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Relatório do Tema II: Reformas Religiosas e a Nova Cristandade

Por:   •  11/5/2018  •  Artigo  •  1.698 Palavras (7 Páginas)  •  294 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO AMERICANA

Kevin

Relatório do Tema II: Reformas Religiosas e a Nova Cristandade



Antes do grande Cisma do Ocidente

Nos Séculos XII e XIII a Europa enfrentava confrontos políticos e pestes, tanto que a própria Itália se encontrava desunida pelos conflitos entre os nobres pelo poder. Tamanha desunião e interesses de poder que o Papa Bonifácio XIII foi preso por cardeais corruptos a amando do Rei Felipe IV da França, pois o papa não permitia que o rei cobrasse impostos das Igrejas francesas. Após três dias do aprisionamento foi libertado por uma rebelião do povo, porem debilitado veio a falecer após um mês. Então seu sucessor Clemente V eleito em Perúgia no ano de 1305, cedeu as propostas do Rei da França, por questões de segurança-pois na Itália ainda ocorria conflitos violentos entre os nobres que cobiçavam pelo poder- mudando o papado para Avinhão, França. O monarca impôs a permanência do Papado na França monopolizando as eleições Papais a seu favor, elegendo sete pontífices franceses, dando a entender as outras nações que a suprema igreja tinha se tornado um instrumento da política francesa, afetando as estruturas eclesiásticas.

Este período que perdurou de 1309 a 1377 ficou conhecido como o “Cativeiro de Avinhão”. Apôs a Morte de Urbano V seu sucessor, o Papa Gregório XI, pôs fim ao exílio papal retornando a Roma e restabelecendo a sua função tradicional como residência papal e administração do direta do Vaticano, após 14 meses de seu retorno veio falecer devido complicações de saúde. Após a morte de Gregório XI, ansiava-se por um papa italiano para o retorno definitivo da sede Papal em Roma. Os cardeais proclamaram o Arcebispo de Bari, Bartolomeu Prigano, comoo novo Sumo Pontifice Urbano VI considerado a esperança da pacificação no catolicismo. Demonstrou-se inconstante tendo ataques nervosos e nada diplomático, passando a ser rejeitados por muitos cardeais, unindo-se a Rainha Joana I de Nápoles e elegeram Clemente VII, que se demonstrava sábio e conciliador como (Anti) Papa, em Avinhão. Desta maneira dando origem ao Cisma do Oriente.

Precursores da Reforma

O catolicismo Romano estava corrompido e distanciado dos ditames da bíblia. Levando alguns estudiosos a denunciarem as heresias ensinadas na Igreja, os chamados precursores, cabe destacar Tomás Bradwardine, João Wycliffe, João de Wessel, Desidério, Erasmoda reforma denunciavam as heresias e apunhavam-se a: Venda de indulgencias, veneração de imagens, transubstancia~]ao, imoralidade papal, o acumulo de riquezas e realçavam a graça de deus. Tentaram fazer a igreja refletir sobre seus erros, mas acabaram mortos pela cúria romana, ninguém podia pensar fora dos ditames da Igreja, um deles foi João Huss sacerdote de Boêmia, queimado em praça pública por ordem do concilio de Constança em 1415, antes de ser queimado vivo disse- “ Vocês hoje estão queimando um ganso, mas dentro de um século encontrar-se-ão com um ganso” (102 anos depois pregasse as 95 teses em Wittenberg).

O Cisma

O mundo do catolicismo estava dividido entre duas obediências Papais e não nas Obediências de igreja. Ao lado do Papa Clemente VII estavam França, Escócia, Castela e Aragão, e ao lado do Pontifice Urbano VI encontravam-se Flandres, Inglaterra, Escandinávia, o Imperador Romano e alguns príncipes. O conflito divisório perdurou por anos, de modo que os Papas foram substituídos: Clemente VII por Bento XIII e Urano VI por Gregório XII. Afim de resolver tamanha secessão pontifical os grupos realizaram em 1409 o Concilio de Pisa: Que destituíram os dois Papas e assumiria Alexandre V, que faleceu precocemente sendo substituído por João XXIII, porém, nenhum dos dois pontífices abdicou, havendo agora três papas. Nos Primórdios do Século XV O catolicismo estava instável política e religiosamente. Realizando o Concilio de Constança em 1414 a 1418, após vários conflitos chegou em consenso com a renúncia do Papa Gregório XII, a destituição de João XXIII que se encontrava sem apoio depois de ter sido capturado tentando fugir de Constança e Bento XIII que se isolou na Catalunha. Elegendo Martinho V como Sumo Pontifice. O concilio, além disso, tinha como objetivo: Reformar a igreja, condenar as Doutrinas Hussitas e resolver a impotência pontifical. Em 30 de Outubro de 1417 o concilio votou a favor e 18 decretos que visavam os abusos financeiros e judiciais do poder Pontifical, porém, Matinho V apresento um projeto que restabeleceu parcialmente eleição eclesiástica e diminui as exigências do papado e ficara decidido que o papa era inferior ao concilio que se reunira de forma regular e automática, dando fim ao em 1418 ao Concilio de Constança.

O Concilio de Basiléia-Ferrara-Florença

 Em 1431 assume o sucessor de Martinho V, o Pontifice Eugênio IV, homem de grande disciplina pessoal que vivia as aspirações da reforma. Um novo concilio foi iniciado desta vez em Basiléia Suíça, porém Eugênio já que já não via com bons olhos esse concílio tentou dissolve-lo. Apoiado pelo Rei Segismundo da Alemanha o concilio exigiu o comparecimento de Eugenio IV sobre ameaça de processo judiciário, tendo que reconhecê-lo como canônico. Assim o Papa retira a proibição do concilio realizando-se em 1434 obtendo a reconciliação entre França e Borgonha, Urtruquistras da boemia foram readmitidos na Igreja romana. Em 1434 Eugenio IV escrevia ao padre dos concilio: “Das solas dos pês ao corruto da cabeça não há no corpo da igreja uma única parte sã”. Criticando a vida monástica que estava em declínio, a venda de sacramentos e má conservação das igrejas e a base da religião mal ensinada “ Quanto mais se sobre os escalões da hierarquia maior o escândalo” e Papas vendidos as nobrezas por ambição própria.

Os padres do concilio enfraqueciam a força de Eugênio IV que se viu obrigado a mudar o concilio para Ferrara, pois estava desejo para a reconciliação entre latinos e romanos. No início de abril de 1438 começou a primeira cessão com o Imperador o Patriarca de Constantinopla e o Papa Eugenio IV debateram cada item da cisma do Oriente (1054) focando na clausula de filioque. O concilio teve de ser transferido para Florença pois agravasse a peste em Ferrara. A partir de janeiro de 1439 calorosas foram as discussões entre ortodoxos e romanos. Nos meses seguintes o Acordo de União de Florença foi assinado aparentemente o Cisma tinha chegado ao fim (o que não durou muito tempo pois havia forte resistência das decisões de Florença no Oriente). Após constantes ataques dos conciliares de Basiléia Eugenio foi deposto por heresia elegendo o Anti papa Felix V que originou uma nova cisma que perdurou por dez anos. O antipapa encontrou pouco apoio entre os cristões apoiavam-lhe apenas Savoia, Suíça e alguns príncipes alemães; França, Alemanha, Aragão e Escócia declaram-se a favor de Eugênio IV.

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