras.
Normalmente os sintomas mais presentes em obesos são a fome exagerada, sonolência, moleza, respiração ofegante, suores e inchaços nas pernas.
A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios que podem ser:
Doenças Distúrbios
- Hipertensão arterial - Distúrbios lipídicos
- Doenças cardiovasculares - Hipercolesterolemia
- Doenças cérebro-vasculares - Diminuição de HDL
- Diabetes mellitus tipo 2 - Aumento da insulina
Prevenção
Na hora de comer um prato colorido;
Evite as dietas da moda, principalmente as restritivas;
Não se sabote, por exemplo, deixando as regras de lado;
Faça atividade física;
Adquira o hábito de fazer coisas ao ar livre;
Reduza ou corte o consumo de bebidas alcoolicas;
Faça o que gosta, pois a depressão anda junto da obesidade;
Tenha sempre muitos amigos por perto;
Coma alimentos integrais;
Consulte um médico periodicamente;
Não pule refeições, principalmente o café da manhã;
Deixe doces e alimentos que não façam parte da dieta para fins de semana;
Fracione a alimentação em cinco a seis (5 a 6) refeições;
Prefira massas e pães preparados com pouca gordura ou açúcar e integrais;
Pratique 150 minutos de atividade física por semana;
Durma, no mínimo, oito horas por noite;
Quando bater a ansiedade, como um quadradinho de chocolate amargo ou orgânico;
Beba 2 litros de água por dia;
Faça caminhadas.
Estas medidas são simples mas fazem diferença. Um amigo por perto, por exemplo, eleva a autoestima e distrai a cabeça, além disso, está comprovado que a obesidade é relacionada à ansiedade e à depressão.
Tratamentos Existentes
Seu tratamento pode ser realizado através de dietas, remédios e o principal e mais indicado, o exercício físico, pois o mesmo não acarreta danos à saúde se executado corretamente de pacientes obesos. Assim, a ênfase no tratamento da obesidade deve ser a redução da gordura corporal, já que fazendo apenas isso promove-se benefícios à saúde.
A educação alimentar é fundamental para evitar a obesidade. Uma dieta saudável deve ser praticada por qualquer pessoa e incentivada desde a infância. É através de hábitos alimentares saudáveis que se consegue reduzir a ingestão calórica excessiva, evitando que se ganhe peso acima do normal.
Além disso, o exercício físico contribui para:
- a diminuição do apetite
- o aumento da ação da insulina
- a melhora do perfil de gorduras
- a melhora da sensação de bem-estar e autoestima
Porém todo programa de exercício deve ser associado a um acompanhamento nutricional e psicológico para que se obtenha um melhor resultado.
Há também outros métodos de tratamento como os processos cirúrgicos.
Cirurgia bariátrica: Quando a obesidade já chegou a um nível crítico e as atividades físicas não causam efeito, é necessário uma intervenção médica como a cirurgia bariátrica (baros=peso). É recomendada, principalmente para pacientes com o índice de massa corporal superior a 40.
Na Europa e na Austrália por exemplo, a cirurgia para perda de peso mais comum é a banda gástrica ajustável, na qual um anel de silicone é colocado ao redor da parte superior do estômago para ajudar a restringir a quantidade de alimentos ingeridos. É considerada a cirurgia mais segura e menos invasiva.
O excesso de peso pode trazer agravamentos médicos como a hipertensão, diabetes e disfunções respiratórias. O tratamento contra a obesidade é considerado clínico, ou seja, é necessário que ocorra a reeducação do paciente na forma física, psicológica e nutricional.
Incidência por faixa etária
Excesso de peso e obesidade juntos atingem cerca de 60% dos brasileiros adultos.
Mais da metade (51,4%) dos meninos e 43,8% das meninas com idade entre 5 e 9 anos estão acima do peso ideal.
Influência da mídia
Dadas as crescentes taxas globais de obesidade e doenças crônicas não transmissíveis, muitos especialistas têm sugerido que a propaganda e a publicidade de tais alimentos contribuem para um ambiente “obesogênico” que torna as escolhas saudáveis mais difíceis, especialmente para as crianças.
O público infantil é o mais vulnerável aos apelos promocionais e publicidade que envolve a promoção de diversos alimentos, como biscoitos, refrigerantes, fast-food e alimentos semiprontos industrializados. As indústrias vêm investindo pesadamente na mídia televisiva divulgando alimentos ricos em calorias, bebidas carbonatadas, cereais açucarados, snacks, alimentos ricos em gordura, açúcar e sal, sendo alimentos pobres em nutrientes.
Tipos de obesidade
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