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RESENHA CRÍTICA: PRECONCEITO LINGUÍSTICO – O QUE É, COMO SE FAZ

Por:   •  1/6/2018  •  Resenha  •  1.129 Palavras (5 Páginas)  •  442 Visualizações

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Adelice Marques de Jesus Silva

RESENHA CRÍTICA

PRECONCEITO LINGUÍSTICO – O QUE É, COMO SE FAZ

GUANAMBI – BA

2018

Adelice Marques de Jesus Silva

RESENHA CRÍTICA

PRECONCEITO LINGUÍSTICO – O QUE É, COMO SE FAZ

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GUANAMBI – BA

2018

BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico – o que é, como se faz. 49º ed. São Paulo: Loyola, 2007. 189p.

MARCOS BAGNO, tradutor, escritor e linguista, é Doutor em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP). Professor de Linguística do Instituto de Letras da Universidade de Brasília. Vem se dedicando à investigação das implicações socioculturais do conceito de norma, sobretudo no que diz respeito ao ensino de português nas escolas brasileiras.

Em sua obra Preconceito Linguístico - O que é, como se faz, Marcos Bagno mostra que a dificuldade em trabalhar com a língua se dá devido estarmos atrelados na gramática utilizadas pelos grandes escritores de antigamente. Ele divide sua obra em quatro capítulos, sendo que no primeiro, traz oito mitos que demonstram os preconceitos da sociedade frente às diversidades no uso da língua que, são impostas, normalmente, por meio da padronização da norma culta.

Esta é uma obra intrigante, que busca demonstrar o incessante julgamento negativo que nos exalta ao ouvirmos pronunciações distintas daquela que consideramos a adequada. Bagno nos leva a refletir sobre esses mitos linguísticos.

Mito n° 1 “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”. Neste mito, ele trata também a ideia de que há uma uniformidade no português falado no Brasil aderida, inclusive por cultos. Sendo desvantajoso no âmbito da educação, pois há uma tentativa de sobreposição da norma da escola como se fosse, de fato, sabida a norma por todos. E, por ocasionar o desligamento de grande parte da sociedade, que por não ter alcance à norma padrão não atende ao dialeto utilizado pelos órgãos públicos e então, deixa desfrutar de seus direitos.

Mito n° 2 “Brasileiro não sabe português” / “Só em Portugal se fala bem português”. O autor ataca fortemente as concepções preconceituosas de alguns autores que alegam que “brasileiro não sabe falar português/ só em Portugal se fala bem português”. Segundo Bagno esse é um sentimento de inferioridade no Brasil fruto do período colonial. Ainda diz que “O brasileiro sabe português, sim. O que acontece é que nosso português é diferente do português falado em Portugal. Quando dizemos que no Brasil se fala português, usamos esse nome simplesmente por comodidade e por uma razão histórica[...] Por isso os linguistas (cientistas de linguagem) preferem usar o termo português brasileiro, por ser mais claro e marcar bem essa diferença. (págs. 23,24).

Mito n° 3 “Português é muito difícil” Acredita-se na dificuldade do português. Considera-se que a linguagem portuguesa no Brasil é mais valorizada em um grupo social de elite e atua “...como mais um dos instrumentos de manutenção do status quo das classes sociais privilegiadas.” (pag. 39). Para ele, tudo isso é uma maneira de garantir o poder, pois, apenas uma parte da sociedade conhece a gramática normativa e geralmente a utiliza em oposição ao interesse da massa populacional.

Mito n° 4 “As pessoas sem instrução falam tudo errado”. Fala-se sobre a ideia de que as pessoas que não tem instrução não sabem falar o português. O autor demonstra a origem das variações na língua, intensificando o sentido por trás delas. Ele explica o porque desse preconceito na sociedade ou na região.

Mito n° 5 “O lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão”. Marcos Bagno nos conta que as mudanças que ocorrem na língua acontecem por necessidade dos falantes, mas não tornam o português falado na região “melhor ou pios”, porque assim como qualquer outra diversidade, ela tem seu valor.

Mito n° 6 “O certo é falar assim porque se escreve assim”. O autor descreve o 6° mito explicando a variação que existe na escrita e a pronúncia das palavras e que isto é algo natural de se acontecer. Porém, ele desconstrói essa ideia de que deveríamos falar como é escrito, pois, a escrita é uma tentativa de representar o que é falado. E é obvio que a escrita não acompanha a fala em sua evolução.

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