Resenha Do Livro Preconceito Linguistico

Resenha - Livro preconceito Linguistico - O que é como se faz - Marcos Bagno - 49 Edição - Editora Loyola 1999.

Marcos Bagno, Mineiro de Cataguases, poeta, tradutor linguista, Doutor pela Universidade de São Paulo e autor de livros infantis e juvenis.

Em Preconceito Linguistico - O que é, como se faz, Bagno afirma que a dificuldade de se lidar com a língua é porque estamos ligados na gramática usada pelos escritores do passado. A obra é dividia em quatro capítulos, o primeiro capitulo A Mitologia do preconceito linguistico foi divido em oito mitos.

Mito I - A língua portuguesa apresenta uma unidade surpreendente. Esse é o mito mais prejudicial à educação porque não reconhece a diversidade do português falado no brasil.

Mito II - Brasileiro não sabe falar português/Só em Portugal se fala bem português. Esse abismo irá continuar enquanto os defensores da gramática tradicional se recusarem a acompanhar os avanços da linguagem.

Mito III - Português é muito difícil . Isso cabe ao professor refletir sobre o que esta ensinando ao invés de ficar repetindo somente o que está nos livros, mas sim tirando da gramática o que realmente é útil.

Mito iV - As pessoas sem instrução falam errado.Não se pode falar de erro, se a linguagem usada é perfeitamente e usada pela maioria.

Mito V - Lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão. Na realidade o Maranhão ainda usa o pronome tu, que está em extinção na fala brasileira, somente por esse arcaidismo na língua falada se acha que neste estado brasileiro se fala melhor o português.

Mito VI - O certo é falar assim porque se escreve assim. Existe a ortografia oficial, que devemos usar para escrever, mas não se pode tentar criar uma linguagem única.

Mito VII - É preciso saber gramática para falar e escrever bem. Saber gramática não tem nada a ver com a língua, pois pessoas que não conhece a ortografia pode saber falar muito bem.

Mito VIII - O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão. Como a norma culta é acessível para uma minoria no Brasil, muitos acreditam nesse mito.

Capitulo II - O circulo vicioso do preconceito linguistico. É formado por três elemento segundo Bagno os Livros didáticos, a Gramática tradicional e o ensino tradicional passando de geração a geração os mesmo ensinamentos.

Capitulo III - A desconstrução do preconceito linguistico. Segundo Bagno precisamos abandonar a idéia de que quem escreve ''errado'' é um ignorante da língua, o aprendizado da ortografia se faz pelo contato frequente com textos bem escritos.

Capitulo IV - O preconceito contra a linguistica e os linguista. A gramática tradicional passou por transformações e seus termos e conceitos continuam a ser passados como se não houvesse mudança alguma.

Por fim, no trabalho de Marcos Bagno ele quis mostrar sua preocupação com os métodos de ensino aplicados em nossas escolas, que mesmo com todas as mudanças que o português falado no Brasil já sofreu, ainda muitos educadores querem impor uma linguagem arcaica e ultrapassada, não aceitando a verdadeira variedade linguistica que existe no Brasil.

Recomendo este livro somente para acadêmicos, pois pessoas sem um