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Redação O Sistema Prisional Brasileiro

Por:   •  4/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  452 Palavras (2 Páginas)  •  1.766 Visualizações

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Na obra "Memórias do Cárcere" autoria de Graciliano Ramos, relata os maus tratos, as péssimas condições de higiene e a falta de humanidade vivenciada na rotina carcerária. Ainda que não vivamos mais em um o sistema opressor o prisional brasileiro continua sendo visto como um símbolo de tortura e não vem cumprindo sua principal função de recuperar o indivíduo e devolvê-lo na sociedade.

Uma pesquisa revela o crescimento de 161% no total de presos desde 2000. Com isso, o número de presos no Brasil alcançou 607 mil pessoas, o Brasil encontra em quarto lugar no ranking das maiores populações prisionais do mundo - perdendo apenas para Estados Unidos, China e Rússia. O alto número de presos provisórios aguardando o julgamento é de 44%.

A superlotação das cadeias faz com que os presos firmem uma luta diária pela sobrevivência. A falta de água potável, higiene e alimentação básica provam a falta dos direitos humanos, colocando os indivíduos ao descaso. A visão Determinista do século XIX, que diz que o homem é fruto de seu meio em que vive se esse olhar não foi combatido o detendo terá dificuldades pra voltar a sociedade e buscando um trabalho informal ou muitos casos, voltar ao crime. Atualmente, o sistema se preocupa mais com o passado do apenado do que seu com o futuro.

O livro "Presos que menstruam" de autoria de Nana Queiroz expõe o cotidiano das prisões femininas no Brasil, bem como descaso e baixa qualidade de vida das presidiárias sendo excluídos os cuidados básicos íntimos da mulher, a falta de absorventes, em algumas prisões, e ausência de acompanhamento médico ginecologia. Esses aspectos revelam a falta de políticas públicas que prezem pela saúde feminina e esconde, ainda, o tratamento destinado às gestantes, que não possuem um zelo diferenciado na gravidez e tampouco o auxílio médico na maioria dos sistemas carcerários.

Em face a essa realidade à falta de investimento e manutenção das penitenciárias e presídios, tornaram esses verdadeiros depósitos humanos. O governo deve no aumento no número de cadeias para evitar a superlotação e, como solução paliativa, usar caminhões pipa para suprir a carência de água potável. Além disso, cursos de capacitação profissional enquanto cumprem a pena e quando estiverem em liberdade, voltarem ao mercado de trabalho darão aos detentos a oportunidade de reinserção social. O acesso à saúde pública é um direito de todos, e insubstituível equipes médicas cuidando principalmente em relação à saúde da mulher que violenta a dignidade dos detentos, possuidores de direitos trazidos pela Lei de Execução Penal, no Código Penal e na Constituição Federal de 1988, todavia não basta apenas tê-los escritos, mas se faz necessária à efetivação destes na realidade do apenado, contribuindo para sua recuperação e sua reinserção no convívio social.

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