Resenha do filme A Menina que Roubava Livros
Por: Karol Cavalcante • 7/2/2017 • Resenha • 858 Palavras (4 Páginas) • 11.327 Visualizações
Resenha: A Menina que Roubava Livros
O filme “A Menina que Roubava Livros” é uma adaptação do livro de mesmo nome, de Markus Zusak. A obra é focada em Liesel Meminger, uma criança adotada por um casal alemã, que acabara de perder o irmão mais novo. Em sua nova família, ela precisa enfrentar o luto e a saudade de seu irmão e mãe biológica, ao mesmo tempo em que necessita sobreviver em meio a novas pessoas e a 2ª Guerra Mundial.
O principal problema tratado no filme é a existência da Alemanha nazista, controlada por Adolf Hitler, que persegue seus opositores, os não-alemães e os judeus, além de censurar livros e obrigar parte da população a batalhar nas guerras. Liesel consegue observar, e vivenciar de perto todos esses fatores, seja na tentativa de esconder um judeu, na difícil tarefa de encontrar um livro, ou ainda no recrutamento de seu pai adotivo, Hans, para a guerra.
O começo da trama é marcado pela morte de seu irmão e à chegada de Liesel à Alemanha. Em sua nova casa, ela possui dificuldades em se comunicar com seus pais adotivos, mas aos poucos eles estabelecem uma relação. Hans e Liesel ficam mais próximos à medida que ele a ensina a ler, e juntos passam a aprimorar sua leitura e a construir um dicionário. Na escola, Liesel também possui dificuldades em se socializar, a não ser pela sua amizade com Rudy, um de seus vizinhos, com quem passa a maior parte do tempo.
Em meio as dificuldades proporcionadas pela 2ª Guerra Mundial, apenas Rosa, mãe adotiva de Liesel, trabalha para manter a casa. Para ajudá-la Liesel vai entregar as roupas engomadas de sua mãe na casa do prefeito, onde conhece sua esposa, cuja a apresenta sua enorme biblioteca. Ela passa a visita-la frequentemente, mas ao prefeito descobrir, expulsa a garota de casa e dispensa o trabalho de sua mãe. Em meio a essas dificuldades econômicas, ainda surge um outro problema, Max, filho de um amigo de guerra de Hans, chega à sua casa e lhe pede abrigo, por ser um judeu tem de se esconder das autoridades. Devido sua paixão pela leitura, ele e a garota, logo se aproximam, leem juntos livros, que segundo Liesel são “pegados emprestado” da casa do prefeito.
Depois de várias noites frias no porão, Max adoece, e como se não bastasse Hans é recrutado para o exército alemão, sua filha e esposa ficam desamparadas, mas continuam em sua tentativa de sobreviver. Liesel continua a ler para Max, esperando que um dia ele acorde para que o façam juntos. Ela e Rudy, ambos com os pais no exército, não se separam, até mesmo quando sua cidade é alvo de ataques aéreos e eles necessitam se abrigar. Passados alguns meses, Hans retorna da guerra e Max melhora, como acha que está prejudicando a família o judeu decide ir embora. Ao final, acontece um novo ataque aéreo, dessa vez sem avisos prévios, a família de Liesel, que estava sem proteção morre, junto a Rudy, restando apenas ela para dar continuidade a história.
O filme em si trata-se de uma história sobre a 2ª Guerra, mas volta-se principalmente para um drama familiar. Muitos aspectos sobre a Alemanha nazista são observados, mas os aspectos mais “obscuros” são deixados de lado, sem deixar muito explícito a crueldade presente em Adolf Hitler, nem o ódio dos personagens por ele, demostrando que não foram tomados muitos riscos quanto a produção. Ao desenvolvimento da trama, é perceptível que o começo tem um ritmo mais lento, deixando os principais acontecimentos da metade ao final do filme.
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